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Domingo da Ortodoxia

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[[Imagem:Sunday of OrthodoxyTriunfo da Ortodoxia.jpg|direita|miniatura|Domingo da Ortodoxia]]
O '''Domingo da Ortodoxia''' marca o primeiro domingo da [[Grande Quaresma]], e comemora o “'''Triunfo da Ortodoxia'''” sobre a heresia iconoclasta. A Epístola lida nesse dia é Hebreus 11:24–26, 32–40; e o Evangelho, João 1:43–51. Originalmente, os Profetas Moisés, Arão e Samuel eram comemorados neste Domingo.
O Domingo da Ortodoxia leva o fiel ortodoxo até o ano de 843, com a vitória dos ícones sobre os iconoclastas num Sínodo em Constantinopla, convocado pela imperatriz, [[Theodora, a Augusta|Santa Theodora]]. Embora sua vitória decisiva tenha só acontecido em 843, os esforços para combater a heresia iniciada por Leão III começaram em 787, no Sétimo Concílio Ecumênico (II Niceia), cujo principal tópico em discussão foi a veneração de ícones, e que reafirmou o papel proeminente da imagem sagrada: “O ícone tende a provar a Encarnação verdadeira e não ilusória de Deus, o Verbo.”
Em 726, Leão III, o IsáuricoIsáurio, investiu contra as imagens, com palavras e gestos violentos. Procurou apoio do Santo Patriarca Germano I de Constantinopla, que lhe resistiu. Em 730, o imperador depôs o Patriarca e conseguiu a eleição de Anastácio, um iconoclasta. Este logo publicou um edito contra as santas imagens – padres e monges foram mutilados e decapitados. Com a morte de Leão III em 741, seu filho, Constantino V, subiu ao trono. Ele queria convocar um Concílio para decidir a questão, mas antes, em 754, escreveu um tratado iconoclasta. Constantino V morreu em 775, e seu filho, Leão IV, mostrou-se mais tolerante que o pai, mas não revogou os decretos.
Leão IV teve morte súbita em 780, sucedendo-lhe sua piedosa esposa como regente de seu filho, a Imperatriz Irene, que logo permitiu o culto dos ícones e, a conselho dos Santos Patriarcas Paulo IV e Tarásio de Constantinopla, convocou o Sétimo Concílio Ecumênico, que se reuniu em 787, em Niceia, onde se reabilitou a intercessão dos santos e o título “Mãe de Deus”. Declarou-se que, às imagens, convém uma veneração honorífica com lamparinas e incenso, pois essa veneração recai sobre o protótipo ou à pessoa representada; ao contrário, a adoração compete somente a Deus.
Em 815, Leão V renovou o iconoclasmo, atribuindo ao culto das imagens as desgraças do Império na guerra contra os árabes. Os decretos de 754 foram postos novamente em vigor. Durante a perseguição aos ortodoxos pelo imperador iconoclasta Teófilo, sua esposa, a [[TeodoraTheodora, a Augusta|Santa Imperatriz TeodoraTheodora]], conservava ícones antigos. Com a morte do imperador, em 842, ela assumiu o governo bizantino. Um de seus primeiros atos, com apoio do Patriarca Metódio I – que havia sido preso por defender a verdadeira Fé –, foi permitir que os ícones pudessem ser novamente pintados, e livremente venerados.
Para celebrar a jubilosa vitória, os ortodoxos organizaram uma solene procissão pelas ruas de Constantinopla com a Santa Cruz e os ícones de Cristo Pantocrator e da Virgem Maria, tendo à frente a imperatriz, seu filho e o Patriarca, com um grande número de membros do clero, monges e fiéis. Este dia ficou conhecido como o dia do “Triunfo da Ortodoxia”, e a partir de março de 843, passou-se a celebrar no primeiro domingo da Grande Quaresma essa data marcante.

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