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Perpétua de Cartago

10 bytes removidos, 16h00min de 17 de novembro de 2020
Condenação
Hilarião, vendo-os, disse: “Poupa os cabelos brancos de teu pai, poupa a infância de teu filho. Oferece o sacrifício para o bem-estar dos imperadores.” Ela respondeu: “Não o farei.” O procurador ainda perguntou se ela era cristã, e ela afirmou. Hilarião, então, atirou seu pai ao chão, e ordenou que ele fosse espancado e chicoteado com varas. A dor de seu pai refletia-se nela como se ela mesma estivesse sendo torturada. Em seguida, o procurador condenou que os seis seriam futuramente jogados aos animais selvagens, e retornaram à prisão.
Alguns dias depois, enquanto oravam, veio à mente de Perpétua Dinócrates, seu esquecido e miserável irmão que falecera aos sete anos de idade vítima de um câncer. Perpétua lamentou-se e sentiu a dignidade de ter sido preservada da doença por Deus; assim, sabendo que os mortos não conseguem ajudarem-se no Hades exceto pelas orações dos vivos, Perpétua pôs-se a suplicar e chorar por seu falecido irmão a Deus.
Naquela mesma noite, o Altíssimo concedeu-lha mais uma visão, e nela Perpétua via Dinócrates saindo de um lugar sombrio e nebuloso junto a várias outras pessoas. Sua pele estava ressecada de tamanha sede, e sua face, pálida, encardida e com o rosto devorado pelo tumor. Entre os dois, havia um hiato para que nenhum pudesse se aproximar do outro. Em frente a Dinócrates havia um tanque cheio de água, e ele esforçava-se para alcançá-lo, mas sua altura era menor que a do tanque. O sofrimento de seu irmão era perceptível a Perpétua, mas ela sabia que somente sua oração traria ajuda a ele, de forma que seu nome esteve presente em suas orações por todos os dias que se seguiram.
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