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A '''Eparquia do Rio de Janeiro e Olinda-Recife''' é uma [[diocese]] (''eparquia'') da [[Igreja da Polônia]] com sede no Rio de Janeiro, Brasil. Possui paróquias e missões nos estados do Rio de Janeiro, Paraíba e Recife, nestes dois últimos sob administração do bispo auxiliar de Recife.
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| cor          = darkcyan
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| tipo          = Eparquia do
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| diocese      = Rio de Janeiro-Olinda
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| nome em grego = '''Рио-де-Жанейрская и Олиндский епархия'''
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| fundação      = [[15 de dezembro]] de 1991
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A '''Eparquia do Rio de Janeiro-Olinda''' é uma diocese da [[Igreja da Polônia]] com sede no Rio de Janeiro, Brasil. Possui paróquias e missões nos estados do Rio de Janeiro, Paraíba e Recife, nestes dois últimos sob administração do bispo auxiliar do Recife.
  
==História==
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== História ==
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A eparquia tem origem em um grupo de brasileiros residentes em Recife e no Rio de Janeiro que em 1986 foram recebidos e ordenados por Eduardo Henrique Pinto da Rocha, autoproclamado Metropolita Gabriel de Lisboa, que na época pertencia a uma igreja cismática em Portugal. Eduardo fora um padre católico recebido na Igreja Ortodoxa em 1966 pelo Arcebispo Antônio (Bartosevich) de Geneva, da ROCOR. Em 1978, já como arquimandrita com o nome de João, apostatou e juntou-se ao sínodo vétero-calendarista da Grécia. Após uma profunda divergência teológica entre Eduardo e seu sínodo no final da década de 1980 (que na época afirmou que a igreja que não fosse velho-calendarista não possuía a graça divina), houve um rompimento entre os dois grupos.
  
===Brasileiros e portugueses===
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Eduardo iniciou então um período de busca e diálogo com diversas jurisdições ortodoxas canônicas, incluindo o [[Igreja de Constantinopla|Patriarcado de Constantinopla]], tentando buscar uma solução para o problema que havia acabado de se levantar. O pedido, porém, foi atendido pela [[Igreja da Polônia]], que iniciou o processo para receber todos os fiéis ligados a Eduardo.
  
A Eparquia tem origem em um grupo de brasileiros residentes em Recife e no Rio de Janeiro que em 1986 foram recebidos e ordenados pelo Metropolita [[Gabriel de Lisboa]], que na época pertencia a uma jurisdição não canônica em Portugal.  
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Com o apoio do [[Basílio (Doroszkiewicz) de Varsóvia|Metropolita Basílio (Doroszkiewicz) de Varsóvia]], primaz da Igreja da Polônia, Eduardo foi aceito e reconhecido como Metropolita Gabriel, embora não membro do Santo Sínodo da Polônia. No final de 1989, foi assinada uma ata de comunhão canônica entre suas igrejas em Portugal e a Igreja da Polônia, solenidade que ocorreu em Lisboa. Quem presidiu foi o [[Savas (Hrycuniak) de Varsóvia|Bispo Savas (Hrycuniak) de Białystok]], que se tornaria posteriormente o primaz da igreja polonesa, sucessor de Basílio.
  
Após uma profunda divergência teológica entre Dom Gabriel e o sínodo grego vétero-calendarista (que na época afirmou que a Igreja que não fosse velho-calendarista não possuía a graça divina) da qual fazia parte, houve um rompimento entre os dois grupos.
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No fim do ano de 1991, Dom Gabriel, acompanhado dos Bispos Jacó e Theodoro (recebidos no ato de comunhão canônica), do Arcipreste João (Ribeiro) e ainda do [[Crisóstomo (Freire) do Rio de Janeiro|Arquimandrita Crisóstomo (Freire)]], fez uma visita à Polônia. Na reunião do Santo Sínodo, realizada durantes as comemorações da Festa da Transfiguração, no Monasteiro de Grabarka, dois bispos foram eleitos: Arcipreste João como Bispo de Silves e o Arquimandrita Crisóstomo como '''Bispo do Rio de Janeiro'''. As respectivas sagrações ocorreram no mês de dezembro de 1991 em Portugal, contando com a presença do Bispo Simão (Romańczuk) de Łódź, delegado do Metropolita Basílio.
  
Dom Gabriel iniciou então um período de busca por uma jurisdição, com tentativas de diálogos com diversas jurisdições, incluindo o [[Igreja de Constantinopla|Patriarcado de Constantinopla]]. Porém, foi a [[Igreja da Polônia]] que respondeu e iniciou um verdadeiro diálogo.  
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No segundo semestre de 1992, toma posse da Eparquia do Rio de Janeiro-Olinda o primeiro bispo brasileiro. A eparquia, neste momento, era composta de quase mil fiéis, quatro paróquias, cinco missões, um arquimandrita, dez sacerdotes, um protodiácono e quatro diáconos. Os monges brasileiros, nos mosteiros da Europa, chegaram ao número de trinta.
  
