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Porfírios de Kafsokalívia

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Certa vez, ainda de madrugada, o monge Nikita já estava de pé do lado de fora da igreja principal de Kafsokalívia, esperando que os sinos finalmente tocassem e as portas abrissem. Sem tê-lo visto, o padre Dimas se aproximou em seguida - este ancião já passava dos noventa anos e era secretamente um asceta e um santo. Padre Dimas não sabia que Nikita aguardava à esquina da igreja, e começou a realizar prostrações e a orar diante das portas fechadas da igreja.
Eis que a Graça Divina transbordou do padre Dimas e se derramou também sobre o jovem monge, que estava agora pronto para recebê-la. Ele foi tomado de sentimentos indescritíveis. No caminho de volta para sua cela, após ter recebido a Sagrada Comunhão na Divina Liturgia, tão intensos eram seus sentimentos que estendeu as mãos aos céus gritando “*Glória “Glória a Ti, ó Deus! Glória a Ti, ó Deus! Glória a Ti, ó Deus!*
Após a visita do Espírito Santo, São Porfírios passou por transformações psicossomáticasno corpo e na alma, adquirindo dons espirituais. O primeiro sinal desses dons apareceu quando os anciãos Panteleimon e Ioannikios retornavam de uma jornada de longa distância, e São Porfírios conseguiu “vê-los” de muito longe, de um ponto onde a vista humana não seria capaz de alcançar. O jovem monge se confessou ao padre Panteleimon, que o aconselhou a tomar muito cuidado com o dom que recebera, mantendo-o em segredo. Ele prontamente acatou o conselho e não contou a ninguém sobre o que havia acontecido, até que não tivesse mais escolhas.
Mais mudanças se seguiram: sua sensibilidade ficou extremamente aguçada, e suas habilidades foram elevadas ao extremo. São Porfírios agora conseguia ouvir e reconhecer o canto de qualquer pássaro e os sons de quaisquer animais, de modo que não só sabia de onde vinham, mas também o que estavam dizendo. Seu olfato podia captar e reconhecer fragrâncias de uma enorme distância. Depois de orar humildemente, conseguiu “ver” as profundezas da Terra. A cada vez que usava o seu dom do discernimento, os pensamentos ocultos da mente humana eram revelados para ele. Através da Graça de Deus, ele conseguia ver o passado, o presente e o futuro ao mesmo tempo. Confirmou que Deus é onisciente e onipotente.
===Retorno para o Monte Athos===
São Porfírios deixou a Ática pelo Monte Athos com intenção de, secretamente, jamais retornar. A alguns de seus filhos espirituais, já havia deixado claro aos seus filhos espirituais que era a última vez o viam. A outros, deixou implícito. Apenas depois de sua morte perceberam o que o Ancião queria dizer de fato. Seus filhos espirituais de Atenas constantemente pediam que retornasse e, duas vezes, contra a sua vontade precisou mesmo deixar o mosteiro. Ainda assim, voltava para a [[Monte Athos|Montanha Sagrada]] o mais rápido possível. Queria repousar ali, e que fosse tranquilamente enterrado em meio a orações e penitências. O amor de seus filhos espirituais dificultava sua intenção de repousar sozinho. Tão acostumado que era à obediência e submissão a outros, disse a um monge que, caso pedisse para ser levado de volta à Atenas, que não permitissem, porque isso não passaria de uma tentação. De fato, muitos de seus amigos tinham planos para trazê-lo de volta, sabiam que a proximidade do inverno poderia afetar ainda mais sua saúde.
===Repouso===

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