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Porfírios de Kafsokalívia

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Ainda que nunca tivesse pensado em deixar a Montanha Sagrada e retornar para o mundo, aos dezenove anos, adquiriu uma pleurisia severa e foi forçado a deixar o Monte Athos.
De volta em Evia, encontrou no mosteiro em que ficou o Arcebispo de Sinai, Porfírios IIIno mosteiro em que ficara. Da conversa que teve com o monge Nikita, o arcebispo pôde perceber as virtudes e os dons espirituais que ele possuía, e ficou tão impressionado que no dia 26 de julho de 1927, na festa de [[Parasqueva de Roma|Santa Paraskevi]], ordenou-o diácono. No dia seguinte, na festa de [[Panteleimon, o Anárgiro|São Panteleimon]], foi ordenado padre e recebeu o nome de Porfírios. Ele tinha apenas vinte e um anos. Dois anos depois, tornou-se um padre confessor.
O hieromonge Porfírios realizou seu trabalho como padre e confessor com empenho extremo. Diariamente, um número enorme de fiéis o procuravam para se confessar e receber auxílio espiritual. São Porfírios chegou a ouviu confissões por horas, sem intervalos, e diversas vezes. Rapidamente, sua reputação como pai espiritual cresceu. Em 1938, o Metropolita de Karistia o honrou como Arquimandrita.
 
====Vida na cidade====
Durante os anos turbulentos de guerra, São Porfírios expressou seu desejo de acompanhar de perto os mais necessitados, e pediu que pudesse servir onde estivessem os doentes, os que sofrem, e os que beiram à desesperança. Havia um posto de padre temporário na Igreja de São Gerasimus, do Hospital Universitário de Atenas, localizada Rua Sócrates e próxima à Praça Omonia. Esse posto era cobiçado também por outros padres, os quais se destacavam pelos estudos prévios e cartas de recomendação. No entanto, o escolhido foi o humilde Porfírios, e pelas mãos de alguém que posteriormente expressou uma alegria enorme por ter encontrado “o padre perfeito, exatamente como Cristo quer”. Porfírios serviu por trinta anos nessa igreja e, a fim de servir aos seus filhos espirituais que o procuravam lá, voluntariamente passou mais três anos nesse local.
 
Uma vez que não tinha qualificações acadêmicas, o Ancião recebia um salário irrisório: não era suficiente para sustentar a ele, nem aos seus pais e aos outros poucos parentes que o cercavam. Assim, São Porfírios precisou encontrar outras fontes de renda para sobreviver. No entanto, isso não foi um problema para ele, que seguia as palavras de Santo Isaac, o Sírio: “Deus e seus anjos encontram alegria na necessidade; o demônio e aqueles que para ele trabalham, encontram alegria no ócio”. Começou com uma granja e, posteriormente, uma loja de tecelagem. Dedicou-se também em composição de substâncias aromáticas, as quais poderiam ser usadas no preparo dos incensos, utilizados nos ofícios litúrgicos. Na década de 1970, São Porfírios misturou carvão com uma determinada essência aromática, que resultou em uma combinação única. Ele incensava a igreja com essa descoberta, e o espaço era preenchido com uma nova fragrância espiritual, que ninguém conhecia.
 
Em 16 de fevereiro de 1970, após trinta e cinco anos servindo como padre, recebeu uma pensão da Fundação Helênica de Seguro Clerical e encerrou seu trabalho ali. Porém, continuou visitando aquela igreja, mesmo depois de se aposentar, para encontrar seus filhos espirituais - que eram muitos.
 
Nos anos finais de seu trabalho na Policlínica, Ancião Porfírios passou a sofrer de problemas no fígado, mas só recorreu à cirurgia quando a doença estava em um estágio muito avançado. Trabalhava incessantemente, a despeito da doença. Chegou a ter a cirurgia adiada, para que pudesse participar dos ofícios na Semana Santa. A doença agravou, e o Ancião ficou em coma. A situação era tão grave, que os médicos pediram aos familiares que preparassem o seu funeral. Contrariando todas as expectativas, o Ancião voltou à vida terrena e continuou a servir à Igreja. A partir de 1973, suas visitas à policlínica diminuíram, e passou a receber seus filhos espirituais em Agios Nikolaos de Kalissia, em Penteli, onde ele celebrava a Liturgia e ouvia confissões.
 
Em 20 de agosto de 1978, sofreu um ataque cardíaco durante seu trabalho na Igreja de São Nicolau, e foi levado às pressas para o hospital. Ficou internado durante vinte dias. Depois disso, houve obstáculos pra que retornasse à Igreja de São Nicolau. Primeiramente, o lugar era muito afastado para que recebesse os cuidados médicos que precisava. Chegar até lá exigia também fazer um percurso a pé. Além disso, a casa de São Porfírios em Turkovounia era simples e carecia do mais básico. O ancião, assim, ficou hospedado nas casas de seus filhos espirituais em Atenas.
 
Mais tarde, quando se estabeleceu temporariamente em Milesi, o Ancião precisou operar seu olho esquerdo. Por um erro médico, sua visão foi destruída. Depois de alguns anos, São Porfírios ficou completamente cego. Duranste a operação, sem a permissão do Ancião, o médico lhe aplicou uma dose alta de cortisona, substância à qual ele era alérgico. A consequência foi uma hemorragia estomacal contínua, à qual retornava aproximadamente a cada três meses. Por causa dessa hemorragia, já não conseguia se alimentar direito. Sustentava-se com leite e água, o que o levou à uma exaustão física que o impedia até de ficar de pé. Recebeu doze transfusões de sangue, e todas elas de seus filhos espirituais em Milesi. Novamente à beira da morte, o Ancião sobreviveu com a graça de Deus.
 
Dali em diante, sua saúde física se deteriorou terrivelmente. O Ancião continuava como pai espiritual do modo como podia, ouvindo confissões, ainda que por períodos de tempo mais curtos. Sofria com dores e diversos problemas de saúde. Em 1987, perdeu completamente a visão. Ainda que dirigisse cada vez menos palavras às pessoas, cada vez mais dirigia a Deus suas orações por elas. Com alegria, via a Graça divina recair sobre elas.
===Construção de um mosteiro feminino===

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