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Antônio, o Grande

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O deserto
O monge passou um total de vinte e sete anos naquele forte em completo isolamento e luta constante com os demônios. Certa vez, um grupo de monges peregrinou ao forte na esperança de ouvir uma palavra do famoso asceta, mas assustaram-se com os estrondos quando chegaram. Eles ouviam gritos como: “Parte de nós! Por que vieste ao nosso país para matar-nos?” Quando olharam por uma fissura, viram o santo completamente só, e entenderam que o tumulto era feito pelos demônios egípcios. De fato, os demônios tentaram de tudo para impedir que seu exemplo inspirasse outros a invadirem os domínios dos demônios (ou seja, os desertos) com jejuns e salmos. Mas foi exatamente isso que aconteceu.
Aqueles monges foram até o santo, implorando que ele os aceitasse como filhos espirituais. Santo Antão foi persuadido por suas súplicas, e renunciou a solidão para compartilhar sua experiência. Em pouco tempo, multidões de noviços partiam ao deserto com o fim de morrerem para o mundo. Em pouco tempo, o forte foi cercado por várias celas, nas quais viviam seus discípulos, futuros santos. Daí se surgiu o primeiro mosteiro. Santo Antão guiava a todos que vinham até ele buscando a salvação. O eremita intensificava o zelo daqueles que já eram monges e inspirava os leigos na vida monástica.
Ele lhes recomendava lutar para agradar ao Senhor e não se desanimarem em suas labutas; e também os exortava a não temer os ataques demoníacos, mas a repeli-los pelo poder do sinal da vivificante Cruz. O monge costumava dizer: “Para o verdadeiramente disposto, a promessa da vida eterna pode ser comprada a um preço baixo, e as labutas tornam-se fáceis. Às vezes, os demônios podem vos aparecer como vestidos de monges, e falam de forma muito religiosa para conseguirem seduzir-nos a pensar que são humanos. Se nos encontram alegres no Senhor e meditando ou conversando sobre coisas divinas, eles não têm poder sobre nós. Quando veem a alma protegida por tais pensamentos, afastam-se com vergonha de si mesmos.”
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