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Antão, o Grande

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Vida
Santo Antão adotou um modo de vida ainda mais rigoroso. Alimentava-se somente após o pôr do sol, e passava a noite inteira orando até o sol nascer. Em pouco tempo, passou a dormir uma vez a cada três dias. O demônio, entretanto, não desistiu: tentando assustá-lo, apresentava-se ao monge como horríveis fantasmas e monstros. A essas aparições, o santo protegia-se pelo sinal da Cruz. Finalmente, o demônio apareceu a ele em forma de uma criança chorosa, dizendo que suas orações eram como socos em seu indefeso corpo. Santo Antão não se enganou, e continuou orando até vencê-lo.
Almejando uma solidão ainda maior, Santo Antão partiu para um cemitério, longe de qualquer outra pessoa. Antes, pediu que um amigo seu lhe levasse um pedaço de pão algumas vezes por semana. O monge, então, fechou-se num túmulo. Os demônios não deixaram de atacá-lo, e faziam como se fossem infligi-lo feridas terríveis, e até a morte. Pela Divina Providência, seu amigo chegou no cemitério no dia seguinte, e vendo-o caído no chão como se estivesse morto, arrastou-o de volta à vila. Lá, constataram que estava realmente morto, e prepararam seu funeral. À meia-noite, Santo Antão recebeu o sopro da vida, e pediu que seu amigo o levasse de volta ao cemitério.
Sua firmeza foi maior do que as artimanhas do inimigo. Retomando a forma de ferozes animais, os demônios tentaram fazê-lo sair da necrópole, mas sua Fé em Cristo os derrotou. Olhando para alto, viu o teto da tumba se abrindo e um raio de luz chegando até o santo. Os demônios fugiram, e ele clamou: “Onde estiveste, ó Misericordioso Jesus? Por que não apareceste desde o começo para acabar com minha dor?” E o Senhor lhe respondeu: “Eu sempre estive aqui, Antão, mas quis apreciar a tua luta. Como tu não te rendeste, sempre hei de to socorrer, e farei teu nome ser conhecido por todo o mundo.” Deus o curou de todos os ferimentos, e o asceta sentiu-se forte como nunca. Isso lhe ocorreu aos trinta e cinco anos de idade.
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