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Luciano de Antioquia

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A profissão de Fé
Isso provocou uma grande amargura em São Luciano, pois, à medida que estudava, percebia que alguns de seus escritos estavam contaminados com heresias, antes tidas como verdades pelos seus mestres. Em 285, já na era do Arcebispo Cirilo (280–303), sucessor de Timeu, São Luciano publicamente escarneceu as heresias, porém as seitas espalhavam seus textos por várias cidades como forma de indicar que o santo era um deles, e isso chegou até o Egito.
Em 289, trinta anos antes da promulgação do primeiro Credo, São Luciano publicou sua confissão de Fé, pela qual expõe todas as suas crenças. É importante relembrar que a Igreja viveu sob perseguição ininterrupta até 325, e nenhum concílio universal que impusesse cânones e dogmas havia sido realizado antes dessa data. Dessa forma, qualquer ensinamento que não fosse contemplado pela Didaquê dos santos apóstolos dependia da própria educação do fiel para ser considerado verdadeiro ou herético.
: Creio, de acordo com a Tradição evangélica e apostólica, em Um só Deus, Pai Onipotente, Criador e Provedor de todas as coisas. E em Um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, por Quem todas as coisas foram feitas, nascido do Pai antes de todos os séculos. Deus de Deus, Completo de Completo, Uno de Uno, Perfeito de Perfeito, Rei de Rei, Senhor de Senhor, Verbo Vivo, Sabedoria, Vida, Luz Verdadeira, Caminho, Verdade, Ressurreição, Pastor, Portão, Imutável e Inalterável, imutavelmente Semelhante à Divindade, igual em substância, vontade, poder e glória ao Pai, Primogênito de toda a criação, presente com Deus desde o começo, Verbo de Deus, de acordo com a proclamação evangélica: “e o Verbo era Deus”, por Quem todas as coisas foram feitas e de Quem todas as coisas consistem. Que, nos últimos dias, desceu dos Céus e Se encarnou numa Virgem, de acordo com as Escrituras, e Se fez Homem, Mediador entre Deus e o homem, Apóstolo de nossa Fé e Príncipe da Vida, porquanto diz: “Desci dos Céus não para fazer a Minha Vontade, mas a Vontade d’Aquele que Me enviou”, que padeceu por nós e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu aos Céus, e sentou-Se à direita do Pai, e novamente virá com glória e poder para julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo, dado para a consolação, santificação e perfeição daqueles que creem, como também nosso Senhor Jesus Cristo comandou Seus discípulos, dizendo: “Ide e anunciai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, claramente de um Pai que é pai, e de um Filho que é filho, e de um Espírito Santo que é espírito santo, sendo esses nomes atribuídos, não vagamente nem ociosamente, mas indicando com precisão a personalidade (hipóstase), ordem e glória especial dos nomes, de modo que em personalidade sejam três, mas em harmonia sejam Um.
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