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A alegria dos pagãos, cegos em idolatria, pôde ser ouvida por toda a cidade. Ainda com as mãos manchadas do sangue inocente, o imperador decidiu realizar um comício, visitando diversos lugares em busca de aclamação popular. Finalmente, esperando o mesmo dos cristãos, o cortejo do imperador chegou às portas da igreja no momento em que São Babylas orava com os fiéis.
Quando soube quem estava à porta, o hierarca interrompeu o ofício e foi a encontro do imperador. <ref group=nota>Embora incerto, é possível que o referido imperador fosse Filipe, o Árabe, que governou de 244 a 249.</ref> São Babylas corajosamente censurou o tirano, dizendo que um idólatra como ele jamais poderia entrar em um templo onde o Deus Uno e Verdadeiro fosse glorificado.O imperador, envergonhado pela repreensão em frente a tantas pessoas, dispensou seus soldados e retornou ao seu palácio, em busca de vingança. Nesse dia, o santo ensinou aos cristãos por palavras e ações que nenhum homem — por mais importante que seja — pode ultrapassar os limites da autoridade a ele concedida por Deus, bem como mostrou aos seus sacerdotes como utilizar de sua autoridade clerical para impedir que a presença dos tiranos macule os templos de Deus. === Vingança ===No dia seguinte, um grupamento de soldados posicionou-se em frente à igreja onde São Babylas se encontrava, e leram em voz alta a sentença de que o hierarca seria conduzido ao tribunal da província. Chegando lá, o santo foi feito réu pelos juízes pagãos, e o imperador subiu ao púlpito do tribunal para “repreendê-lo” pelo desrespeito. Após falsamente incriminá-lo de uma série de delitos — afinal, o imperador tinha pleno poder de interpretar as leis —, o tirano determinou como única opção que o arcebispo deveria oferecer sacrifício aos ídolos. São Babylas prontamente recusou fazer tamanha blasfêmia, e foi acorrentado e jogado na prisão. Em reunião com os magistrados, o imperador decidiu que, devido à sua posição, São Babylas não seria punido; antes, assistiria o seu próprio rebanho receber a condenação. Dessa forma, o imperador acreditava que a tortura psicológica faria-o ceder e oferecer sacrifício aos deuses pagãos. == Notas ==<small><references group=nota/></small>
[[en:Babylas of Antioch]]