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Theodora, a Augusta

1 byte adicionado, 06h32min de 23 de julho de 2023
Os mosteiros e a Mãe de Deus
Se as visitas suspeitas de Santa Theodora e suas filha à avó enfureciam a Teófilo, quanto mais as suas habilidades como governante que, diferente das de Teófilo, logravam sucesso. Descendendo de uma família de comerciantes navais, Santa Theodora tinha a confiança dos marinheiros, e fomentou o comércio entre as províncias, garantindo a melhora da economia das cidades mais distantes. Certa vez, por inveja, Teófilo ordenou que um navio e sua embarcação fossem incendiados após descobrir que ele pertencia a Santa Theodora, dizendo: “Por acaso fizeste de mim, que sou imperador, um comerciante?” Hoje, os achados arqueológicos apontam que a quantidade de moedas com o rosto de Santa Theodora, Teófilo ou seus filhos encontrados nas províncias mais distantes de Constantinopla é maior do que as de qualquer outro governante anterior a eles, provando que a imperatriz ampliou o contato entre as províncias e a capital. Com o auxílio de Santa Theodora, os cristãos também foram capazes de enviar secretamente embarcações com mantimentos às ilhas onde os santos confessores eram exilados, como a Ilha de Afousia no Mar de Mármara.
Como era o costume dos imperadores naquela época, Santa Theodora e Teófilo visitavam a Igreja da Mãe de Deus de Blaquerna, <small>([https://www.google.com/maps/place/Igreja+de+Santa+Maria+de+Blaquerna/@41.0386934,28.9428138,3a,75y/data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipPtVJOhZ0nnaOQegmEP5CqxdU0FPbpinqyQSxcI!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com%2Fp%2FAF1QipPtVJOhZ0nnaOQegmEP5CqxdU0FPbpinqyQSxcI%3Dw203-h114-k-no!7i4032!8i2268!4m9!3m8!1s0x14caba07b4c0ffe9:0x8057623659aab78b!8m2!3d41.0386738!4d28.9428015!10e5!14m1!1BCgIgAQ!16s%2Fm%2F04f2wyr ver fotos])</small> distante cinco quilômetros do Palácio Imperial, quase que semanalmente nas sextas-feiras, quando os ofícios à Mãe de Deus eram nela celebrados. Blaquerna era o distrito mais setentrional protegido pelos muros de Constantinopla, e tanto Teófilo como seu pai Miguel II trabalharam para fortificar os muros e os portões de Blaquerna <small>([https://www.google.com/maps/place/Blachernai'nin+Duvarlar%C4%B1/@41.0386642,28.9409022,3a,75y,90t/data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipMymNUalSJfWxltV8fH8LsjiHm3XyjmIQxrg9-7!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com%2Fp%2FAF1QipMymNUalSJfWxltV8fH8LsjiHm3XyjmIQxrg9-7%3Dw203-h151-k-no!7i4640!8i3472!4m7!3m6!1s0x14caba062999d7b3:0x14fa3e4ca933f606!8m2!3d41.0386632!4d28.9409062!10e5!16s%2Fg%2F11f50w77mb ver fotos])</small> dos ataques dos búlgaros pagãos. Durante o caminho, Teófilo permitia que aqueles que se sentissem injustiçados em quaisquer assuntos civis pudessem se aproximar dele para suas apelações, como uma forma de manter seu apoio entre o povo e investigar os oficiais do governo que fossem denunciados por eles. Santa Theodora, porém, passava o tempo todo em oração, e adentrava a igreja com reverência e lamentação pelos ícones e mosaicos destruídos pelos iconoclastas, os quais eram substituídos por imagens de animais, paisagens e bestas.  A igreja, quase igualada em importância à Catedral de Santa Sofia, possuía uma grande sala de banho cuja água vinha da fonte sagrada da Mãe de Deus, na qual somente o imperador ou a imperatriz podiam se banhar. Santa Theodora usava o pretexto do banho para trancar-se na igreja em oração, enquanto Teófilo permanecia com a corte no Palácio de Blaquerna, vizinho à igreja. Talvez Santa Theodora soubesse que o Ícone da Mãe de Deus de Blaquerna havia sido salvo dos iconoclastas e estava escondido dentro da parede da igreja, tal como seria revelado quase duzentos anos depois durante obras de restauração.
=== Iconoclasmo ===
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