Diferenças entre edições de "Ágata de Catânia"
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− | + | Ágata nasceu no século III filha de ricos e ilustres pais cristãos na cidade de Palermo na Sicília, mas em sua infância mudou-se com sua família para o outro lado da ilha, em Catânia. A jovem garota era dotada de uma beleza ímpar e de uma irrepreensível virgindade, além de uma piedosa alma voluntariamente consagrada ao Senhor. Era 249 quando o Imperador Filipe (244–249) foi assassinado por seu cônsul Décio (249–251), e este assumiu para si o império. Em janeiro do ano seguinte, Décio decretou que todo o império oferecesse sacrifício aos ídolos para o bem-estar do imperador. | |
− | + | A sábia Ágata, ainda em seus quinze anos de idade, negou-se a comparecer perante o prefeito de Catânia, Quinciano, e logo foi levada pelos soldados até ele. Em julgamento, Ágata corajosamente confessou-se cristã, e negou-se a oferecer sacrifício aos ídolos. Devido à beleza que a jovem trazia consigo e a condição de sua família como nobres, Quinciano decidiu somente enviá-la à casa de Afrodísia, uma rica mulher pagã que tinha cinco filhas. Todas elas tentaram Ágata com elegantes roupas, distrações e entretenimento, insistindo que ela oferecesse sacrifício aos deuses pagãos, mas a confessora desprezou todas essas coisas. Quanto mais tentavam propô-la, mais ela tornava-se resoluta de sua escolha. Ágata orava incessantemente para que pudesse ser contada dentre as testemunhas de [[Jesus Cristo]] em breve. | |
− | + | Depois de muito tentar e nada conseguir, Afrodísia voltou ao prefeito, relatando sua inabalável Fé em Cristo. Novamente levada à interrogação sob Quinciano, a santa confessora não se deixou influenciar nem pelas lisonjas oferecidas e nem pelas ameaças. Então, o prefeito ordenou que a virgem fosse espancada sem misericórdia pelos carrascos, e mesmo derramando seu sangue continuou confessando a Cristo. Depois de muitos socos, amarram-na numa estaca e esfaquearam seu tórax até sua carne começar a cair no chão. Em seguida, foi jogada quase sem vida na prisão. | |
− | + | Naquela noite, o santo [[Apóstolo Pedro]] milagrosamente apareceu a ela em sua cela, e curou completamente seus ferimentos, deixando-a exatamente como estava antes das torturas. Isso fortaleceu ainda mais seu desejo por Cristo, e falava com Ele e seus santos através de suas orações o tempo todo. Quando foi levada novamente em julgamento, Quinciano espantou-se pela virgem estar completamente curada, sem nem marcas de cortes, e sua ilusão fê-lo acreditar que haviam invocado um feitiço sobre ela. | |
− | + | Santa Ágata, então, foi jogada numa fogueira de tijolos. Não tardou, porém, que um grande terremoto atingisse a cidade, e muitas construções desabaram. Entre os mortos, estavam dois dos conselheiros de Quinciano. Os habitantes, aterrorizados, correram ao prefeito, pedindo um fim às torturas em Ágata. Temendo uma revolta popular, Quinciano a tirou das chamas e pôs a virgem de volta à prisão. Lá, a mártir, dando graças a Deus, pacificamente entregou sua alma ao Senhor. | |
== Hinos == | == Hinos == |
Revisão das 22h34min de 28 de maio de 2020
A Santa Virgem e Mártir Ágata de Catânia (ou de Palermo, ou ainda da Sicília) foi martirizada durante a Perseguição de Décio, e é comemorada pela Igreja no dia 5 de fevereiro.
Índice
Vida
Ágata nasceu no século III filha de ricos e ilustres pais cristãos na cidade de Palermo na Sicília, mas em sua infância mudou-se com sua família para o outro lado da ilha, em Catânia. A jovem garota era dotada de uma beleza ímpar e de uma irrepreensível virgindade, além de uma piedosa alma voluntariamente consagrada ao Senhor. Era 249 quando o Imperador Filipe (244–249) foi assassinado por seu cônsul Décio (249–251), e este assumiu para si o império. Em janeiro do ano seguinte, Décio decretou que todo o império oferecesse sacrifício aos ídolos para o bem-estar do imperador.
