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Jorge, o Vitorioso

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Seu corpo foi levado até o alto de uma montanha para que os pássaros viessem comê-lo. Quando já haviam ido embora, uma tempestade de trovões fez toda a montanha tremer, e do meio dos relâmpagos desceu o Senhor, curando-o e dizendo: “Ó excelente escolhido, levanta-te de onde estás.” São Jorge voltou à vida, e pôs-se a correr em direção dos quatro que haviam levado seu corpo ao monte, que já estavam há alguns quilômetros dali. Quando os encontrou, gritou: “Esperai por mim!” Quando reconheceram o mártir, caíram aos seus pés, glorificaram a Deus e imploraram pelo Santo Batismo. Mais uma vez, São Jorge realizou o batismo, e eles correram ao imperador, brandando que agora criam em Cristo. Um foi crucificado, dois foram decapitados e o outro foi lançado aos animais selvagens; assim receberam a coroa do martírio.
Depois No início de 303, Diocleciano desceu à Cária para consultar Apolo. Diocleciano estava sendo pressionado pelo também Imperador Galério (293–311) a decretar o extermínio dos cristãos, mas necessitava dos conselhos de seu deus. O oráculo respondeu que os ímpios haviam impedido a capacidade de Apolo de dar conselhos, e o imperador entendeu de que “ímpios” o oráculo falava. Assim, em 24 de fevereiro de 303, Diocleciano, Maximiano, Galério e Constâncio deram início à Grande Perseguição (303–313). Tendo passado vários meses presono cárcere, Diocleciano tornou a convocar o mártir ao tribunal. Até então, já haviam se passado sete anos desde o começo de suas torturas, e todos esses meses no cárcere serviram para que o mártir estabelecesse uma plena comunhão com Deus, orando incessantemente e recebendo cada vez mais da Sabedoria de Deus. Diocleciano fez um último apelo, incluindo prometê-lo o cargo de Maximiano caso o fizesse: “Ó Jorge, juro pelo sol, pela lua e por todos os deuses que benevolentemente tratar-te-ei como meu filho amado, e dar-te-ei tudo o que pedires; só me toma por pai e adora os deuses comigo.” Não tardaria muito até que a Grande Perseguição (303–313) fosse declamada.
São Jorge, conhecendo a astúcia do imperador, disse: “Tuas palavras são admiráveis, e me fazem perguntar — tenho estado sob teu poder até hoje, por que não as disseste antes? Eis que durante sete anos me torturaste e três vezes me mataste, e mesmo assim nunca ouvi tais palavras. Não sabes tu, ó imperador, que a raça dos cristãos ama a vitória e luta contra aqueles que a rejeitam? Agora me alegro de poder agradar tua força, e oferecerei sacrifício ao teu grande deus Apolo, a quem tu amas.”
Depois de presa, foi sentenciada sua tortura. Ela não relutou, e foi torturada em silêncio, olhando para o céu. Depois de um tempo, ela olhou para Jorge e disse, em dor: “Ora por mim enquanto sofro a tortura…” O santo consolou-a, e disse: “Aguenta só mais um pouco, minha rainha, e receberás tua coroa das mãos de nosso Senhor Jesus Cristo.” Depois de mais um tempo, ela soltou um grito: “Ó meu Senhor Jesus Cristo, eis que mantive a porta de meu palácio aberta para Ti e não a fechei… Senhor, não feches contra mim a porta do Teu Paraíso!” A essas palavras, a santa Imperatriz Alexandra entregou sua alma, e recebeu a coroa incorruptível de Cristo na manhã de 21 de abril de 303.
 
Dois dias após o ocorrido, São Jorge foi novamente condenado à morte, desta vez pela espada. Sabendo que essa seria a última vez que morreria, o corajoso mártir dirigiu-se por conta própria ao lugar onde seria decapitado. Teve ainda tempo de dizer aos soldados: “Irmãos, tende um pouco de paciência para que eu faça uma última prece.”
 
: “Ó meu Senhor Jesus Cristo, vejo aqui uma multidão que deseja levar meu corpo, mas meu corpo não será suficiente para o mundo inteiro. Rogo-Te que me concedas um favor, que o meu nome cure a todos os infligidos por espíritos impuros que a mim recorrerem. Ó Senhor, meu Deus, que todo aquele que estiver amedrontado quando chegar seu juízo possa sair em paz se recorrer ao meu nome. Escreve no Livro da Vida todo o nome que escrever sobre meu martírio e os sofrimentos pelos quais padeci. Se os céus negarem chuva à terra e os homens recorrerem a Ti através de mim, rogo que conceda-lhes a chuva. Ó Deus da verdade, por causa de cujo Nome sofri minhas dores, lembra-Te de todos os que, em meu nome, mostrarem a bondade aos pobres, e perdoa-lhes os pecados cometidos.”
 
Terminada sua prece, eis que viu o Senhor diante de si, dizendo: “Sobe agora ao Céu, e descansa na morada que te preparei no Reino do Pai. Ó excelente Jorge, cumprirei tudo o que pediste, e coisas maiores do que essas também.” Chamando os soldados, o grande mártir estendeu seu pescoço. Assim que o decapitaram, água e leite saíram junto de seu sangue. Um novo terremoto atingiu a cidade, e trovões e relâmpagos pairaram pelo ar. Assim, em 23 de abril de 303, Jorge, o grande e vitorioso mártir por Cristo, entrou para a vida perpétua junto a seu Criador e Salvador, intercedendo incansavelmente a Deus pela segurança das nações ortodoxas e pela salvação de toda a humanidade, até o fim do mundo.
Diocleciano, então, ordenou que ele fosse jogado numa vala de cal ardente e coberto com ela, mas isso não adiantou de nada ao tirano, pois ainda mais pagãos foram testemunhas da perseverança de São Jorge, que aparentava não estar sofrendo dor alguma, e proclamaram Cristo como Deus. O imperador insistiu mais ainda, e ordenou que o confessor corresse calçado de botinas com pregos de ferro no interior, até que seus pés estivessem completamente furados com eles. Os soldados também corriam atrás de seu antigo líder, atacando-o sem piedade com tendões de boi.
 
Assim, em 23 de abril de 303, Jorge, o grande e vitorioso mártir por Cristo, entrou para a vida perpétua junto a seu Criador e Salvador, intercedendo incansavelmente a Deus pela segurança das nações ortodoxas e pela salvação de toda a humanidade, até o fim do mundo.
== Pós-vida ==
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