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Juliano e Júlio de Egina

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Pós-vida
Os '''Veneráveis Santos Juliano e Júlio de Egina''' (séc. IV e V) foram dois santos irmãos missionários em terras pagãs. A Igreja os comemora separadamente no dia [[7 de janeiro]] pelo repouso de São Juliano e no dia [[31 de janeiro]] pelo de São Júlio e junto com . Também são comemorados pela transladação de suas relíquias em [[19 de maio]], durante a Festa de Todos os Padroeiros de Hidra em [[17 de outubro]], durante a Festa de Todos os outros santos Santos de Egina em [[30 de julho]] e no dia [[21 de junho]].
== Vida ==
Na ilha de Egina na Ática haviam dois irmãos, Juliano, o Diácono, e Júlio, o Presbítero. Juliano nascera em 319 e Júlio em 330 numa rica nobre família cristã, sobrevivente da Grande Perseguição do Imperador Diocleciano (284–305). Após receberem uma educação básica na ilha, partiram para Atenas para ingressarem nos estudos superiores. Ambos estudaram com São Basílio, o Grande, São Gregório, o Teólogo, e com o futuro imperador Juliano, o Apóstata.
Juliano e Júlio, grandes admiradores das obras do santo [[Apóstolos Pedro e Paulo|Apóstolo Paulo]], decidiram imitá-lo e voltaram para Egina para se prepararem para o trabalho missionário. Após serem respectivamente ordenados diácono e presbítero pelo Bispo bispo de Atenas, partiram pregando a Palavra de Deus, batizando, construindo igrejas e até destruindo templos pagãoscom ajuda dos antigos adoradores de ídolos. Em Corinto, os arianos tentaram matá-los, mas conseguiram fugir para uma longa viagem de barco até Roma. No meio do caminho, desembarcaram nas inóspitas terras balcânicas e converteram os pequenos vilarejos da Boêmia e das atuais Polônia e Hungria.
No Danúbio presenciaram uma grande multidão, e descobriram que tratava-se de um jovem possesso, que estava amarrado e prestes a ser queimado vivo pelos sacerdotes pagãos, de forma que a região fosse purificada de demônios. Os irmãos conseguiram exorcizar os demônios e curaram o homem com o sinal da Cruz. A multidão se maravilhou, e muitos passaram a crer no Deus verdadeiro revelado pelos dois santos.
Na era do santo Papa Dâmaso I de Roma (366–384) e do santo Imperador Teodósio I (379–395), ambos conseguiram chegar em Roma e veneraram o local onde São Paulo havia sido decapitado, além de outros santuários dos mártires. Eles se encontraram com o imperador, que os concedeu uma autorização escrita permitindo a pregação do cristianismo por todo o império, e depois com o papa, que os enviou a Mediolano (atual Milão) para auxiliarem o bispo de lá, Santo Ambrósio. Lá, conseguiram construir incansavelmente auxiliaram na construção de mais de uma centena de igrejas, além de realizarem batismos e curarem os enfermos.
[[Imagem:Lake Maggiore.jpg|thumb|Lago Maior, um dos maiores lagos italianos.]]
Após cinquenta anos de atividade missionária, decidiram partir para a solidão e tomaram caminhos diferentes pela primeira e última vez. Juliano partiu para o Lago Maior, na fronteira norte da Itália, e Júlio mais a oeste, numa ilha deserta do Lago Orta, cheia de pedras e ferozes serpentes, as quais causavam tamanho medo nas vilas das redondezas que os barqueiros se recusavam a levá-lo para lá. São Júlio, então, milagrosamente deitou seu manto nas águas e andou sobre elas até chegar na ilha, onde, com o poder de Deus, subjugou as serpentes e os escorpiões da ilha.
Juliano adoeceu gravemente, e repousou aos setenta e dois anos de vida no sétimo dia de janeiro de 391. Ele foi sepultado na Igreja de São Lourenço, a qual ele mesmo construiuhavia construído. Júlio viveu por mais dez anos em oração e jejum em sua ilha, e foi sepultado na Igreja dos Santos Pedro e Paulo, construída por ele, no último dia de janeiro de 401.
== Pós-vida ==
[[Imagem:Basilica of St Julius.jpg|miniatura|esquerda|Basílica latina de São Júlio, portadora de parte de suas relíquias. Para mais fotografias, incluindo a do relicário, veja a [[:commons:Category:Isola San Giulio - Basilica|categoria]] no Wikimedia Commons.]]
[[Imagem:St Julius Island.JPG|miniatura|Ilha de São Júlio, no Lago Orta.]]
Após a morte de São Júlio, a ilha que habitou recebeu seu nome e passou a ter uma capela em honra ao santo. No século VI, uma igreja e um batistério octogonal começaram a ser erguidos, abaixo dos quais Filácrio, Bispo de Novária Novara (atual Novara; 553–568), pediu para ser sepultado. Depois, um duque da região construiu sua casa lá, e culminou na construção de um castelo pelo Rei Berengário II da Itália (950–691950–961) no século X. Guerras desse século talvez tenham destruído a igreja, a qual foi transformada numa basílica após o Grande Cisma, no século XII. No século XIX, o batistério foi demolido para concluir a transformação da ilha num mosteiro latino.
A memória de ambos os irmãos ficou esquecida por mais de um milênio no Oriente, mas foi mantida pelo Ocidente. Em 1961, peregrinos do norte da Itália chegaram à ilha de Egina para comemorar o seiscentésimo aniversário da transladação de suas relíquias pelos latinos em 1361, trazendo pela primeira vez o relato de suas vidas. Em 1968, algumas de suas relíquias foram trazidas à Igreja de São Dionísio, e em seguida à Igreja dos Santos de Egina, até serem retornadas àquela em 1991. Em 2008, foi construída a primeira capela em honra aos santos, localizada na ilha de Egina.
== Ligações externas ==
* [https://www.johnsanidopoulos.com/2015/05/saints-julian-and-julias-missionaries.html Santos Juliano e Júlio de Egina] (Pe. João Sanidopoulos)
[[Categoria:Monásticos]]
[[Categoria:Padroeiros de Hidra]]
[[Categoria:Santos]]
[[Categoria:Santos bizantinos]]
[[Categoria:Santos de Egina]]
[[Categoria:Santos do século IV]]
[[Categoria:Santos do século V]]
[[Categoria:Santos gregos]]
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