Diferenças entre edições de "Mãe de Deus"

Da wiki OrthodoxWiki
Ir para: navegação, pesquisa
(Axion Estin: escapou)
 
(Há 2 revisões intermédias de 2 utilizadores que não estão a ser apresentadas)
Linha 81: Linha 81:
  
 
===Axion Estin ===
 
===Axion Estin ===
Axion Estin (em grego: Ἄξιόν ἐστιν)
+
O ''Axion Estin'' (em grego: ''Ἄξιόν ἐστιν'') é um Hino à Mãe de Deus, cantado durante a Divina Liturgia, bem como durante as matinas e diversos ofícios litúrgicos.
<br>
+
 
Ἄξιόν ἐστιν ὡς ἀληθῶς,<br>
+
{|
μακαρίζειν σε τὴν Θεοτόκον,<br>
+
|-
τὴν ἀειμακάριστον καὶ παναμώμητον<br>
+
! Grego !! Tradução para o português<br><small>(utilizada pela Catedral Ortodoxa Antioquina de São Paulo)</small>
καὶ μητέρα τοῦ Θεοῦ ἡμῶν.<br>
+
|-
<br>
+
|style="width: 50%;"| Ἄξιόν ἐστιν ὦς ἀληθῶς, || É justo em verdade
Τὴν τιμιωτέραν τῶν Χερουβεὶμ<br>
+
|-
καὶ ἐνδοξοτέραν ἀσυγκρίτως τῶν Σεραφείμ,<br>
+
| μακαρίζειν σὲ τὴν Θεοτόκον, || glorificar-te, ó Mãe de Deus,
τὴν ἀδιαφθόρως Θεὸν Λόγον τεκοῦσαν,<br>
+
|-
τὴν ὄντως Θεοτόκον,<br>
+
| τὴν ἀειμακάριστον καὶ παναμώμητον || sempre bem-aventura e imaculada
σὲ μεγαλύνομεν.<br>
+
|-
 +
| καὶ Μητέρα τοῦ Θεοῦ ἡμῶν. || Mãe de nosso Deus.
 +
|-
 +
| Τὴν τιμιωτέραν τῶν Χερουβεὶμ || Mais venerável que os Querubins
 +
|-
 +
| καὶ ἐνδοξοτέραν ἀσυγκρίτως τῶν Σεραφείμ, || e mais gloriosa que os Serafins,
 +
|-
 +
| τὴν ἀδιαφθόρως Θεὸν Λόγον τεκοῦσαν, || que ilibadamente deste à luz o Verbo de Deus;
 +
|-
 +
| τὴν ὄντως Θεοτόκον, || logo, és verdadeiramente Mãe de Deus
 +
|-
 +
| σὲ μεγαλύνομεν. || e nós te glorificamos.
 +
|}
  
 
===Outros===
 
===Outros===

Edição atual desde as 18h27min de 9 de setembro de 2023

Santíssima Mãe de Deus

A Santíssima, Puríssima, Bendita e Gloriosa e sempre Virgem Maria é a Mãe de Deus (em grego: Θεοτόκος, Theotokos, a portadora de Deus), de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito e Verbo de Deus, concebido pelo poder do Espírito Santo. Também chamada de Panagia (em grego: Παναγία), literalmente "Toda-santa".

Títulos

Nos ofícios litúrgicos, é comum se referir à Theotokos por seu título completo: "Santíssima, Puríssima, Bendita e Gloriosa Senhora Nossa, Mãe de Deus e Sempre Virgem Maria" (em grego: Τῆς Παναγίας, ἀχράντου, ὑπερευλογημένης, ἐνδόξου, δεσποίνης ἡμῶν Θεοτόκου καὶ ἀειπαρθένου Μαρίας)

Santíssima

O título Santíssima (em grego: Παναγία), literalmente a Toda-Santa, é uma das formas mais tradicionais de referir à Mãe de Deus. O título se refere a seu exemplo supremo de santidade - sua devoção, fé, humildade, submissão e amor a Deus, utilizando de seu livre-arbítrio para escolher a Deus e as suas obras. (cf. Lucas 1:38). Sua atitude em relação a Deus é oposta a de Eva que, habitando no Éden, usou de seu livre-arbítrio para caminhar rumo à desobediência, transgressão, autojustificação e ausência de arrependimento. Ao contrário, a Panagia apresentou inquestionável humildade, reverência, temor e submissão às vontades Dele, oferecendo de bom grado o seu "sim" a Deus, sendo a Nova Eva.