Com o apoio do Metropolita [[Basílio (Doroszkiewicz) de Varsóvia|Basílio (Doroszkiewicz) de Varsóvia de toda a Polônia]], Dom Gabriel foi aceito no Santo Sínodo polonês. No final de 1989, foi assinado uma ata de comunhão canônica entre a Metrópole Ortodoxa de Portugal, Espanha e todo Brasil e a Igreja da Polônia, solenidade que ocorreu em Lisboa. Quem presidiu foi o Arcebispo [[Sawa (Hrycuniak) de Varsóvia|Sawa (Hrycuniak) de Bialystok e Gdansk]], que se tornaria posteriormente o primaz da igreja polonesa.
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Em julho de 1998, com a necessidade de um bispo auxiliar para o Brasil, foi ordenado o bispo [[Ambrósio (Cubas) do Recife]].
  
No fim do ano de 1991, Dom Gabriel, acompanhado dos Bispos Thiago e Theodoro, do Arcipreste João e ainda do Arquimandrita Crisóstomo, fez uma visita à Polônia. Na reunião do Sínodo, realizada durantes as comemorações da [[Festa da Transfiguração]], no [[Monastério de Grabarka]], dois bispos foram eleitos: Arcipreste João como Bispo auxiliar para Portugal e o [[Crisóstomo do Rio de Janeiro e Olinda-Recife|Arquimandrita Crisóstomo]] como Bispo residencial para o Brasil. As respectivas sagrações ocorreram no mês de dezembro de 1991, em Portugal, contando com a presença do Arcebispo Simão, delegado do Metropolita Basílio de Varsóvia.
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=== Problemas em Portugal e seus efeitos no Brasil ===
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Com a morte do Metropolita Gabriel em fevereiro de 1997, o Arcebispo João foi eleito Metropolita de Lisboa. Durante o ano de 2000, conflitos de natureza eclesial e disciplinar eclodem envolvendo João, a comunidade de brasileiros ortodoxos e o Metropolita Savvas, agora primaz da Polônia. Surgem conflitos também entre João e a Hegúmena do Mosteiro de Mafra. Um grupo de monjas, lideradas pela hegúmena, se refugia no [[Monastério da Natividade da Virgem Mãe de Deus (Godoncourt, França)|Mosteiro da Natividade da Mãe de Deus]] em Godoncourt, França, vinculado à Igreja da Sérvia. Esse refúgio foi obtido com a permissão e a bênção do Metropolita Savas.
  
No segundo semestre de 1992 toma posse da ''Diocese do Rio de Janeiro e Olinda-Recife'' o primeiro Bispo brasileiro. A Diocese do Brasil da Igreja da Polônia, neste momento, era composta de quase mil fiéis, 4 paróquias, 5 missões, 1 Arquimandrita, 10 presbíteros, 1 protodiácono, 4 diáconos, uma dezena de leitores e subdiáconos, alguns estudando e servindo na Metrópole de Portugal. Os monges e rasophores brasileiros, nos mosteiros da Europa, chegaram ao número de 30.
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A evolução das divergências entre João e o Santo Sínodo da Polônia levou a ruptura da comunhão canônica. No entanto, os bispos brasileiros não acompanharam João e se mantiveram como membros daquele Santo Sínodo. Isso fez com que a eparquia se desvinculasse de Portugal.
  
Em julho de 1998, com a necessidade de um bispo auxiliar para o Brasil, foi ordenado o bispo [[Ambrósio (Cubas) de Recife]].
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Em virtude desses acontecimentos, desde o dia 8 de agosto de 2000, a Eparquia do Rio de Janeiro está sob a proteção direta do omofórion do Metropolita Savvas. No mesmo ano, o Bispo Crisóstomo recebeu a dignidade de Arcebispo.
  
===Problemas em Portugal e seus efeitos no Brasil===
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Com essa crise envolvendo a Metrópole de Lisboa, a comunidade de brasileiros ortodoxos e o Santo Sínodo da Polônia resultou em um duro revez para a Eparquia do Brasil. Quatro padres e um diácono do nordeste brasileiro se transferiram para a jurisdição do Patriarcado da Sérvia, e outros dois diáconos desligaram-se do sacerdócio. No sudeste, um padre migrou para a ROCOR e outros quatro e mais dois diáconos se desligaram da Igreja.
  
