Diferenças entre edições de "Processo e Martiniano de Roma"
Linha 1: | Linha 1: | ||
+ | [[Imagem:Processus and Martinian.jpg|miniatura|direita|Santos Processo e Martiniano.]] | ||
Os '''Santos Mártires Processo e Martiniano de Roma''' (m. 67) são comemorados em [[11 de abril]] e [[2 de julho]]. | Os '''Santos Mártires Processo e Martiniano de Roma''' (m. 67) são comemorados em [[11 de abril]] e [[2 de julho]]. | ||
Linha 4: | Linha 5: | ||
Processo e Martiniano eram guardas da Prisão Mamertina em Roma, cárcere para o qual a maioria dos primeiros cristãos eram enviados no tempo do Imperador Nero (54–68). Tal era a Fé daqueles cristãos que era impossível de não se ouvir sobre o Salvador naquele lugar, e os dois guardas em pouco tempo já tinham um profundo conhecimento sobre [[Jesus Cristo]]. | Processo e Martiniano eram guardas da Prisão Mamertina em Roma, cárcere para o qual a maioria dos primeiros cristãos eram enviados no tempo do Imperador Nero (54–68). Tal era a Fé daqueles cristãos que era impossível de não se ouvir sobre o Salvador naquele lugar, e os dois guardas em pouco tempo já tinham um profundo conhecimento sobre [[Jesus Cristo]]. | ||
− | Quando os santos Apóstolos [[Apóstolo Pedro|Pedro]] e Paulo foram encarcerados naquela prisão, os dois fizeram uma fonte milagrosamente jorrar água. Vendo aquele prodígio, os dois guardas jogaram-se aos pés dos apóstolos, rogando para que fossem batizados. Naquelas mesmas águas, ambos receberam o Santo Batismo. | + | Quando os santos Apóstolos [[Apóstolo Pedro|Pedro]] e Paulo foram encarcerados naquela prisão, os dois fizeram uma fonte milagrosamente jorrar água. Vendo aquele prodígio, os dois guardas jogaram-se aos pés dos apóstolos, rogando para que fossem batizados. Naquelas mesmas águas, ambos receberam o Santo Batismo por São Pedro. |
− | Assim que o superintendente da prisão Paulino soube do | + | Assim que o superintendente da prisão Paulino soube do ocorrido, ordenou que os dois guardas renunciassem a Cristo e voltassem a adorar os ídolos. Eles, como resposta, corajosamente confessaram a Cristo e cuspiram no ídolo de ouro de Júpiter, o qual outrora adoravam. Irado, Paulino ordenou que os outros guardas os contivessem e pressionou-os ainda mais a renunciarem, esbofeteando seus rostos. Os confessores permaneceram firmes, e então foram surrados e espancados com barras de ferro e tiveram suas peles queimadas em brasa. Quando seus feitos tornaram-se conhecidos, uma piedosa e ilustre cristã chamada Lucina começou a visitá-los em suas celas na prisão para os ajudar e encorajar a permanecerem com Cristo. |
− | Pouco tempo depois, Paulino perdeu a visão e ficou gravemente enfermo, de forma que não resistiu três dias, e morreu. Seu filho, em cólera para com o Deus dos dois santos guardas, correu às autoridades de Roma, demandando que ambos fossem jogados à morte. Seu pedido foi acatado, e Nero ordenou que ambos fossem decapitados juntos com São Paulo em 67. | + | Pouco tempo depois, Paulino perdeu a visão e ficou gravemente enfermo, de forma que não resistiu três dias, e morreu. Seu filho, em cólera para com o Deus dos dois santos guardas, correu às autoridades de Roma, demandando que ambos fossem jogados à morte. Seu pedido foi acatado, e Nero ordenou que ambos fossem decapitados juntos com São Paulo em 67. Foi assim que ambos entregaram suas almas para serem adornados com a coroa do martírio por Cristo. |
== Pós-vida == | == Pós-vida == | ||
+ | [[Imagem:Mamertine Prison.jpg|miniatura|direita|Altar de São Pedro na Prisão Mamertina. É possível ver a coluna na qual o apóstolo foi acorrentado e a fonte que batizou os santos guardas. O quadro em alto relevo retrata esse acontecimento.]] | ||