Puríssima

Puríssima é a expressão que traduz o termo grego ἄχραντος, que literalmente significa imaculada, intacta. Esse título reafirma a virgindade da Santa Mãe de Deus quando da concepção de Seu Filho, refere-se à sua "irrepreensível virgindade" que tanto admirou o Arcanjo Gabriel. É importante destacar que esse termo não se refere à concepção da própria Virgem, como defendem os católicos romanos na doutrina da Imaculada Conceição, rejeitada pela Igreja. A Igreja Ortodoxa preserva a Verdade da humanidade da Virgem Maria, tendo sido concebida pelos santos Joaquim e Ana de maneira natural - milagrosa tão somente porque seus pais eram estéreis.

Bendita e gloriosa

Tradução tradicional para os termos, respectivamente, "Υπερευλογημένη" e "ενδόξη". A Santa Mãe é honrada e venerada pela Igreja em virtude de ter sido glorificada e abençoada pelo Seu Filho, permitindo por seu livre-arbítrio a Incarnação do Verbo de Deus para a salvação da humanidade.

Mãe de Deus

O termo mais tradicional para traduzir a palavra grega Θεοτόκος é Mãe de Deus, reafirmando a natureza divina de Seu Filho. Literalmente, o termo significa "aquela que dá à luz a Deus" ou "portadora de Deus". Apesar da tradução, a transliteração Theotokos é tradicional e universalmente utilizada e compreendida como um de seus títulos, sendo também uma expressão mais precisa para designá-la. O título Theotokos foi uma das questões discutidas no Terceiro Concílio que ocorrera em Éfeso em 431. O motivo para figurar entre as pautas foi a necessidade de oferecer uma resposta definitiva às heresias que insistiam em rejeitar que a Virgem dera luz a Deus, mas somente ao Filho, implicando em uma divisão entre a dupla natureza de Cristo - e uma dessas formas que os heréticos encontraram foi a rejeição do termo "Theotokos" e utilização exclusiva de "Christotokos". Essa heresia foi defendida e propagada por Nestorius e, posteriormente, também pelo Patriarca de Constantinopla. No entanto, foi combatida com o Concílio de 431. Na iconografia, a expressão literal Mãe de Deus (gr: Μητηρ Θεου) é tradicionalmente inscrita e maneira abreviada: ΜΡ ΘΥ.

Sempre Virgem

Sempre-Virgem é a tradução literal do termo grego ἀειπαρθένος, e é atribuído à Mãe de Deus em virtude de sua perpétua virgindade: antes, durante e depois do nascimento de Jesus Cristo. Ou seja, não apenas a Mãe de Deus é imaculada no sentido de não ter ser virgem quando da concepção do Filho de Deus, como também assim permanecera durante e depois de Seu santo nascimento. Esse título é muitas vezes representado pela iconografia pela presença de três estrelas no manto da Virgem.

Festas

A Igreja Ortodoxa comemora sua santíssima memória em diversas festas: o início e fim do ano litúrgico são acompanhados de festas da Mãe de Deus. Além disso, seus ícones milagrosos também são comemorados.

  1. 8 de setembro, comemora-se sua Natividade
  2. 21 de novembro, comemora-se a Apresentação da Mãe de Deus no Templo, também conhecida como Entrada da Mãe de Deus no Templo
  3. 25 de março, comemora-se a Anunciação à Mãe de Deus
  4. 15 de agosto, comemora-se sua Dormição, seu Repouso no Senhor

Pós-vida

Colocação do Manto em Blaquerna

No século V, durante o reinado do Imperador Romano do Oriente Leão I, o Trácio (457–474), os irmãos Gálbio e Cândido, ligados ao imperador, partiram de Constantinopla para a Palestina com a intenção de venerar os lugares santos. Lá, ficaram num pequeno assentamento próximo a Nazaré, na casa de uma senhora judia. Naquela casa, os irmãos notaram que havia uma sala com várias lamparinas acesas e incenso sendo queimado, além de haverem vários enfermos lá reunidos.

