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Teodoro, o Tiro

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Vida
Teodoro respondeu: “Cada um sabe como deve servir. Mas eu sirvo ao meu Senhor e Rei dos Céus e ao Seu Filho unigênito, Jesus Cristo, meu único imperador.” Possidônio, outro oficial, indagou-o se seu Deus possuía um Filho e se eles poderiam conhecê-lo. “Seu Filho é a Verdade pela qual todas as coisas foram feitas. Queria eu que Ele vos desse tal compreensão que O reconhecessem.” Possidônio tornou a perguntar: “Se O conhecermos, poderemos nós deixar o imperador terreno e segui-Lo?” E Teodoro: “Não há nada que vos impeça de abandonar as trevas e a confiança posta no rei terreno para seguir o Senhor, o Rei vivo, celestial e eterno.”
 
Brincas decidiu “dar um tempo” a Teodoro para que ele pensasse e se convertesse ao que era melhor. O confessor, entretanto, decidiu passar todo esse tempo — dias — em oração. Enquanto isso, Brincas ordenava que o resto da legião adentrasse a cidade e capturasse os cristãos para levá-los à prisão. Quando soube, São Teodoro dirigiu-se à prisão, ensinando-os a perseverança e o caminho da salvação: “Não temais estas torturas que vos infligirão de modo a que neguem Jesus Cristo, nosso Senhor e Rei celestial.”
 
Chegada a noite, São Teodoro pegou lenha, esperou um momento oportuno e adentrou o templo de Reia, a “mãe dos deuses”, incendiando-o. O ídolo de Reia voltou ao pó junto com o templo. Crônides, um contabilista pagão, viu o que São Teodoro havia feito, capturou-o e levou-o no raiar do sol ao eparca Públio, dizendo: “Esta praga de recruta entrou em nossa cidade, pôs fogo ao templo que nossos ancestrais fizeram à mãe dos deuses e os profanou! Assim, agarrei e trouxe-o a Vossa Alteza para receber sua pena pelos seus ousados feitos, de acordo com as ordens de nossos vitoriosos imperadores.”
 
Durante o julgamento, Brincas foi convocado e interrogado se havia o dado a liberdade de incendiar os templos pagãos. Ele respondeu: “Exortei-o muitas vezes, e dei-lhe a anistia para que pensasse consigo mesmo e decidisse oferecer o sacrifício aos deuses. Se ele foi culpado disso, ó jurista, condene-o de acordo com a sua autoridade como alguém que enganou os deuses e desprezou as ordens de nossos imperadores triunfantes.”
 
O eparca, então, ordenou que São Teodoro fosse trazido perante ele e perguntou-lhe por que havia ateado fogo à deusa em vez de sacrificar-lhe com incenso e libações (derramamento de sangue). O santo confirmou: “Não nego o que fiz. Queimei-a com fogo. Tal é vossa deusa e seu poder que até o fogo da lenha pode tocá-la e queimá-la.” Embebido de fúria, Públio ordenou que fosse espancado, dizendo: “Não me responda com teus discursos. As mais amargas torturas esperam por ti para te obrigar a obedecer aos imperadores.”
 
Após ser espancado, São Teodoro permaneceu firme em sua confissão: “Não me rendo a ti, nem temo teus punimentos, por mais que sejam extremamente temerosos. Então, faze o que quiseres, pois a esperança na justiça clama que eu seja confiante na coroa que meu Senhor Jesus Cristo preparou para mim.” O jurista ainda clamou que sacrificasse aos deuses para ser salvo das torturas que haviam sido preparadas para ele, e o santo respondeu-lhe: “As torturas que me trazes não me assustam. Meu Senhor e Rei Jesus Cristo está diante de mim; Aquele que me resgatará dos vossos castigos, Aquele que não vedes pois sois cegos de coração.”
 
Irado como um leão, o jurista ordenou que o santo fosse levado à sala escura da prisão para morrer de fome.
== Pós-vida ==
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