Lucina, como fazia parte da nobreza romana, resgatou seus corpos e enterrou-os num cemitério ao norte da cidade (na Via Aurélia). No século IV, uma igreja já existia sobre seus túmulos, e foi nela que o santo Papa Gregório, o Grande (590-604), recitou sua homilia sobre os dois santos guardas no dia de sua festa, celebrada por todo o império. No século IX, suas relíquias foram transladadas para uma capela dentro da Basílica de São Pedro, em Roma, e lá estão até hoje, abaixo do altar sul da basílica, dedicado a eles. | Lucina, como fazia parte da nobreza romana, resgatou seus corpos e enterrou-os num cemitério ao norte da cidade (na Via Aurélia). No século IV, uma igreja já existia sobre seus túmulos, e foi nela que o santo Papa Gregório, o Grande (590-604), recitou sua homilia sobre os dois santos guardas no dia de sua festa, celebrada por todo o império. No século IX, suas relíquias foram transladadas para uma capela dentro da Basílica de São Pedro, em Roma, e lá estão até hoje, abaixo do altar sul da basílica, dedicado a eles. | ||
Revisão das 02h37min de 10 de abril de 2020
Os Santos Mártires Processo e Martiniano de Roma (m. 67) são comemorados em 11 de abril e 2 de julho.
Vida
Processo e Martiniano eram guardas da Prisão Mamertina em Roma, cárcere para o qual a maioria dos primeiros cristãos eram enviados no tempo do Imperador Nero (54–68). Tal era a Fé daqueles cristãos que era impossível de não se ouvir sobre o Salvador naquele lugar, e os dois guardas em pouco tempo já tinham um profundo conhecimento sobre Jesus Cristo.
Quando os santos Apóstolos Pedro e Paulo foram encarcerados naquela prisão, os dois fizeram uma fonte milagrosamente jorrar água. Vendo aquele prodígio, os dois guardas jogaram-se aos pés dos apóstolos, rogando para que fossem batizados. Naquelas mesmas águas, ambos receberam o Santo Batismo por São Pedro.
Assim que o superintendente da prisão Paulino soube do ocorrido, ordenou que os dois guardas renunciassem a Cristo e voltassem a adorar os ídolos. Eles, como resposta, corajosamente confessaram a Cristo e cuspiram no ídolo de ouro de Júpiter, o qual outrora adoravam. Irado, Paulino ordenou que os outros guardas os contivessem e pressionou-os ainda mais a renunciarem, esbofeteando seus rostos. Os confessores permaneceram firmes, e então foram surrados e espancados com barras de ferro e tiveram suas peles queimadas em brasa. Quando seus feitos tornaram-se conhecidos, uma piedosa e ilustre cristã chamada Lucina começou a visitá-los em suas celas na prisão para os ajudar e encorajar a permanecerem com Cristo.
Pouco tempo depois, Paulino perdeu a visão e ficou gravemente enfermo, de forma que não resistiu três dias, e morreu. Seu filho, em cólera para com o Deus dos dois santos guardas, correu às autoridades de Roma, demandando que ambos fossem jogados à morte. Seu pedido foi acatado, e Nero ordenou que ambos fossem decapitados juntos com São Paulo em 67. Foi assim que ambos entregaram suas almas para serem adornados com a coroa do martírio por Cristo.
Pós-vida
Lucina, como fazia parte da nobreza romana, resgatou seus corpos e enterrou-os num cemitério ao norte da cidade (na Via Aurélia). No século IV, uma igreja já existia sobre seus túmulos, e foi nela que o santo Papa Gregório, o Grande (590-604), recitou sua homilia sobre os dois santos guardas no dia de sua festa, celebrada por todo o império. No século IX, suas relíquias foram transladadas para uma capela dentro da Basílica de São Pedro, em Roma, e lá estão até hoje, abaixo do altar sul da basílica, dedicado a eles.
Ligações externas
- Mártires Processo e Martiniano de Roma (Igreja Ortodoxa na América, OCA)
- Mártires Processo e Martiniano de Roma (João Sanidopoulos)