Nas várias vezes que foi questionada sobre o que havia naquela sala, a piedosa senhora refreou-se de revelá-los o que havia lá, mas após muitos pedidos, ela os contou que lá havia um item sagrado muito precioso: o Manto da Mãe de Deus, que realizara muitos milagres e curas. Antes de sua Dormição, a Panágia teria confiado uma de suas vestimentas a uma piedosa virgem judia, ancestral daquela senhora, instruindo-a a deixá-la a outra virgem após sua morte, e assim de geração em geração o Manto da Mãe de Deus foi preservado naquela família.

A arca revestida de joias que continha o Manto foi transferida para Constantinopla. São Genádio, Patriarca de Constantinopla, e o imperador, tendo sabido do tesouro sagrado, convenceram-se da incorruptibilidade do santo Manto, e confirmaram sua autenticidade. No subúrbio de Blaquerna, próximo ao litoral, foi construída uma igreja em honra à Mãe de Deus. Em 2 de junho de 458, São Genádio transferiu o Manto sagrado para a igreja, após uma solenidade. O Manto foi posto num relicário.

Com o passar do tempo, o Mafório (a túnica) e o Cinto também foram postos no mesmo relicário. Essa circunstância influenciou a iconografia da Festa, conectando a Colocação do Manto com a Colocação do Cinto em Blaquerna. O peregrino russo Estêvão de Novogárdia, visitando Constantinopla em meados de 1350, testifica: “Chegamos em Blaquerna, onde o Manto repousa acima de um altar num relicário lacrado.” Nas invasões dos inimigos, mais de uma vez a Santíssima salvou a cidade para a qual ela havia dado seu santo Manto. Assim ocorreu no tempo dos cercos a Constantinopla pelos avários em 626, pelos persas em 677, pelos árabes em 717 e pelos russos em 860. Este último está intimamente conectado com a história da Igreja Russa.

Em 18 de junho de 860, uma esquadra russa de mais de duzentas embarcações lideradas pelo Príncipe Ascoldo de Kiev, após ter devastado as regiões costeiras do Mar Negro e do Bósforo, entrou no Corno de Ouro, ameaçando Constantinopla. As embarcações navegaram contornando a cidade, colocando em terra tropas estendendo suas espadas à cidade. O Imperador Miguel II (842–867) interrompeu sua campanha contra os árabes para retornar à capital. Todas as noites ele prostrava-se nas pedras da igreja de Blaquerna e orava. São Fócio, Patriarca de Constantinopla (858–867, 877–886), pedia ao seu rebanho lágrimas de arrependimento, para que seus pecados fossem apagados, e que pedissem fervorosamente pela intercessão da Eleusa.

A tensão aumentava a cada hora. Em uma de suas homilias, o patriarca relatou: “A cidade mal conseguia ficar de pé contra uma lança.” Sob essas condições, decidiu-se salvar os objetos sagrados da igreja, especialmente o santo Manto. Após servir uma vigília noturna, carregou-se o Manto numa procissão pelos muros da cidade e mergulhou-se uma ponta dele no Bósforo. Então, levaram-no para o centro de Constantinopla, na igreja de Santa Sofia. A Mãe de Deus protegeu a cidade e reprimiu a fúria dos guerreiros russos. Isso culminou numa trégua, e o príncipe desistiu do cerco.

No 25 de junho do mesmo ano, o exército russo começou a departir, levando consigo um grande pagamento. Na semana seguinte, em 2 de julho, o taumaturgo Manto foi solenemente retornado ao seu local no relicário da igreja de Blaquerna. Em comemoração a esses eventos, uma festa anual pela Colocação do Manto da Mãe de Deus foi oficializado neste dia pelo Patriarca Fócio.

O que ocorre a seguir é o Batismo da Rússia. Recomenda-se ler a seção “História”.

A Festa também marca a fundação canônica do Metropolitanato Ortodoxo Russo em Kiev. Pelas bênçãos da Mãe de Deus e pelo milagre de seu santo Manto, não só Constantinopla foi liberada do pior cerco de sua história como os russos também foram libertados das trevas da superstição pagã à vida eterna.

Várias obras notáveis da hinologia e homilética da Igreja Bizantina estão relacionadas com o milagre do Manto da Panágia em Blaquerna. Além das duas homilias compostas pelo Patriarca Fócio ­— uma nos dias do cerco, outra depois da partida dos russos —, também destaca-se a composição do “Acatisto à Santíssima Mãe de Deus”, atribuído por alguns ao santo patriarca. Esse acatisto integra os serviços de louvor à Santíssima, celebrado no quinto sábado da Grande Quaresma até os dias de hoje.

