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São João Crisóstomo possuía um amor caloroso e um profundo respeito para com o povo, e a tristeza por sua prematura morte vivia no coração dos cristãos. Seu discípulo, São Proclo, Patriarca de Constantinopla (434–447), durante uma missa na Igreja de Santa Sofia,<ref group="nota">Não confundir com a basílica homônima, que foi construída no século seguinte.</ref> pregou um sermão louvando São João Crisóstomo. Disse ele:
: “Ó João, sua vida foi cheia de angústias, mas sua morte foi gloriosa. Sua sepultura é abençoada e sua recompensa é grande, pela graça e pela misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, ó agraciado, tendo conquistado os limites do tempo e do espaço! O amor conquistou ou espaço, a inesquecível memória aniquilou os limites, e o espaço não mais pode pôde impedir os milagres do santo.”
Os fiéis da igreja, profundamente tocados pelas palavras de São Proclo, não permitiram nem que ele continuasse o sermão. Através de um acordo, eles pediram ao Patriarca para que intercedesse junto ao imperador Teodósio II (408–450), filho de Eudóxia, para que as relíquias de São João Crisóstomo fossem trazidas de volta a Constantinopla. O imperador, vislumbrado com a determinação de São Proclo, consentiu e deu ordens para a transferência das relíquias do santo.
