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Domingo da Ortodoxia

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Ao contrário do que acontece com as esculturas, o ícone não pretende apresentar quem nele está retratado como ele teria sido fisicamente, mas sim evidenciar a natureza humana transfigurada pela graça de Deus. O ícone é uma confissão de verdades religiosas e não apenas uma arte que ilustra a Sagrada Escritura: é uma linguagem equivalente àquela que corresponde à pregação evangélica, assim como os textos litúrgicos. Além disso, é uma forma de expressão mais direta, que nos sensibiliza, podendo mostrar de maneira concisa todo o conjunto da liturgia de uma festa ou fixar a atenção sobre o conjunto de um mistério.
A teologia do ícone, como bem explicou São João Damasceno, está embasada na Encarnação, pois “o Verbo Se fez carne”,<ref>João 1:14</ref> ou seja, Deus assumiu um corpo material, e com isso mostrou que a matéria pode ser redimida, santificada e ser portadora da graça de Deus. Uma vez que o Verbo Se fez homem, e tomou forma visível por Sua Encarnação, Ele mesmo, os santos e os anjos, transfigurados pelo próprio Cristo, podem ser representados em ícones, e serem honrados através do ícone. Somente um Deus feito homem, portanto visível, pode ser representado. O maior e verdadeiro ícone é o próprio Jesus, segundo palavras do [[Apóstolos Pedro e Paulo|Apóstolo Paulo]]: “Ele é a imagem do Deus invisível”.<ref>Colossenses 1:15</ref>
O ícone ajuda a entender as verdades que a inteligência não consegue traduzir em palavras. Segundo São Basílio Magno: “O que a palavra comunica através do ouvido, a pintura mostra silenciosamente por sua representação.” O ícone é como um espelho, no qual se reflete o mundo invisível, as doutrinas e a Tradição da Santa Igreja.
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