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Quarenta mártires de Sebaste

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Sete dias depois, o renomado jurista Lício chegou a Sebaste para levar os soldados cristãos ao tribunal, e eles se mostravam tão corajosos diante do martírio como se mostravam anteriormente no campo de batalha. Lício condenou-os ao apedrejamento, mas cada pedra que os torturadores atiravam voltava na direção deles, acertando-os. Uma pedra acabou indo em direção ao comandante, e quebrou-lhe os dentes. Isso convenceu os carrascos que os soldados eram protegidos por alguma força invisível, e desistiram de lançar pedras.
No dia seguinte, a tortura aos mártires recomeçou, mas eles se mostravam mais irredutíveis e convictos que antes. Procurando quebrar a vontade dos soldados, Lício aproveitou o rigoroso inverno armênio e levou-os às margens de um lago congelado, próximo à cidade. Então, ordenou que se construísse uma banheira e pusesse-se lenha debaixo dela para manter a água quente, a fim de torturar-lhes os sentidos. Após quebrarem uma parte do gelo, todos foram jogados ao lago congelado, e lá ficariam até morrerem ou renunciarem a Cristo e entrarem na banheira quente. Todos permaneceram com o corpo debaixo d’água congelante durante todo o dia, mas, assim que veio a noite, um dos soldados não resistiu a isso, saiu do lago, renunciou a Cristo e entrou na banheira. Imediatamente caiu morto. Os demais permaneceram inabaláveise, e durante a noite , uma luz divina milagrosamente tornou o gelo em que foram colocados quente e agradável.
=== Conversão de Aglaio ===
Pouco tempo depois, o aristocrata César, cônsul e prefeito, perdeu sua esposa, e teve permissão para enterrá-la ao lado do túmulo de Eusébia, pois ambas eram próximas uma da outra. Ele, entretanto, não era conhecido de Eusébia, e não poderia ser enterrado lá quando morresse. Por isso, César cogitou comprar aquela terra para si, e vendo que os monges não mais faziam peregrinações ao local, ordenou a demolição da casa e o aplainamento da terra. Em seguida, uma grande igreja foi construída no local em honra a São Tirso da Bitínia, martirizado durante a Perseguição de Décio (249–251). Suas relíquias também foram trazidas à igreja.
Quando São Gaudêncio, Bispo de Bréscia na Lombardia (387–410), havia partido da Itália rumo à Terra Santa, estava peregrinando pela Anatólia, e duas monjas, sobrinhas de São Basílio, encontraram-se com ele. Elas lhe presentearam com um fragmento das relíquias dos santos, e pediram que fossem guardadas em Jerusalém. Quando chegou à Palestina, São Gaudêncio construiu uma capela em honra aos santos na Igreja do Santo Sepulcro, onde atualmente estão as fundações da torre de sinos. Alguns dos patriarcas de Jerusalém foram enterrados nessa capela, existente até hoje.
Depois de décadas, na era do santo Imperador Teodósio II (402–450), sua irmã, a santa e futura Imperatriz Pulquéria (450–453), sonhou três vezes com São Tirso, revelando que os quarenta santos estavam debaixo da terra e ordenando que deviam ser trazidos ao lado de suas relíquias, para que ele e os quarenta pudessem ser honrados juntos. Em seguida, os quarenta apareceram em outro sonho a ela, confirmando as aparições anteriores, e Santa Pulquéria consultou todo o clero procurando pelas relíquias. Entretanto, nem mesmo os anciãos sabiam que fim haviam dado a elas e aonde haviam sido escondidas.
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