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Nicéforo, o Leproso

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'''São Nicéforo, o Leproso''' (''em grego:'' Άγιος Νικηφόρος ο Λεπρός) também Nikiphoros ou Nikephoros, foi monge e viveu numa colônia para leprosos em Chios, na Grécia. Sofreu com a doença ao longo de toda a sua vida, e ficou conhecido pelo seu amor firme e inabalável por Deus, sua mansidão e humildade. Foi discípulo de [[Ântimos Ânthimos de Chios|Santo Ântimos Ânthimos de Chios]], pai espiritual de [[Eumênios, o Novo|Santo Eumênios, o Novo]]. Sua festa é comemorada em [[4 de janeiro]].
==Vida==
São Nicéforo (no mundo, Nicolau) nasceu em um vilarejo de Sikari, na ilha de Creta. Seus pais eram aldeões simples e piedosos. Quando ainda era uma criança, seus pais morreram e o deixaram órfão. Foi criado sob os cuidados de seu avô paterno João. Assim, aos treze anos São Nicéforo saiu de casa, viajou para Chania e começou a trabalhar numa barbearia. Lá ele começou a apresentar os primeiros sinais de hanseníase (ou seja, lepra). Naquela época, os leprosos eram exilados para a ilha de Spinaloga, porque a lepra era uma doença transmissível e era tratada com medo e horror.
Nicolau tinha dezesseis anos quando os sinais da doença começaram a se tornar mais evidentes, aparecendo as marcas da lepra em locais visíveis de seu corpo, então ele partiu em um barco para o Egito a fim de fugir do confinamento certo em Spinalonga. Ali, permaneceu em Alexandria, trabalhando em uma barbearia novamente, mas os sinais da doença tornaram-se mais e mais evidentes, principalmente nas mãos e no rosto. Por isso, por intervenção de um padre que o aconselhou, ele foi a Chios, onde naquela época havia uma Igreja para leprosos, e o Padre era Ântimos Ânthimos Vagianos, o posteriormente conhecido e glorificado [[Ântimos Ânthimos de Chios|Santo ÂntimosÂnthimos]].
===Em Chios===
[[Imagem:Spinalogka_Elounta_panoramic_view_from_the_mountain.jpg|miniatura|right|320px| Ilha de Spinalonga]]
Nicolau chegou a Chios em 1914 com a idade de 24 anos. No lar de leprosos em Chios, onde havia um agrupamento de muitas lindas casinhas, havia uma capela de São Lázaro, onde foi preservado o ícone milagroso de Panagia de Ypakoe (Obediência). Em Chios, sua doença progrediria, assim como seu progresso espiritual. O hospital para leprosos seria o campo de treinamento para sua luta espiritual. Sob a orientação espiritual do Padre [[Ântimos Ânthimos de Chios|ÂntimosÂnthimos]], em dois anos, foi tonsurado um monge com o nome de Nicéforo. A doença progrediu e evoluiu na ausência de medicamentos adequados, causando muitas lesões grandes em seu rospo e corpo (o medicamento foi encontrado mais tarde, em 1947).
Nicéforo vivia com obediência genuína, com jejum austero, trabalhando nos jardins. Ele também compilou em um catálogo os milagres de [[Ântimos Ânthimos de Chios|Santo ÂntimosÂnthimos]], que ele viu com seus próprios olhos. Havia uma relação espiritual única entre Santo Ântimos Ânthimos e o monge Nicéforo, que “não se separou dele nem por um passo”, como disse padre Theoklitos de Dionysiou em seu livro “''Santo Ântimos Ânthimos de QuiosChios''".
O monge Nicéforo rezava por horas intermináveis ​​à noite, realizando inúmeras prostrações. Não brigava e nem ofendia o próximo, não feria o coração de ninguém, era manso e humilde, assim como Nosso Senhor nos pediu para ser. Ele era o ''protopsaltis'' (ou seja, cantor) da Igreja. Por causa de sua doença, no entanto, aos poucos ele perdeu a visão e a maioria dos hinos eram cantados por outras pessoas. O leprosário de Chios foi encerrado em 1957 e o restante dos doentes, juntamente com o padre Nicéforo, foram encaminhados para a casa de leprosos de Santa Bárbara em Atenas, Aigaleo. Naquela época, o padre Nicéforo tinha cerca de 67 anos. Seus membros e olhos foram completamente afetados e deformados pela doença.
: "Ele dizia: 'Meus filhos, vocês rezam? E como vocês rezam? Com a oração de Jesus vocês devem rezar, com o ''Senhor Jesus Cristo, tem piedade de mim''. Portanto, você deve rezar. Deste modo é bom.”
Nicéforo adquiriu as alturas da humildade e alcançou o padrão dos Anjos. Por esta razão, antes do fim de sua vida, em uma noite enquanto orava foi visto erguido do chão, por seu discípulo Eumênios, então sacerdote residente da Estação Anti-Leproso de Santa Bárbara em Atenas, à qual o mais venerável Nicéforo foi morar no ano de 1957, quando o hospital para leprosos em Chios deixou de funcionar. A este homem virtuoso, o divino Eumênios, foi endereçada a carta de [[Ântimos Ânthimos de Chios|Santo ÂntimosÂnthimos]], o Ancião do leproso Nicéforo, dizendo entre outras coisas: "''Cuidai deste tesouro, desta pérola preciosa.''"
São Nicéforo imitou Jó até o fim, quando deitados em sua cama seus membros ficaram paralisados ​​por causa de sua lepra. Como Lázaro ferido, foi gentil na firmeza, glorificando a Deus, em cujas mãos entregou sua alma no ano de 1964, no dia quatro do mês de janeiro, e foi sepultado no Cemitério da Estação Anti-Leproso em Atenas. Na obscuridade, ele foi trasladado aos céus, conhecido por Deus e sendo de Sua casa e Seu filho obediente, Nicéforo, o Leproso, o orgulho da Igreja de Cristo e um fervoroso intercessor de todos junto Deus.
==Relações==
* [[Ântimos Ânthimos de Chios|Santo Ântimos Ânthimos de Chios]] - filho espiritual
* [[Eumênios, o Novo|Santo Eumênios, o Novo]] - pai espiritual
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