O Santo Príncipe André I de Vladimir (1157–1174) construiu uma igreja em honra à Festa nos Portões Dourados da cidade de Vladimir. No fim do século XIV, parte do Manto da Mãe de Deus foi transferida de Constantinopla à Rússia por São Dionísio, Arcebispo de Susdália (1384–1385).

O mesmo Manto que salvou Constantinopla também salvou Moscou. No verão de 1451, os tátaros da Horda, liderados por Mazovshi, aproximaram-se dos muros de Moscou. São Jonas, Metropolita de Moscou (1448–1461), através da oração constante e dos serviços divinos, encorajou os defensores da capital. Na noite de 2 de julho, uma grande confusão ocorreu no acampamento dos tátaros. Eles abandonaram os bens saqueados e fugiram em desordem. Em comemoração à libertação milagrosa de Moscou, São Jonas construiu a Igreja da Colocação do Manto no Kremlin, fazendo-a como sua igreja principal, porém ela veio a incendiar-se.

Trinta anos mais tarde, entre 1484 e 1486, na era do Metropolita Gerôncio, a igreja foi reconstruída, existindo até hoje. Até a construção da Catedral dos Doze Apóstolos pelo Patriarca Nikon (1652–1666), a igreja serviu como igreja primária para os metropolitas e patriarcas da Rússia.

Ícones

São Lucas grafando a Santíssima Mãe de Deus

A Santa Igreja perserva a Tradição de que o primeiro a grafar um ícone da Virgem Santíssima foi o Santo Apóstolo Lucas, com a benção da própria Mãe de Deus.

Mãe de Deus do Caminho (Hodegetria)

Mãe de Deus das Três Mãos

Mãe de Deus Economissa

Mãe de Deus Economissa

O ícone d’A Ecônoma (ou Economissa) é comemorado no dia 5 de julho juntamente com Santo Atanásio do Monte Athos, fundador da Grande Lavra. Entre as décadas de 960 e 970, uma grande fome atingiu sua lavra, e todos os monges abandonaram-na para retornar à civilização. Num momento de fraqueza, o santo também pensou em deixar o mosteiro que ele próprio havia construído para não morrer de fome, mas eis que uma mulher apareceu na estrada, caminhando em sua direção.

Ela disse: “Quem és tu e para onde vais?” O santo, então, a contou sobre sua vida e as angústias pelas quais a lavra estava passando. Ao final, a mulher retrucou: “Abandonarias o mosteiro destinado à glória de geração em geração apenas por um pedaço de pão seco? Onde está a tua Fé? Vira para trás, pois hei de te ajudar.” “Mas quem és tu para fazer tal coisa?”, perguntou Atanásio. “Eu sou aquela a qual tu dedicaste vossa comunidade. Eu sou a Mãe de Deus.”

Ela ainda disse: “Atinge a tua vara nesta rocha e saberás quem sou eu que falo contigo.” O santo obedeceu, e a fissura começou a jorrar água em abundância. “Sabe tu que eu serei a abadessa e a ecônoma perpétua da tua lavra.” Logo em seguida, a Virgem desapareceu. Quando retornou à lavra, Atanásio encontrou os celeiros transbordando de tanto trigo. Com o tempo, o mosteiro tornou a florescer de novos monges, e até hoje é o único cujo ecônomo não é um monge, mas sim a própria Mãe de Deus.

O ícone d’A Ecônoma atualmente está protegido com um relevo de metal, situado antes do túmulo de Santo Atanásio na Grande Lavra. Ao centro, está sentada a Mãe de Deus num trono, e a Divina Criança senta-Se sobre sua perna esquerda. Na parte superior, da esquerda para a direita, estão São Miguel, Bispo de Sínada, segurando um livro; Santo Atanásio com a Grande Lavra em suas mãos; São João, o Batista, com suas mãos estendidas; dois anjos segurando dois círculos com as inscrições “Η Οικονομισσα” (“A Economissa”); São Simeão, o Novo Teólogo, também com suas mãos estendidas; o Apóstolo Estêvão com seu turíbulo e a Igreja; São Nicolau, o Taumaturgo, Bispo de Mira, segurando um livro da mesma forma que o outro bispo.

Na parte inferior estão São Nicéforo II, Imperador de Roma, que financiou a construção da lavra; São Jorge, o Vitorioso, com a cruz do martírio em suas mãos; São Demétrio de Tessalônica também com sua cruz; e o Imperador João I, que realizou a concessão permanente da península aos monges.

