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Perpétua de Cartago

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A última visão
: “Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Gênesis 3:15)
Ambos começaram a se enfrentar. Perpétua golpeava o rosto do egípcio com seu calcanhar, enquanto este tentava feri-lo; ela foi jogada ao ar e, segurando-se nele, espancou-o até chegar ao chão. Finalmente, empurrou-o com a cara no chão e pisou sobre sua cabeça. A arquibancada gritava de louvor, e as crianças exultavam. O treinador apareceu a ela e deu-lhe um beijo, dizendo: “Minha filha, a paz esteja contigo.” Ele entregou-a o ramo e ela dirigiu-se gloriosamente até o portal dos sobreviventes. E acordou. A viúva entendeu que ela não havia de lutar com as bestasselvagens, mas com o próprio diabo. Mesmo assim, sua vitória seria certeira. Naquela mesma noite, Sátiro também teve uma visão enquanto dormia. Todos já haviam sofrido nas mãos dos torturadores, e seus espíritos estavam sendo carregados por quatro anjos em direção ao oriente. Suas mãos, entretanto, não os tocavam, mas seus corpos subiam suavemente. Quando já estavam afastados do mundo, passaram a ver uma imensa região de luz, e Sátiro disse a Perpétua, que estava ao seu lado: “Isto é o que o Senhor nos prometeu. Nós recebemos Sua Promessa.” Os mártires continuaram subindo e aproximando-se da luz, até começarem a ver um vasto jardim, cheio de árvores floridas e flores de todas as espécies. As árvores eram imensas, altas como ciprestes, e suas folhas caíam incessantemente. Outros quatro anjos ainda mais radiantes e gloriosos os viram, prestaram-lhes honras e disseram aos outros: “Aqui estão eles! Aqui estão eles!” Os quatro anjos que os levavam temorosamente puseram-nos no chão, e os mártires começaram a andar por um longo caminho. Durante a caminhada, encontraram Jocundo, Saturnino e Artáxio, queimados vivos sob a mesma perseguição, e Quinto, martirizado dentro da prisão. Perguntaram-lhes onde estavam seus outros companheiros mas, antes que pudessem ser respondidos, os anjos disseram-lhes: “Vinde primeiro, entrai e saudai vosso Senhor.”
Felicidade estava gestante de oito meses, e pela lei não poderia ser julgada. Sua ansiedade era tamanha que conseguiu dar a luz ao seu filho ainda na prisão, e rejubilou-se por poder ser contada entre os mártires por Cristo. No dia do julgamento, todos foram levados ao anfiteatro. Na era de São Zeferino, Papa de Roma.
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