Com a morte do Metropolita Gabriel em fevereiro de 1997, o Arcebispo João é elevado ao cargo de Metropolita de Portugal, Espanha e Brasil. Durante o ano de 2000, conflitos de natureza eclesial e disciplinar eclodem envolvendo o Metropolita João, a comunidade de brasileiros ortodoxos e o Metropolita Sawa da Polônia. Surgem conflitos também entre o Metropolita João e a Abadessa do Mosteiro de Mafra. Um grupo de monjas, lideradas pela Abadessa se refugia no Mosteiro Ortodoxo de Gondencourt, França, vinculado ao [[Igreja d Sérvia|Patriarcado da Sérvia]]. Esse refúgio foi obtido com a permissão e a bênção do Metropolita Sawa de Varsóvia.  
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Atualmente, a Eparquia do Rio de Janeiro mantém paróquias e missões no nordeste e sudeste brasileiro.  
  
A evolução das divergências entre o Metropolita João e o Santo Sínodo da Polônia levou a ruptura da comunhão canônica. No entanto, os bispos brasileiros não acompanharam Dom João e se mantiveram como membros daquele Santo Sínodo. Isso fez com que a Igreja Ortodoxa do Brasil se desvinculasse da Metropolia de Portugal.
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== Lista de hierarcas ==
 
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* [[Crisóstomo (Freire) do Rio de Janeiro|Crisóstomo (Freire)]]: 1991–
Em virtude desses acontecimentos, desde o dia 8 de agosto de 2000, a Eparquia do Brasil está sob a proteção direta do omofório do Metropolita de Varsóvia e toda a Polônia.
 
 
 
Com essa crise envolvendo a Metropolia de Lisboa, a comunidade de brasileiros ortodoxos e o Santo Sínodo da Polônia resultou em um duro revez para a Eparquia do Brasil. Quatro padres e um diácono do nordeste se transferiram para a jurisdição do patriarcado da Sérvia, e outros 2 diáconos desligaram-se do sacerdócio. No sudeste, um padre migrou para a [[Igreja Ortodoxa Russa fora da Rússia]] e outros quatro e mais dois diáconos se desligaram da Igreja.
 
 
 
===Atualmente===
 
 
 
Depois deste acontecimento, uma nova fase se inicia, marcada pelo desenvolvimento de projetos pastorais, de fortalecimento da fé e também pela aproximação com as Igrejas Ortodoxas originárias da imigração. A Eparquia do Rio de Janeiro e Olinda-Recife possui atualmente ótimas relações com as paróquias de outras jurisdições no Rio de Janeiro, ocorrendo inclusive diversas concelebrações, incluindo a do Domingo da Ortodoxia.
 
 
 
Ela é também a organizadora do evento carioca [[A Beleza do Sagrado]], com três edições realizadas. A terceira edição contou com três dias de evento, cada dia em uma paróquia de diferente jurisdição.
 
 
 
A Eparquia do Rio de Janeiro e Olinda-Recife também passou a ter um maior empenho no sentido de melhorar a preparação pastoral do clero, e no sentido de aprofundar o conhecimento dos Ofícios e da Tradição Ortodoxa junto aos fiéis.
 
 
 
Ela atualmente participa da [[Assembléia dos Bispos Ortodoxos da América Latina]], órgão permanente que visa, entre outros objetivos, a preparação de um Concílio Pan-Ortodoxo.
 
 
 
==Bispos dirigentes==
 
*[[Arcebispo Crisóstomo do Rio de Janeiro e Olinda-Recife|Arcebispo Crisóstomo]] - 1991-atualmente
 
*Vicariato de Recife: [[Bispo Ambrósio (Cubas) de Recife|Bispo Ambrósio (Cubas)]] - 1998-atualmente
 
 
 
==Fonte==
 
*[http://www.igrejaortodoxa.com/eparquia.php Breve Histórico] - Disponível no site oficial da Eparquia do Rio de Janeiro e Olinda-Recife.
 
  
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[[Categoria:Ortodoxia no Brasil]]
 
[[Categoria:Ortodoxia no Brasil]]

Edição atual desde as 02h02min de 17 de dezembro de 2023

Eparquia do
Rio de Janeiro-Olinda
Рио-де-Жанейрская и Олиндский епархия
Fundação 15 de dezembro de 1991
Arcebispo Crisóstomo do Rio de Janeiro
(1991–)
Sínodo Santo Sínodo da Polônia
Exterior

A Eparquia do Rio de Janeiro-Olinda é uma diocese da Igreja da Polônia com sede no Rio de Janeiro, Brasil. Possui paróquias e missões nos estados do Rio de Janeiro, Paraíba e Recife, nestes dois últimos sob administração do bispo auxiliar do Recife.