Mãe de Deus Rainha de Tudo (Pantanassa)

Panagia Pantanassa

O ícone da Virgem Rainha de Tudo (Panagia Pantanassa) é um ícone milagroso da Santíssima Mãe de Deus, do Mosteiro de Vatopedi no Monte Athos, comemorado em 28 de outubro. Nele, a Santíssima Virgem é retratada sentada em um trono, segurando seu Filho. O santo e milagroso ícone foi trazido ao mosteiro pelo Ancião José de Vatopedi [1]. O ancião foi também quem primeiro testemunhou a força milagrosa desse ícone: certo dia, um visitante do Chipre adentrou a igreja o mosteiro. Naquele momento, o ancião percebeu uma luz radiante vinda do santo rosto da Panagia e, em seguida, uma força invisível derrubou o visitante no chão. Quando o rapaz se recuperou da queda, imediatamente começou a chorar, em profundo arrependimento, e confessou que era praticamente de magia negra e adentrou a igreja sem fé naquilo que via. Esse acontecimento transformou sua vida e o jovem se tornou cristão ortodoxo. O milagroso ícone da Panagia Pantanassa é conhecido também pelos seus milagres, especialmente relacionado à cura de pessoas com câncer. Há diversos relatos recentes de pessoas que foram curadas após participarem de ofícios de Súplicas à Pantanassa no mosteiro. Relatos também foram registrados na Rússia, onde existem duas cópias idênticas do ícone de Vatopedi, encomendados pelo patriarca de Moscou. Na Rússia, o Ícone da Rainha de Tudo é comemorado em 18 de agosto.

Hinos

Axion Estin

O Axion Estin (em grego: Ἄξιόν ἐστιν) é um Hino à Mãe de Deus, cantado durante a Divina Liturgia, bem como durante as matinas e diversos ofícios litúrgicos.

Grego Tradução para o português
(utilizada pela Catedral Ortodoxa Antioquina de São Paulo)
Ἄξιόν ἐστιν ὦς ἀληθῶς, É justo em verdade
μακαρίζειν σὲ τὴν Θεοτόκον, glorificar-te, ó Mãe de Deus,
τὴν ἀειμακάριστον καὶ παναμώμητον sempre bem-aventura e imaculada
καὶ Μητέρα τοῦ Θεοῦ ἡμῶν. Mãe de nosso Deus.
Τὴν τιμιωτέραν τῶν Χερουβεὶμ Mais venerável que os Querubins
καὶ ἐνδοξοτέραν ἀσυγκρίτως τῶν Σεραφείμ, e mais gloriosa que os Serafins,
τὴν ἀδιαφθόρως Θεὸν Λόγον τεκοῦσαν, que ilibadamente deste à luz o Verbo de Deus;
τὴν ὄντως Θεοτόκον, logo, és verdadeiramente Mãe de Deus
σὲ μεγαλύνομεν. e nós te glorificamos.

Outros

Tropário da Colocação do Manto

(Tom VIII)

Ó Mãe de Deus, sempre virgem, protetora da humanidade; deixaste um poderoso legado a teu povo: o Manto e o Cinto do teu venerável corpo, que permaneceu incorrupto por tua gravidez sem semente. Por ti a natureza e o tempo foram renovados. Por isso, a ti imploramos: dá a paz ao teu povo e, às nossas almas, a grande misericórdia.

Kontakion (Tom II)

Protetora irrecusável dos cristãos, intercessora imutável diante do Criador, não desprezes as vozes dos pecadores suplicantes, mas socorre com bondade aos que clamam com sinceridade. Apressa-te em interceder, apressa-te em suplicar por nós, ó Mãe de Deus, tu que proteges sempre os que te honram.

Kontakion da Colocação do Manto (Tom IV)

Concedeste o teu sagrado Manto a todos os fiéis como uma veste de incorrupção, ó Puríssima e divinamente agraciada, pois com ele cobriste o teu sagrado corpo; tu, que divinamente cobres a humanidade. Com anseio celebramos a festa de sua colocação e, em alta voz, clamamos com Fé: “Alegra-te, ó Virgem, glória dos cristãos!”

Ligações externas

Referências

  1. O Bem-aventurado José de Vatopedi (1921-2009) foi notável monge athonita, discípulo de São José Hesicasta