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===Vida monástica e ordenação===
 
===Vida monástica e ordenação===
Em 7 de novembro de 1875, São Nektários foi tonsurado monge no Mosteiro de Nea Moni em Chios, sob o nome de Lázaro. Dois anos mais tarde, foi feito diácono. Naquela ocasião, recebeu o nome de Nektários.  
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Em 7 de novembro de 1875, São Nektários foi tonsurado monge no Mosteiro de Nea Moni em Chios, sob o nome de Lázaro. Dois anos mais tarde, foi feito diácono. Naquela ocasião, recebeu o nome de Nektários. Posteriormente, foi ordenado ao sacerdócio, e foi para o Egito.
  
Ao ser ordenado ao sacerdócio, São Nektários deixou Chios e foi para o Egito, onde foi eleito Metropolita de Pentápolis.  
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São Nektários foi feito Metropolita de Pentápolis. Diante de suas virtudes, outros metropolitas e bispos do Patriarcado de Alexandria se encheram de ciúme e cederam às sugestões diabólicas de conspirar contra o santo. Decidiram caluniá-lo, contando sucessivas mentiras ao Patriarca Sofrônio.
  
 
===Repouso===
 
===Repouso===
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São Nektários repousou no Senhor em [[8 de novembro]] de 1920, aos setenta e quatro anos.
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No quarto de hospital onde repousara, havia também outra cama, onde estava um homem que sofria de paralisia. Assim que São Nektários deu seu último suspiro, a enfermeira e a monja iniciaram os preparativos para seu enterro em Egina. Vestiram-no com roupas limpas e, por alguns minutos, deixaram suas antigas vestes sobre a cama do homem paralítico. Imediatamente, o homem foi levantou da cama, dando graças ao Senhor, pois havia sido curado de sua doença.
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São Nektários foi enterrado no Mosteiro da Santíssima Trindade em Egina. Muitos anos mais tarde, como de costume na Grécia, seu túmulo foi aberto para transladação de suas relíquias. Estas, porém, foram encontradas incorruptas - como se tivesse sido enterrado naquele mesmo dia.
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Ao receber essa notícia, o arcebispo Crisóstomo de Atenas foi pessoalmente ver as relíquias de São Nektários. O arcebispo ordenou que as deixassem sob o sol por alguns dias, e depois as enterrasse novamente. Assim, o corpo naturalmente iria se deteriorar. Um ou dois meses depois disso, abriram o túmulo novamente e mais uma vez encontraram as relíquias do santo incorruptas. Depois disso, depositaram-na em um sarcófago de mármore.
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São Nektários foi glorificado por Deus, e sua vida foi uma contínua doxologia ao Senhor. Durante sua vida e após seu repouso, São Nektários realizou inúmeros milagres.
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==Pós-vida==
 
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Em 1918, São Savvas de Kalymnos, até então um monge que vivia em Jerusalém, visitou Atenas a fim de comprar materiais de iconografia. Eis que disseram a São Savvas que São Nektários estava procurando por ele. Surpreso, foi à Egina encontrar o santo. São Savvas permaneceu em Egina até o dia do repouso de São Nektários, servindo-o e o auxiliando em tudo o que era necessário. São Savvas presenciou o primeiro milagre após o repouso do santo, bem como foi quem grafou seu primeiro ícone.
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==Ligações Externas==
 
==Ligações Externas==

Revisão das 20h54min de 22 de outubro de 2022

São Nektários de Egina

São Nektários de Egina (em grego: Άγιος Νεκτάριος Αιγίνης, 1846-1920) foi Metropolita de Pentápolis e taumaturgo. Também conhecido pela composição do hino Agni Parthene (Αγνή Παρθένε). Glorificado em 20 de abril de 1961. Repousou em 8 de novembro de 1920, no dia da Sináxis dos Arcanjos, assim, sua festa é comemorada em 9 de novembro.

Vida

São Nektários nasceu em 1 de outubro de 1846, em Silíbria, na região da Trácia. Seus pais, Demos e Maria Kephalas, deram a ele o nome de Anastásios. Desde criança, era conhecido pela sua piedade e devoção à Igreja - interessava-se por leituras espirituais e tinha enorme reverência por elas.

Aos catorze anos, São Nektários precisou ir à Constantinopla em busca de emprego. Apesar de não ter dinheiro, explicou a sua situação e pediu ao capitão permissão para embarcar. Porém, o capitão se irritou e o mandou embora. Anastásios compreendeu, e se retirou decepcionado. Quando o capitão ordenou que o barco partisse, nada aconteceu. Após inúmeras tentativas falhas, o capitão se afastou e percebeu ao longe o olhar entristecido do jovem Anastásios, que havia permanecido na doca. Apiedando-se dele, permitiu enfim que o garoto embarcasse com eles. Para sua surpresa, imediatamente os motores funcionaram.

Em Constantinopla, Anastásios conseguiu emprego como vendedor de tabaco, que não pagava muito, mas era suficiente para que pudesse se manter. A fim de ajudar as pessoas ao seu redor, o garoto incluía bilhetes nas embalagens da loja com mensagens espirituais, retiradas dos livros que lia.

