Diferenças entre edições de "Quarto Concílio Ecumênico"
(Criou a página com "== História == Em 451, na mesma cidade em que Santa Eufêmia sofrera o martírio e na mesma igreja nas quais suas relíquias foram depositada...") |
|||
(Há 2 edições intermédias do mesmo utilizador que não estão a ser apresentadas) | |||
Linha 13: | Linha 13: | ||
{{DEFAULTSORT:Concilio Ecumenico 4}} | {{DEFAULTSORT:Concilio Ecumenico 4}} | ||
[[Categoria:Direito Canônico]] | [[Categoria:Direito Canônico]] | ||
− | |||
[[Categoria:História da Igreja]] | [[Categoria:História da Igreja]] | ||
− | [[Categoria: | + | [[Categoria:Concílios| ]] |
− | |||
− | |||
[[ar:المجمع المسكوني الرابع]] | [[ar:المجمع المسكوني الرابع]] |
Edição atual desde as 04h37min de 20 de agosto de 2022
História
Em 451, na mesma cidade em que Santa Eufêmia sofrera o martírio e na mesma igreja nas quais suas relíquias foram depositadas ocorreu o Concílio de Calcedônia (Quarto Concílio Ecumênico). O objetivo do Concílio era determinar a fórmula dogmática da Igreja sobre a natureza do Deus-Homem Jesus Cristo, em meio à heresia do monofisitismo, que à época já havia sido amplamente espalhada. O monofisitismo afirmava que Cristo possuía uma só natureza (Divina), contrariando a doutrina ortodoxa das duas naturezas (Divina e Humana em Uma Pessoa Divina), causando discórdia e instabilidade dentro da Igreja.
No Concílio, estavam presentes 630 representantes de todos os Patriarcados — a saber, Santo Anatólio, Patriarca de Constantinopla (449–458), São Juvenal, Patriarca de Jerusalém (422–458), e representantes de São Leão I, Papa de Roma (440–461). Os monofisitas não eram poucos e estavam sendo liderados por Dióscoro I, Papa de Alexandria (444–454), e Êutiques, um arquimandrita de Constantinopla. Após intensas discussões, ambos os lados não chegavam a um acordo mútuo.
Então, o santo Patriarca Anatólio propôs que o Concílio submetesse a decisão ao Espírito Santo, através da incontestável confessora cujas relíquias haviam sido descobertas com o início do Concílio. Os hierarcas e seus oponentes então escrevam suas distintas confissões de fé em dois pergaminhos distintos e selaram-nos. O túmulo de Santa Eufêmia foi aberto, e ambos foram depositados em seu seio. Na presença do Imperador Marciano (450–457) o túmulo foi fechado com o selo imperial, e guardas ficaram encarregados de vigiá-lo por três dias. Durante esses três dias, ambos os lados oraram e jejuaram intensamente.
Após os três dias, o patriarca e o imperador, na presença de todo o concílio, abriram as relíquias: o pergaminho com a confissão ortodoxa estava na mão da santa, enquanto o dos heréticos estava em seu pé. Santa Eufêmia, como se estivesse viva, estendeu a mão e deu o pergaminho ao patriarca. Depois desse milagre, muitos heréticos converteram-se à confissão verdadeira, enquanto os ainda obstinados foram punidos com a condenação e a excomunhão do Concílio.
Ligações externas
- Megalomártir Eufêmia, a Bem-Aventurada (Igreja Ortodoxa na América, OCA)