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Ágata de Catânia

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== Pós-vida ==
[[File:Church of Saint Agatha la Vetere.jpg|miniatura|Catedral de Santa Ágata em Catânia.]]
Quando souberam da notícia, todos os cristãos da cidade correram até a prisão com mirra e perfumes para seu enterro. Assim que depositaram o corpo de Santa Ágata no sarcófago púrpura, seu Anjo da Guarda tomou a forma de uma radiante criança e correu ao túmulo com uma placa, que dizia: “Santa e devota alma. Honra de Deus. Proteção da terra.” Por toda a cidade, podia-se ver crianças em vestes brancas. Logo em seguida, o anjo e as centenas de crianças desapareceram perante todos. Quanto ao perverso prefeito, ele continuou governando por algumas semanas, até ser jogado de sua carruagem em um rio pelos seu cavalos e morrer afogado, à espera da condenação eterna.
No 5 de fevereiro do ano seguinte, o maior vulcão de toda a Itália insular, o Monte Etna na em Catânia, irrompeu, e a cidade estava à beira de ser engolida pela lava. Todos, inclusive os pagãos, correram ao túmulo da santa e carregaram-no por toda a cidade até as proximidades do vulcão, como se fosse um escudo. Milagrosamente, quando o rio de lava estava a poucos metros do túmulo, uma barreira invisível conteve o magma, até o fim da erupção. Com isso, toda a cidade foi salva. Esse milagre repetiu-se várias vezes nos séculos que se seguiram, e por isso Santa Ágata é fervorosamente venerada em Catânia como padroeira da cidade. Na década seguinte, durante a era de São Dionísio, Papa de Roma (259–268), um pequeno santuário foi erguido em honra a Santa Ágata sobre as ruínas do pretório de Catânia, onde Ágata fora torturada. No século seguinte, sob São Dâmaso I, Papa de Roma (366–384), deu-se início à construção de uma catedral para a então Diocese de Catânia nas proximidades do santuário, que só foi concluída no século V sob São Sisto III, Papa de Roma (432–440). Foi nesse santuário em que residiram as relíquias incorruptas de Santa Ágata, e até hoje seu sarcófago está guardado no santuário. Nos séculos seguintes, novas reformas tornaram a catedral ainda maior. Após a queda da Itália para os godos, na era de São Gregório, o Grande, Papa de Roma (590–604), uma porção das relíquias de Santa Ágata foram transladadas à Igreja de Santa Ágata dos Godos em Roma, resgatada pelo próprio papa das mãos dos heréticos antitrinitários arianos e consagrada por ele com as relíquias da santa. São Gregório também presenteou um mosteiro na ilha de Cápri na Campânia com algumas das relíquias. Posteriormente, aquela igreja em Roma abrigou um mosteiro beneditino. No século IX, sob o iconoclasta Imperador Miguel II (820–829), uma grande conspiração surgiu ao redor de Eufêmio, eparca do tema, que aparentemente haveria forçado uma monja a casar-se com ele. Quando o imperador publicou seu mandato de prisão, Eufêmio navegou ao Emirado da Ifríquia (atual Tunísia) e ajudou os islâmicos a conquistarem toda a ilha da Sicília, tornando-a num emirado muçulmano. Foi somente no século XI, sob o Imperador Miguel IV (1034–1041), que as relíquias de Santa Ágata puderam ser resgatadas dos islâmicos, e foram transferidas para a Basílica de Santa Sofia, em Constantinopla. Cabe dizer que Constantinopla já possuía algumas relíquias da santa doadas por Roma no século X.
== Hinos ==
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