Como não tinha dinheiro suficiente para comprar roupas, Anastásios andava descalço e vestia farrapos. Certa vez, decidiu escrever uma carta para Deus: "Meu doce Cristo, Não tenho sapatos nem mesmo um avental. Envia-os para mim, Senhor. O Senhor sabe o quanto te amo". Anastásios colocou um selo na carta e escreveu no verso do envelope "para o Senhor Jesus Cristo que está no Céu". No caminho para enviá-la, encontrou o dono da loja que ficava em frente à tabacaria. O homem perguntou aonde ia, e Anastásios respondeu qualquer coisa em resposta. Vendo a carta em suas mãos, o homem se ofereceu para enviá-la, já que também estava a caminho dos correios. Assim, o vendedor colocou a carta em seu bolso e garantiu que iria enviá-la junto às suas próprias correspondências. O jovem voltou à loja com alegria e continuou seu trabalho.

Quando o vendedor pegou a carta de Anastásios, ficou surpreso com o destinatário dela. Perplexo e curioso, não resistiu em abrir o envelope. O homem foi profundamente tocado pela simplicidade da fé do jovem Anastásios, e decidiu colocar algum dinheiro no envelope e anonimamente enviar para ele. Quando Anastásios recebeu o presente, ficou repleto de alegria e deu graças a Deus.

Alguns dias mais tarde, vendo Anastásios com roupas novas, seu chefe pensou que tinha sido roubado pelo garoto, e o agrediu. Anastásios gritava que nunca tinha roubado coisa alguma, mas que seu doce Cristo havia enviado para ele. Ouvindo a confusão, o vendedor da outra loja foi até à tabacaria e explicou o que houve.

Ainda jovem, São Nektários peregrinou pela Terra Santa. Durante a viagem, houve uma tempestade enorme e o navio ameaçava afundar. São Nektários olhou para as águas enfurecidas do mar, e foi até o capitão. Permaneceu atrás dele, pedindo a Deus que os salvasse. Retirou um cordão com uma crucifixo que recebera de sua avó, contendo uma relíquia da Santa Cruz, e amarrou em seu cinto. Inclinou-se três vezes para o lado, mergulhando a cruz na água, ordenando ao mar "Silêncio! Acalme-se". Imediatamente, o vento cessou e o mar se acalmou. A cruz, porém, caiu ao mar e se perdeu.

Ao longo da viagem, ouvia-se sons de batida no casco. Quando o naviou atracou, São Nektários desembarcou e já se afastava quando ouviu o capitão gritar seu nome: "Kephalas, Kephalas, volte!". O capitão ordenou que alguns homens fossem examinar o casco em um barco pequeno e descobrir as origens daquela batida. Eis que encontraram seu crucifixo preso ao casco. São Nektários ficou exultante, e nunca mais deixou de usá-lo.

Vida monástica e ordenação

Em 7 de novembro de 1875, São Nektários foi tonsurado monge no Mosteiro de Nea Moni em Chios, sob o nome de Lázaro. Dois anos mais tarde, foi feito diácono. Naquela ocasião, recebeu o nome de Nektários. Posteriormente, foi ordenado ao sacerdócio, e foi para o Egito.

São Nektários foi feito Metropolita de Pentápolis. Diante de suas virtudes, outros metropolitas e bispos do Patriarcado de Alexandria se encheram de ciúme e cederam às sugestões diabólicas de conspirar contra o santo. Decidiram caluniá-lo, contando sucessivas mentiras ao Patriarca Sofrônio.

Repouso

São Nektários repousou no Senhor em 8 de novembro de 1920, aos setenta e quatro anos.

No quarto de hospital onde repousara, havia também outra cama, onde estava um homem que sofria de paralisia. Assim que São Nektários deu seu último suspiro, a enfermeira e a monja iniciaram os preparativos para seu enterro em Egina. Vestiram-no com roupas limpas e, por alguns minutos, deixaram suas antigas vestes sobre a cama do homem paralítico. Imediatamente, o homem foi levantou da cama, dando graças ao Senhor, pois havia sido curado de sua doença.

São Nektários foi enterrado no Mosteiro da Santíssima Trindade em Egina. Muitos anos mais tarde, como de costume na Grécia, seu túmulo foi aberto para transladação de suas relíquias. Estas, porém, foram encontradas incorruptas - como se tivesse sido enterrado naquele mesmo dia.

Ao receber essa notícia, o arcebispo Crisóstomo de Atenas foi pessoalmente ver as relíquias de São Nektários. O arcebispo ordenou que as deixassem sob o sol por alguns dias, e depois as enterrasse novamente. Assim, o corpo naturalmente iria se deteriorar. Um ou dois meses depois disso, abriram o túmulo novamente e mais uma vez encontraram as relíquias do santo incorruptas. Depois disso, depositaram-na em um sarcófago de mármore.

São Nektários foi glorificado por Deus, e sua vida foi uma contínua doxologia ao Senhor. Durante sua vida e após seu repouso, São Nektários realizou inúmeros milagres.

Pós-vida

Em 1918, São Savvas de Kalymnos, até então um monge que vivia em Jerusalém, visitou Atenas a fim de comprar materiais de iconografia. Eis que disseram a São Savvas que São Nektários estava procurando por ele. Surpreso, foi à Egina encontrar o santo. São Savvas permaneceu em Egina até o dia do repouso de São Nektários, servindo-o e o auxiliando em tudo o que era necessário. São Savvas presenciou o primeiro milagre após o repouso do santo, bem como foi quem grafou seu primeiro ícone.


Ligações Externas