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Domingo da Ortodoxia

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Proveniente das origens cristãs e de séculos de perseguições, enriquecido pela difícil busca dogmática dos Concílios, purificado pelas provas do combate contra a heresia iconoclasta, o ícone faz parte de uma grande corrente de Tradição, isto é, da vida interior da Igreja (nos locais de culto, nos cemitérios e nas catacumbas), prolongamento da Encarnação de Deus. As primeiras imagens eram inspiradas em textos bíblicos – cordeiro, Bom Pastor, pomba, peixe, âncora… De fato, o ícone está intimamente ligado ao Evangelho e à Liturgia; é aí que ele se enraíza.
O Domingo da Ortodoxia leva o fiel ortodoxo até o ano de 843, com a vitória dos ícones sobre os iconoclastas num Sínodo em Constantinopla, convocado pela imperatriz, [[TeodoraTheodora, a Augusta|Santa Imperatriz TeodoraTheodora]]. Embora sua vitória decisiva tenha só acontecido em 843, os esforços para combater a heresia iniciada por Leão III começaram em 787, no Sétimo Concílio Ecumênico (II Niceia), cujo principal tópico em discussão foi a veneração de ícones, e que reafirmou o papel proeminente da imagem sagrada: “O ícone tende a provar a Encarnação verdadeira e não ilusória de Deus, o Verbo.”
Em 726, Leão III, o Isáurico, investiu contra as imagens, com palavras e gestos violentos. Procurou apoio do Santo Patriarca Germano I de Constantinopla, que lhe resistiu. Em 730, o imperador depôs o Patriarca e conseguiu a eleição de Anastácio, um iconoclasta. Este logo publicou um edito contra as santas imagens – padres e monges foram mutilados e decapitados. Com a morte de Leão III em 741, seu filho, Constantino V, subiu ao trono. Ele queria convocar um Concílio para decidir a questão, mas antes, em 754, escreveu um tratado iconoclasta. Constantino V morreu em 775, e seu filho, Leão IV, mostrou-se mais tolerante que o pai, mas não revogou os decretos.

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