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Sínodo de Constantinopla (1583)

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Sínodo
Em [[5 de Outubro|5 de outubro]] de 1582 o [[Papa]] [[Igreja Católica Romana|Católico Romano]] Gregório XIII (1502-1585) introduziu sua reforma no [[Calendário Litúrgico]], que ficou então conhecido como [[Calendário Gregoriano]]. Subsequentemente, Papa Gregório rogou ao Patriarca [[Jeremias II (Tranos) de Constantinopla|Jeremias II de Constantinopla]] (1536-1595), por meio de três delegações especiais, que aceitasse o Novo Calendário. Patriarca Jeremias repudiou o "Calendário Latino" e repetidamente o condenou, tanto através de [[epístolas]] como de decisões sinodais em 1583, 1587 e 1593.
===Sínodo===
São poucas as fontes sobre o Sínodo. Segundo o Metropolita [[Melitos de Atenas]] (1661-1714), "Em 1583, durante o reinado do Patriarca Jeremias, um Sínodo de Metropolitas foi convocado em Constantinopla, com a participação do Patriarca [[Silvestre de Alexandria]]. O Sínodo condenou a inovação do Calendário introduzida por Gregório de Roma e se recusou a cumprir o pedido dos latinos de que eles o aceitassem."<ref>Metropolitan Meletios of Athens, Ἐϰϰλησιαστιϰὴ Ἱστοϱία [Church history], §9 (Vienna: 1784), Vol. III, p. 402.</ref> Arquimandrita [[Christodoulos (Paraskevaïdes)]] também comenta que "Jeremias convocou um Sínodo em Constantinopla em 1583, em que Silvestre de Alexandria também participou. Este sínodo emitiu um Tomos contra o Calendário Gregoriano, condenando a inovação Papal. Além disso, quando houve oportunidade, [[Melitos Pegas]] (1549-1601), em sua qualidade de Chanceler ou Decano (Πϱωτοσύγϰελλος) da [[Igreja de Alexandria]] e por insistência do Patriarca Silvestre, lançou um ataque contra o decreto papal escrevendo um estudo especial, que intitulou "Outro Tomos, o Alexandrino", a fim de distingui-lo do acima mencionado Tomos de Constantinopla."<ref>Archimandrite Christodoulos Paraskevaïdes, Mελέτιος ὁ Πηγᾶς [Meletios Pegas] (Athens: 1971), p. 88.</ref> Metropolita [[Filareto (Bapheides) de Didymoteichos|Filareto de Didymoteichos]] diz que "Quando no final do século XVI Gregório XIII, com a ajuda do astrônomo calabrês Louis Lily, reformou o Calendário Juliano e introduziu o que foi assim chamado o Calendário Gregoriano no quinto dia de Outubro de 1582, contando o quinto dia de outubro como o décimo quinto, ele desejou que as outras igrejas o aceitassem. Na medida que os Protestantes recusaram-se a princípio a aceitá-lo, ele enviou uma embaixada a Jeremias II com presentes, pedindo-lhe para aproveitar a aceitação da correção. Tendo em vista as dificuldades envolvidas na aplicação da correção na prática, ele rejeitou a proposta do Papa, e juntamente com Silvestre de Alexandria emitiu em 1583 uma carta em que, pela referência contida em quatro preceitos do Sínodo de Niceia referentes a festa da Páscoa, ele apontou os defeitos do Calendário Gregoriano. Esta carta foi escrita em consequência do Sínodo realizado em Constantinopla naquele ano, que condenou principalmente o Calendário Gregoriano.<ref>Philaretos Bapheides, Eclesiastical History. Vol III, pg. 124-5.</ref>
Melitos Pegas, que viria a se tornar [[Patriarca de Alexandria]], confirma isso em uma de suas epístolas: "Por isso, os Padres Orientais, convocando um Sínodo em Constantinopla [em 1583], quando a então chamada correção da data da Páscoa elaborada pela Igreja Romana foi pela primeira vez proclamada, resolveram manter a tradição dos Padres de toda forma possível. O ilustre antigo Patriarca de Alexandria, Silvestre, estava morando em Constantinopla, deixando-me a cargo do Trono Patriarcal. Após retornar de lá, ele me pediu para escrever algo sobre este assunto. Eu já havia previamente enviado uma carta a Roma, provando que era correto celebrar a Páscoa de acordo com a regra (Kανόνιον) dos Padres e suplicando-lhes para não aumentar as divergências entre as Igrejas. Como ele escreveram de volta de Roma, sustentando que eles não haviam sido imprudentes em suas deliberações sorbe a Páscoa, e como o Ancião [Patriarca Silvestre] pediu-me para escrever uma declaração por escrito sobre este assunto, eu, natualmente, obedeci e escrevi o 'Tomos Alexandrino', que foi assim chamado para distingui-lo dos Tomos Sinodais compostos em Constantinopla sobre o mesmo assunto."<ref>Meletios Pegas, “Epistle XXIII,” Ἐϰϰλησιαστιϰὸς Φάϱος, Vol. LIII, No. 4 (1971), p. 611.</ref>
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