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Quarenta mártires de Sebaste

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Vida
Em 313, o Édito de Mediolano do santo Imperador Constantino (306–324) trouxe fim à maior perseguição de cristãos do Império Romano, promovida em 303 por Diocleciano (284–305) e Maximiano (285–305). No Oriente, entretanto, o Imperador Licínio (308–324) se mostrava ainda disposto a erradicar a Fé do território em que governava. Licínio preparou seu exército para guerrear contra São Constantino e, temendo um motim, resolveu expulsar dele os cristãos.
Agrícola, seu comandante militar em Sebaste na Armênia, onde operava a gloriosa Legião XII Fulminata, era um fervoroso defensor do paganismo. Sob seu comando estava uma companhia de quarenta valentes soldados, vindos de todas as províncias, que saíram vitoriosos de incontáveis batalhas, defendendo agora as fronteiras orientais do império. Todos eles criam em [[Jesus Cristo]] e recusaram a sacrificar aos ídolos, medida exigida pelas autoridades para que se comprovasse lealdade ao império. Assim, foram acorrentados e levados ao cárcere por Agrícola.  Na prisão, os soldados se entregaram à oração e todas as noites sonhavam com uma voz que lhes dizia: “Aquele que crer em Mim, ainda que morra, viverá. Sede corajosos e não temais, e vós obtereis a coroa da imortalidade.”Eles também eram visitados pelo piedoso Severiano, um oficial cristão conhecido por sua virtude, que encorajava os confessores por Cristo e salvava os pobres com suas esmolas.
Na manhã seguinte, foram novamente levados diante do comandante, que buscou adulá-los com grandes honrarias a fim de acariciar o orgulho dos soldados e levá-los à apostasia. Um deles, que tinha por nome Cândido, respondeu: “Não apenas as honras, mas tira-nos também a vida, pois nada nos é mais querido e honrável que Cristo, nosso Deus!” Todos os outros concordaram e, diante de tal recusa unânime, Agrícola enviou-os novamente à prisão, onde tornaram a orar incessantemente ao Senhor.
Quando chegou ao lugar onde os corpos dos outros trinta e nove estavam à espera do fogo, percebeu que seu filho havia entregado a alma ao Senhor, e deu graças a Deus por Sua grande misericórdia. Então, os carrascos fizeram uma grande fogueira, e todos os quarenta corpos foram consumidos. Seus restos, depois, foram atirados novamente às águas para que os cristãos não mais os encontrassem. Entretanto, três dias depois, o bispo de Sebaste foi avisado em um sonho onde se encontravam os restos mortais dos mártires e, com a ajuda de outros cristãos, encontraram-nos brilhando na superfície da água. Então, reverentemente deram-lhes um sepultamento digno.
 
Depois de alguns meses, Lício decidiu ir atrás do homem santo que havia inflamado nos corações dos quarenta o desejo pelo martírio, Severiano. Deus mostrou-lhe um sinal de que estavam em sua procura, e Severiano apresentou-se por conta própria ao jurista, antes mesmo que os soldados voltassem da busca sem tê-lo encontrado. Perante Lício e todos, Severiano confessou Cristo como Deus e falou sobre seu Senhor sem deixar-se abalar. O jurista, então, ordenou que ele fosse chicoteado, mas a cada chibatada, mais o santo falava sobre Cristo, e sua sabedoria persuadia os que lá estavam à Fé.
 
Furioso, Lício ordenou que Severiano fosse suspenso numa estaca de madeira, e os torturadores começaram a rasgar seu corpo com garras de ferro. O confessor suportou pacientemente durante toda a tortura, e quando suas entranhas já estavam visíveis, Lício mandou-o à prisão. Lá, Severiano passou cinco dias exortando as pessoas a darem suas vidas por Cristo, e muitos cristãos adentravam a prisão buscando seus conselhos.
 
Severiano foi novamente levado em julgamento, e mais uma vez repreendeu o jurista com suas sábias palavras. Então, Lício ordenou que sua boca fosse apedrejada, para que não pudesse mais falar de Cristo, e foi pendurado na estaca para que dilacerassem seu corpo mais ainda com garras de ferro. Em seguida, levaram-no às muralhas de Sebaste, amarraram duas pesadas pedras em seus pés e pescoço e uma corda em seu torso e penduraram-no na muralha. Foi assim que São Severiano gloriosamente entregou sua alma ao Senhor, em 9 de setembro de 320.
== Pós-vida ==
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