Máximo, o Confessor
Vida
Nascido em Constantinopla por volta de 580 e criado por uma família piedosa que deu uma sofisticada educação, Máximo entrou para a burocracia civil e se tornou primeiro secretário do Imperador Heráclio [611-41]. Envergonhado com a vida da corte, largou o mundo e foi tonsurado no mosteiro de Chrisopoleia. Anos depois foi feito Igúmeno da comunidade. Durante a invasão pérsia do Império (614), refugiou-se na África.
A partir de 640, tornou-se oponente determinado do Monotelismo, o ensinamento herético de que Jesus Cristo possuiu apenas uma vontade. Assim, Máximo seguiu o exemplo de São Sofrônio de Jerusalém, o primeiro a combater essa heresia já em 634.
Máximo apoiou a Ortodoxia de Roma em tal controvérsia e teria exclamado: "Eu tenho a fé dos latinos, más a língua dos gregos." O santo defendeu o diotelismo, o ensinamento ortodoxo de que Jesus Cristo possuiu duas vontades (uma divina e uma humana), em vez da única vontade postulada pelo monotelismo.
Depois de Pirro, o Patriarca de Constantinopla monotelita temporariamente deposto, ter declarado derrota numa disputa cristológica em Cartago (645), Máximo obteve a condenação da heresia em vários sínodos locais da áfrica, e também trabalhou para tê-la condenada no Concílio de Latrão de 649. Foi sequestrado e levado à Constantinopla em 653, pressionado a aderir ao Tipo do Imperador Constante II, um édito monotelita. Recusando, foi exilado em Trácia. (O Papa São Martinho de Roma foi julgado na mesma época em Constantinpla, e então deposto e exilado na Crimeia.)
Em 661 Máximo foi novamente levado à capital imperial e questionado; lá, teve sua língua e mão direita cortadas (para prevení-lo de ensinar ou escrever sobre a verdadeira fé), e então foi novamente exilado no Cáucaso, mas morreu pouco tempo depois.
Por fim, Máximo foi exonerado pelo Sexto Concílio Ecumênico e reconhecido como um Pai da Igreja.
Obra escrita
São Máximo deixou muitos escritos (alguns deles reunidos na Filocalia) que ainda são muito lidos hoje; alguns são doutrinais, mas muitos outros descrevem a vida contemplativa e oferecem conselho espiritual. Ele também escreveu extensivamente sobre assuntos litúrgicos e exegéticos. Seu trabalho teológico foi continuado por São Simeão, o Novo Teólogo e por São Gregório Palamas.
Seus escritos incluem:
- Quaestiones ad Thalassium—65 perguntas e respostas sobre passagens difíceis das Sagradas Escrituras
- Ambigua—um trabalho exegético sobre São Gregório, o Teólogo
- Paráfrases das obras de São Dionísio, o Areopagita (apesar de muitas obras divulgadas com o nome de Máximo são hoje consideradas como de autoria de João de Citópolis, que escreveu na primeira metade do século VI, talvez 100 anos antes de Máximo)
- Vários tratados dogmáticos contra os monotelitas
- Liber Asceticus
- Capita de Caritate
- Mystagogia—uma interpretação mística da Divina Liturgia
Hinos
- Champion of Orthodoxy, teacher of purity and of true worship,
- Enlightener of the universe and adornment of hierarchs:
- All-wise father Maximus, your teachings have gleamed with light upon all things.
- Intercede before Christ God to save our souls.
Kontakion (Tone 8)
- Let us the faithful fittingly praise the lover of the Trinity,
- The great Maximus who taught the God-inspired faith,
- That Christ is to be glorified in His two natures, wills, and energies;
- And let us cry to him: "Rejoice, herald of the faith."
Fontes
- w:Maximus the Confessor
- The Oxford Dictionary of the Christian Church, 3rd ed., pp. 1061-1062
Links Externos
- St Maximus the Confessor (OCA)
- Translation of the relics of St Maximus the Confessor (OCA)
- Maximos the Confessor, January 21 (GOARCH)
- Maximos the Confessor, August 13 (GOARCH)
- Icon of St. Maximos the Confessor