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Antônio de Dymsk

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O ermo de Nóvgorod
Como hegúmeno de Khutyn, Santo Antônio seguiu estritamente as regras deixadas por São Barlaão, sendo um exemplo para os monges. Além da Igreja da Transfiguração, o asceta construiu a Igreja da Anunciação, decorando-a por completo com ícones em honra à Mãe de Deus e aos santos. O hegúmeno recebera de Deus o dom de orar em lágrimas, as quais lavavam qualquer traço de orgulho que tentasse contaminar sua alma. Ainda assim, o peso de ser responsável pela alma e vida daqueles monges, sabendo que o mínimo deslize na Fé que ele cometesse poderia provocar o escândalo e a morte espiritual de algum deles, era excruciante. Além disso, assim como o era em sua infância, Santo Antônio preferia realizar seus feitos ascéticos em segredo, longe da glória mundana.
Por muito tempo Santo Antônio orou à Mãe de Deus que o mostrasse uma saída para isso, do jeito que melhor a agradasse. Certo dia, assim como fizera outrora [[Antônio e Teodósio de Kiev|Santo Antônio de Kiev]], seu onomástico em Khutyn reuniu a irmandade, informando-os que buscaria um lugar de solidão para si, e elegeu entre os irmãos um novo hegúmeno para sucedê-lo. Mesmo com os rogos dos monges, Santo Antônio não os revelou-os para onde partiria e, quando finalmente todos os monges voltaram para as suas celas, seguiu a nordeste pela floresta, sendo guiado pela própria Mãe de Deus.
Santo Antônio andou por incríveis cento e setenta quilômetros em sua peregrinação na floresta, sendo a oração seu principal alimento durante todo esse tempo. Tempos mais tarde, chegou ao lago Dymskoe, integrante da bacia do rio Tikhvinka, distante dez quilômetros da futura cidade de Tikhvin. O lago, ao sopé de uma colina, era coberto por uma névoa branca, que pairava como uma fumaça (daí o nome Dymskoe: dym, em russo, significa “fumaça”).
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