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André de Creta

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Vida
Ainda aos quinze anos de idade, André assumiu que era impossível unir-se ao conhecimento divino sem antes livrar-se das coisas terrenas e materiais, as quais faziam-no desviar da dedicação total a Deus. Implorando e rogando aos seus pais para que pudesse consagrar-se ao Senhor, recebeu a bênção de seus pais, que peregrinaram com ele duzentos quilômetros ao sul até chegarem à Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém. Lá, André foi recebido com muita alegria por um bispo chamado Teodoro, que cuidava da [[Igreja de Jerusalém]] enquanto a Sé estava vacante desde a morte de São Sofrônio, Patriarca de Jerusalém (634–638), um ano após a conquista islâmica da Terra Santa. Após a despedida de seus pais, André ficou como secretário do bispo.
Sob os cuidados do bispode Teodoro, André foi ordenado leitor e, depois de um tempo, hipodiácono. Tornando-se seu pai espiritual, Teodoro o bispo ajudou André a aperfeiçoar suas virtudes, até que este aceitou a tonsura monástica na Grande Lavra de São Sabas em Jerusalém. Em seguida, tornou-se diácono e, finalmente, arquidiácono. Nos dez anos seguintes, André viveu na lavra, onde superou todos os anciões através de suas virtudes com sua austera, e casta e astêmia vida solitária, tornando-se um exemplo para todos. O arquidiácono contemplava a atenção que os hinos da Igreja davam às Sagradas Escrituras, e passou a compor cânones para os ofícios litúrgicos. Até então, os versos das Escrituras eram intercalados por um refrão. Os novos cânones possuíam um número livre de odes, as quais começavam com um irmo, que referenciava algum dos ''Nove Cânticos Bíblicos'', presentes tanto no Antigo como no Novo Testamento. O irmo era seguido por um número livre de tropários, hinos curtos sobre o tema do cânone, intercalados por um refrão. O final da ode era marcado pela catabasia, outro hino que poderia ser o mesmo que o primeiro irmo.<ref group=nota>Dentre seus cânones, destaca-se o Grande Cânone, com nove odes e surpreendentes duzentos e cinquenta tropários. O Grande Cânone é dividido em quatro partes denominadas metimônias (chamadas assim por conta do cântico ''Deus está conosco'', que em grego lê-se ''Μεθ' ημών ο Θεός'', tr. ''Meth' imon o Theos''), cada qual cantada da segunda à quinta-feira da primeira semana da Grande Quaresma. O cânone é cantado inteiramente durante as Matinas da quinta-feira da quinta semana. O ofício pode ser lido [//protecaodamaededeus.org/files/canone-santo-andre/5-Canon-Quinta-feira.pdf aqui].</ref>
No ano de 680, o locum tenens (substituto) do trono hierosolimitano, Teodoro, incluiu o nome do arquidiácono André entre os representantes da Cidade Santa enviados para o Sexto Concílio Ecumênico. Lá, o santo lutou contra os ensinamentos heréticos, confiando em seu profundo conhecimento da doutrina ortodoxa. Logo após o Concílio, Santo André foi enviado para Constantinopla, onde foi nomeado arquidiácono na Basílica de Santa Sofia. Durante o reinado do Imperador Justiniano II (685–695), Santo André foi ordenado bispo da cidade de Gortina, na ilha de Creta. Como bispo, o santo brilhou como uma verdadeira chama da Igreja, um grande hierarca, teólogo, mestre e hinógrafo.
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