Processo e Martiniano de Roma

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Santos Processo e Martiniano
de Roma

Ὁδοὶ δύο εἰσί·
μία τῆς ζωῆς,
ϗ μία τοῦ θανάτου.


Esse artigo faz parte de uma série sobre os
Santos dos Primeiros Séculos
Século I
AbílioDionísioHieroteuLeuco, Calínico e Ciríaco
LídiaNicandroPancrácioProcesso e Martiniano
Torpes e EvélioZenaide e Filonila
Século II
BucólioEleuthériosFelicidadeGlicériaHegésipo
InácioJacintoLeonilaParaskeví
PolicarpoProclo e Hilário
Século III
Dez de CretaÁgataAglaida e BonifácioAlexandre
BabylasCipriano e JustinaNicéforoPansófio
Perpétua e FelicidadePolieuto e NearcoSpyridon
TatianaTemístocles
Século IV
Jorge, o Vitorioso
Quarenta de SebasteBárbaraCatarinaCiro e João
ClementeDimitriosElianEufêmiaEugênio
Eulália e JúliaLucianoPanteleimonProcópioTeodoro
Trófimo e Teófilo
Santos Processo e Martiniano.

Os Santos Mártires Processo e Martiniano de Roma (m. 67) foram guardas da prisão na qual São Pedro e São Paulo foram encarcerados. Ambos os guardas são comemorados nos dias 11 de abril e 2 de julho pela Igreja.

Vida

Processo e Martiniano eram guardas da Prisão Mamertina em Roma, cárcere para o qual a maioria dos primeiros cristãos eram enviados no tempo do Imperador Nero (54–68). Tal era a Fé daqueles cristãos que era impossível de não se ouvir falar sobre o Salvador naquele lugar, e os dois guardas em pouco tempo já tinham um profundo conhecimento sobre Jesus Cristo.

Quando os santos Apóstolos Pedro e Paulo foram encarcerados naquela prisão, os dois fizeram uma fonte milagrosamente jorrar água. Vendo aquele prodígio, os dois guardas jogaram-se aos pés dos apóstolos, rogando para que fossem batizados. Naquelas mesmas águas, ambos receberam o Santo Batismo por São Pedro.

Assim que o superintendente da prisão Paulino soube do ocorrido, ordenou que os dois guardas renunciassem a Cristo e voltassem a adorar os ídolos. Eles, como resposta, corajosamente confessaram a Cristo e cuspiram no ídolo de ouro de Júpiter, o qual outrora adoravam. Irado, Paulino ordenou que os outros guardas os contivessem e pressionou-os ainda mais a renunciarem, esbofeteando seus rostos. Os confessores permaneceram firmes, e então foram surrados e espancados com barras de ferro e tiveram suas peles queimadas em brasa. Quando seus feitos tornaram-se conhecidos, uma piedosa e ilustre cristã chamada Lucina começou a visitá-los em suas celas na prisão para os ajudar e encorajar a permanecerem com Cristo.

Pouco tempo depois, Paulino perdeu a visão e ficou gravemente enfermo, de forma que não resistiu três dias, e morreu. Seu filho, em cólera contra o Deus dos dois santos guardas, correu às autoridades de Roma, demandando que ambos fossem jogados à morte. Seu pedido foi acatado, e Nero ordenou que ambos fossem decapitados juntos com São Paulo em 67. Foi assim que ambos entregaram suas almas para serem adornados com a coroa do martírio por Cristo.

Pós-vida

Altar de São Pedro na Prisão Mamertina. É possível ver a coluna na qual o apóstolo foi acorrentado e a fonte que batizou os santos guardas. O quadro em alto relevo retrata esse acontecimento.

Lucina, como fazia parte da nobreza romana, resgatou seus corpos e enterrou-os num cemitério ao norte da cidade (na Via Aurélia). No século IV, uma igreja já existia sobre seus túmulos, e foi nela que o santo Papa Gregório, o Grande (590-604), recitou sua homilia sobre os dois santos guardas no dia de sua festa, celebrada por todo o império. No século IX, suas relíquias foram transladadas para uma capela dentro da Basílica de São Pedro, em Roma, e lá estão até hoje, abaixo do altar sul da basílica, dedicado a eles.

Ligações externas