OrthodoxWiki:Manual de Escrita
O Manual de Escrita é um espaço para discutirmos uma questão importante e urgente para o cenário da Ortodoxia em português: a padronização e escolhas de vocabulário para se referir a nomes próprios, bem como tradução e/ou transliteração da terminologia técnica relacionada à Fé Ortodoxa. Essa iniciativa surge como um complemento do já existente Manual de Estilo - que ainda precisa ser revisado e melhor traduzido. Sinta-se à vontade para contribuir.
Índice
[esconder]Contexto
Cenário atual da Ortodoxia em português
A Ortodoxia em língua portuguesa ainda encontra muitos desafios, dos quais o mais comum está relacionado a escolhas de tradução e/ou transliterações para se referir a nomes próprios, bem como à terminologia técnica.
Nomes próprios
O objetivo primeiro de qualquer tradução é a compreensão, e quando se trata de nomes próprios a identificação da pessoa é prejudicada pela variação de nomes. Nesse sentido, buscando preservar a unidade, padronização e facilidade para compreender a quem estamos nos referindo, adotaremos:
Tradução tradicional
Para santos bíblicos, dos primeiros séculos e mesmo da Antiguidade Tardia e Medievo, preferimos adotar a escolha mais tradicional e já bem enraizada, embora essa opção seja flexível, a tradução tradicional costuma funcionar bem para nomes próprios.
Exemplos:
- Jesus Cristo, Santíssima Virgem Maria, São Pedro, São Paulo,
- bem como São Jorge - que uma vez tão amplamente conhecido como Jorge, não faz sentido adotar para esse caso a transliteração Geórgios.
Transliteração
A transliteração de nomes gregos e eslavos obedece às regras de transliteração de alfabetos grego e cirílico para o português - as quais são distintas das regras de transliteração para o inglês, e serão tratadas mais adiante).
Transliteração de nomes gregos com terminação em -ος
- Νεκτάριος será transliterado “Nektários”, e não Nektário nem Nectário;
- “Παΐσιος” vira “Paísios”;
- “Ἀρσἐνιος” vira “Arsênios”.
A opção de não mimetizar a queda do sigma final (σ) no caso nominativo masculino singular não é arbitrária: em primeiro lugar, essa escolha garante uniformização e maior semelhança com outras línguas modernas (tais quais o inglês), e evita divergências desnecessárias; além disso, a língua portuguesa não possui flexão nominal e temos um único nome para diferentes funções, de modo que a aplicação da regra grega do normativo não parece justificável;
Transliteração de nomes com terminação em consoante -an, -on
Nomes como "Nikhon" ou "Tikhon", não serão traduzidos para aberrações como "Nicão" ou "Ticão", opções muito populares em meados da década de 1950 e 1960. Um caso diferente ocorre com São Herman do Alaska, por exemplo. Do russo "Герман", o nome é bem estabelecido no inglês "Herman", e evita o eco da palavra German, que em inglês significa "alemão". Exemplos:
- "Герман" será Herman, e não German, nem Germano ou Hermano.