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[[Imagem:Agata-martyrSanta Ágata.jpg|miniatura|Santa Ágata de Catânia]]A '''Santa Virgem e Mártir Ágata de Catânia''' (ou '''de Palermo''', ou ainda '''da Sicília''') foi martirizada durante a Perseguição de Décio, e é comemorada pela Igreja no dia [[5 de fevereiro]]. Santa Ágata é padroeira de toda a Sicília e São Marino, além de ser invocada contra desastres naturais, erupções vulcânicas e fogo.
== Vida ==
A sábia Ágata, ainda em seus quinze anos de idade, negou-se a comparecer perante o prefeito de Catânia, Quinciano, e logo foi levada pelos soldados até ele. Em julgamento, Ágata corajosamente confessou-se cristã, e negou-se a oferecer sacrifício aos ídolos. Devido à beleza que a jovem trazia consigo e a condição de sua família como nobres, Quinciano negou quaisquer condenações, propondo a virgem em casamento para obter a si ainda mais possessões.
Ela negou, respondendo que já havia sido noivada e o não trairia ao seu Noivo no Céu. O prefeito insistiu, e decidiu somente enviá-la à casa de Afrodísia, uma rica mulher pagã que tinha cinco filhas. Todas elas tentaram Ágata com elegantes roupas, distrações e entretenimento, insistindo que ela oferecesse sacrifício aos deuses pagãos, mas a confessora desprezou todas essas coisas. Quanto mais tentavam propô-la, mais ela tornava-se resoluta de sua escolha. Ágata orava incessantemente para que pudesse ser contada dentre as testemunhas de [[Jesus Cristo]] em breve.
Após um mês de muito tentar e nada conseguir, Afrodísia voltou ao prefeito, relatando sua inabalável Fé em Cristo e argumentando que seria mais fácil transformar ferro em ouro do que fazê-la trair seu Senhor. Novamente levada à interrogação sob Quinciano, a santa confessora não se deixou influenciar nem pelas lisonjas oferecidas e nem pelas ameaças. O prefeito questionou: “Sendo tu da nobreza, por que te comportas como uma escrava?” E ela sabiamente respondeu-lhe: “Porque sou escrava de Cristo, e os escravos de Cristo são em verdade os mais livres de toda a criação, pois adquiriram o pleno domínio de si mesmos através de Sua graça.” Ela continuou, e zombou dos deuses a quem ele a incitava a adorar. Então, o prefeito esbofeteou seu rosto e ordenou que a virgem fosse levada à prisão.
No dia seguinte, Ágata voltou ao julgamento, e Quinciano ordenou que ela sacrificasse caso quisesse salvar sua vida. A isso, a jovem retrucou que somente através de Cristo, Filho do Deus Vivo, alguém poderia obter a salvação. Em fúria, o prefeito ordenou que amarrassem-na pelas mãos e pelos pés numa estaca, e que fosse espancada e açoitada sem misericórdia pelos carrascos. Quando começou a derramar seu sangue, os carrascos pegaram em garras de ferro e rasgaram seu corpo. Em seguida, queimaram seus cortes com tochas incandescentes.
Mesmo banhada em sangue, a virgem exclamava à fúria do prefeito: “Grande alegria são para mim essas torturas! O milho não chega ao celeiro antes que seja ceifado e debulhado, e assim minha alma não alcançará a bem-aventurança eterna antes de ser separada pelos sofrimentos do meu corpo!” Então, os carrascos esfaquearam seu tórax até sua carne começar a cair no chão junto de seu sangue. Quando já estava sem forças e quase sem vida, foi jogada na prisão.
Naquela noite, o santo [[Apóstolos Pedro e Paulo|Apóstolo Pedro]] milagrosamente apareceu a ela junto de seu Anjo da Guarda em sua cela, e curou completamente seus ferimentos, deixando-a exatamente como estava antes das torturas. Então, ascendeu aos Céus. Isso fortaleceu ainda mais seu desejo por Cristo, e a jovem falava com Ele e com seus santos através de suas orações o tempo todo. Quando foi levada novamente em julgamento, Quinciano espantou-se pela virgem estar completamente curada, sem nem marcas de cortes, e sua ilusão fê-lo acreditar que haviam invocado um feitiço sobre ela.
Santa Ágata, então, foi jogada numa fogueira de tijolos e cacos. Não tardou, porém, até que um grande terremoto atingisse a cidade, e muitas construções desabaram. Entre os mortos, estavam dois dos conselheiros de Quinciano. Os habitantes, aterrorizados, invadiram o pretório e ameaçaram por fogo em Quinciano caso não libertasse Ágata de suas torturas. Sem ter para onde ir, o prefeito a tirou das chamas e pôs a virgem de volta à prisão. Lá, a mártir, dando graças a Deus, implorou ao Senhor, que havia lhe concedido a graça da perseverança sob as torturas, que agora lhe concedesse ver a glória de Seu Rosto. Foi assim que, em 5 de fevereiro de 250, aos quinze anos de idade, Santa Ágata rendeu sua alma ao Senhor, e por seu Noivo foi coroada no Reino dos Céus.
Quando souberam da notícia, todos os cristãos da cidade correram até a prisão com mirra e perfumes para seu enterro. Assim que depositaram o corpo de Santa Ágata no sarcófago púrpura, seu Anjo da Guarda tomou a forma de uma radiante criança e correu ao túmulo com uma placa, que dizia: “Santa e devota alma. Honra de Deus. Proteção da terra.” Por toda a cidade, podia-se ver crianças em vestes brancas. Logo em seguida, o anjo e as centenas de crianças desapareceram perante todos. Quanto ao perverso prefeito, ele continuou governando por algumas semanas, até ser jogado de sua carruagem em um rio pelos seu cavalos e morrer afogado, à espera da condenação eterna.
== Pós-vida ==
== Hinos ==
''(Por São Nicolau, Bispo de Ócrida, em tradução livre)''
: Sombria é a masmorra, mas radiante é a mártir. /
: Em meio das às trevas, Ágata, a santa, resplandece. /
: Sobre o pátio da masmorra, repleto de luz, /
: ali vive o algoz, encoberto pela vergonha, . /: planejando Planejando novas torturas para a virgem Ágata. , /: Ele ele atormenta-se e contempla, cego em meio à luz. /
: Radiante é a masmorra para aquela que noiva-se com Cristo, /
: mas desesperador é o palácio para o adversário da justiça!