História

A eparquia tem origem em um grupo de brasileiros residentes em Recife e no Rio de Janeiro que em 1986 foram recebidos e ordenados por Eduardo Henrique Pinto da Rocha, autoproclamado Metropolita Gabriel de Lisboa, que na época pertencia a uma igreja cismática em Portugal. Eduardo fora um padre católico recebido na Igreja Ortodoxa em 1966 pelo Arcebispo Antônio (Bartosevich) de Geneva, da ROCOR. Em 1978, já como arquimandrita com o nome de João, apostatou e juntou-se ao sínodo vétero-calendarista da Grécia. Após uma profunda divergência teológica entre Eduardo e seu sínodo no final da década de 1980 (que na época afirmou que a igreja que não fosse velho-calendarista não possuía a graça divina), houve um rompimento entre os dois grupos.

Eduardo iniciou então um período de busca e diálogo com diversas jurisdições ortodoxas canônicas, incluindo o Patriarcado de Constantinopla, tentando buscar uma solução para o problema que havia acabado de se levantar. O pedido, porém, foi atendido pela Igreja da Polônia, que iniciou o processo para receber todos os fiéis ligados a Eduardo.

Com o apoio do Metropolita Basílio (Doroszkiewicz) de Varsóvia, primaz da Igreja da Polônia, Eduardo foi aceito e reconhecido como Metropolita Gabriel, embora não membro do Santo Sínodo da Polônia. No final de 1989, foi assinada uma ata de comunhão canônica entre suas igrejas em Portugal e a Igreja da Polônia, solenidade que ocorreu em Lisboa. Quem presidiu foi o Bispo Savas (Hrycuniak) de Białystok, que se tornaria posteriormente o primaz da igreja polonesa, sucessor de Basílio.

No fim do ano de 1991, Dom Gabriel, acompanhado dos Bispos Jacó e Theodoro (recebidos no ato de comunhão canônica), do Arcipreste João (Ribeiro) e ainda do Arquimandrita Crisóstomo (Freire), fez uma visita à Polônia. Na reunião do Santo Sínodo, realizada durantes as comemorações da Festa da Transfiguração, no Monasteiro de Grabarka, dois bispos foram eleitos: Arcipreste João como Bispo de Silves e o Arquimandrita Crisóstomo como Bispo do Rio de Janeiro. As respectivas sagrações ocorreram no mês de dezembro de 1991 em Portugal, contando com a presença do Bispo Simão (Romańczuk) de Łódź, delegado do Metropolita Basílio.

No segundo semestre de 1992, toma posse da Eparquia do Rio de Janeiro-Olinda o primeiro bispo brasileiro. A eparquia, neste momento, era composta de quase mil fiéis, quatro paróquias, cinco missões, um arquimandrita, dez sacerdotes, um protodiácono e quatro diáconos. Os monges brasileiros, nos mosteiros da Europa, chegaram ao número de trinta.

Em julho de 1998, com a necessidade de um bispo auxiliar para o Brasil, foi ordenado o bispo Ambrósio (Cubas) do Recife.

Problemas em Portugal e seus efeitos no Brasil

Com a morte do Metropolita Gabriel em fevereiro de 1997, o Arcebispo João foi eleito Metropolita de Lisboa. Durante o ano de 2000, conflitos de natureza eclesial e disciplinar eclodem envolvendo João, a comunidade de brasileiros ortodoxos e o Metropolita Savvas, agora primaz da Polônia. Surgem conflitos também entre João e a Hegúmena do Mosteiro de Mafra. Um grupo de monjas, lideradas pela hegúmena, se refugia no Mosteiro da Natividade da Mãe de Deus em Godoncourt, França, vinculado à Igreja da Sérvia. Esse refúgio foi obtido com a permissão e a bênção do Metropolita Savas.

A evolução das divergências entre João e o Santo Sínodo da Polônia levou a ruptura da comunhão canônica. No entanto, os bispos brasileiros não acompanharam João e se mantiveram como membros daquele Santo Sínodo. Isso fez com que a eparquia se desvinculasse de Portugal.

Em virtude desses acontecimentos, desde o dia 8 de agosto de 2000, a Eparquia do Rio de Janeiro está sob a proteção direta do omofórion do Metropolita Savvas. No mesmo ano, o Bispo Crisóstomo recebeu a dignidade de Arcebispo.

Com essa crise envolvendo a Metrópole de Lisboa, a comunidade de brasileiros ortodoxos e o Santo Sínodo da Polônia resultou em um duro revez para a Eparquia do Brasil. Quatro padres e um diácono do nordeste brasileiro se transferiram para a jurisdição do Patriarcado da Sérvia, e outros dois diáconos desligaram-se do sacerdócio. No sudeste, um padre migrou para a ROCOR e outros quatro e mais dois diáconos se desligaram da Igreja.

Atualmente, a Eparquia do Rio de Janeiro mantém paróquias e missões no nordeste e sudeste brasileiro.

Lista de hierarcas