A sábia Ágata, ainda em seus quinze anos de idade, negou-se a comparecer perante o prefeito de Catânia, Quinciano, e logo foi levada pelos soldados até ele. Em julgamento, Ágata corajosamente confessou-se cristã, e negou-se a oferecer sacrifício aos ídolos. Devido à beleza que a jovem trazia consigo e a condição de sua família como nobres, Quinciano decidiu somente enviá-la à casa de Afrodísia, uma rica mulher pagã que tinha cinco filhas. Todas elas tentaram Ágata com elegantes roupas, distrações e entretenimento, insistindo que ela oferecesse sacrifício aos deuses pagãos, mas a confessora desprezou todas essas coisas. Quanto mais tentavam propô-la, mais ela tornava-se resoluta de sua escolha. Ágata orava incessantemente para que pudesse ser contada dentre as testemunhas de Jesus Cristo em breve.
Depois de muito tentar e nada conseguir, Afrodísia voltou ao prefeito, relatando sua inabalável Fé em Cristo. Novamente levada à interrogação sob Quinciano, a santa confessora não se deixou influenciar nem pelas lisonjas oferecidas e nem pelas ameaças. Então, o prefeito ordenou que a virgem fosse espancada sem misericórdia pelos carrascos, e mesmo derramando seu sangue continuou confessando a Cristo. Depois de muitos socos, amarram-na numa estaca e esfaquearam seu tórax até sua carne começar a cair no chão. Em seguida, foi jogada quase sem vida na prisão.
Naquela noite, o santo Apóstolo Pedro milagrosamente apareceu a ela em sua cela, e curou completamente seus ferimentos, deixando-a exatamente como estava antes das torturas. Isso fortaleceu ainda mais seu desejo por Cristo, e falava com Ele e seus santos através de suas orações o tempo todo. Quando foi levada novamente em julgamento, Quinciano espantou-se pela virgem estar completamente curada, sem nem marcas de cortes, e sua ilusão fê-lo acreditar que haviam invocado um feitiço sobre ela.
Santa Ágata, então, foi jogada numa fogueira de tijolos. Não tardou, porém, que um grande terremoto atingisse a cidade, e muitas construções desabaram. Entre os mortos, estavam dois dos conselheiros de Quinciano. Os habitantes, aterrorizados, correram ao prefeito, pedindo um fim às torturas em Ágata. Temendo uma revolta popular, Quinciano a tirou das chamas e pôs a virgem de volta à prisão. Lá, a mártir, dando graças a Deus, pacificamente entregou sua alma ao Senhor.
Hinos
Tropário
(Tradução livre)
- Tua cordeira Ágata, ó Jesus, /
- clama por Ti em alta voz: /
- “Eu Te amo, meu Noivo, /
- “e buscando a Ti, suportei o sofrimento. /
- “No Batismo fui crucificada para que pudesse reinar em Ti, /
- “e padeci para que pudesse viver junta de Ti. /
- “Aceita-me como um sacrifício puro, /
- “pois ofereci-me em amor.” /
- Por suas orações, ó Senhor misericordioso, /
- tem piedade de nós e salva-nos.
Outro tropário
(Tradução livre)
- Tu foste como uma flor perfumada de virgindade, /
- e uma noiva sem mácula perante o Salvador de todos. /
- Desejando a Fonte de todo o bem, tu excedeste o martírio. /
- Ó gloriosa Ágata, intercede com tuas santas orações /
- por todos os que afetuosamente honram a tua vitória.
Condáquio
(Tradução livre)
- Nós, fiéis, vistamo-nos hoje da gloriosa púrpura, /
- tingida com o puro sangue da santa Mártir Ágata. /
- E a ela clamemos: “Alegra-te, ó orgulho de Catânia!”
Louvor
(Por São Nicolau, Bispo de Ócrida, em tradução livre)
- Sombria é a masmorra, mas radiante é a mártir. /
- Em meio das trevas, Ágata, a santa, resplandece. /
- Sobre o pátio da masmorra, repleto de luz, /
- ali vive o algoz, encoberto pela vergonha, /
- planejando novas torturas para a virgem Ágata. /
- Ele atormenta-se e contempla, cego em meio à luz. /
- Radiante é a masmorra para aquela que noiva-se com Cristo, /
- mas desesperador é o palácio para o adversário da justiça!
Referências
- São Nicodemos, o Hagiorita (1819). Sinaxário dos doze meses do ano. Tomo I.
- São Demétrio, Arcebispo de Rostóvia (1906). A vida dos santos. Livro VI.
- São Nicolau, Bispo de Ócrida (2002). O prólogo de Ócrida. Volume I.
Ligações externas
- Virgem e Mártir Ágata de Catânia (Arquidiocese Ortodoxa Grega de Buenos Aires e América do Sul)
- Virgem e Mártir Ágata de Catânia (Arquidiocese Ortodoxa Antioquina de São Paulo e Todo o Brasil)
- Virgem e Mártir Ágata de Catânia (Igreja Ortodoxa na América, OCA)
- Virgem e Mártir Ágata de Catânia (João Sanidopoulos)
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