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→Condenação
Então, um homem mais alto que o anfiteatro inteiro apareceu. Ele vestia uma túnica e um manto púrpura entre duas faixas que cruzavam seu peitoral, além de duas sandálias de prata e ouro. Ele carregava um bastão, simbolizando o treinador dos gladiadores, e um ramo verde sobre o qual pendiam maçãs douradas. Houve um silêncio, e ele disse: “Este egípcio, se vencer esta mulher, mata-la-á à espada; essa mulher, se o vencer, receberá o ramo.” E então, desapareceu.
: “Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:15)
Ambos começaram a se enfrentar. Perpétua golpeava o rosto do egípcio com seu calcanhar, enquanto este tentava feri-lo; ela foi jogada ao ar e, segurando-se nele, espancou-o até chegar ao chão. Finalmente, empurrou-o com a cara no chão e pisou sobre sua cabeça. A arquibancada gritava de louvor, e as crianças exultavam. O treinador apareceu a ela e deu-lhe um beijo, dizendo: “Minha filha, a paz esteja contigo.” Ele entregou-a o ramo e ela dirigiu-se gloriosamente até o portal dos sobreviventes. E acordou. A viúva entendeu que ela não havia de lutar com bestas, mas com o próprio diabo. Mesmo assim, sua vitória seria certeira.
Felicidade estava gestante de oito meses, e pela lei não poderia ser julgada. Sua ansiedade era tamanha que conseguiu dar a luz ao seu filho ainda na prisão, e rejubilou-se por poder ser contada entre os mártires por Cristo. No dia do julgamento, todos foram levados ao anfiteatro. Na era de São Zeferino, Papa de Roma.