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Ketevan da Geórgia

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[[Imagem:Ketevanthemartyr.jpg|miniatura|Santa Gativanda.]]
'''A Mais Ortodoxa Santa Rainha e Megalomártir Gativanda da Cachétia''' (séc. XVII) foi uma rainha da Cachétia, um reino no leste da Geórgia. Juntamente com '''seus santos companheiros''', a heroína bravamente confessou-se cristã perante o demônio islâmico e por ele foi preparada em holocausto a Deus. Sua memória é comemorada pela Igreja no dia [[13 de setembro]].
== Vida ==
Os torturadores mandaram-na renunciar a Cristo, e ela negou. Arrancaram-lhe então todas as suas unhas. Perguntaram-lhe pela segunda vez, e ela negou. Puseram então sua cabeça num caldeirão de cobre fervente, e toda a sua nuca foi queimada. Perguntaram-lhe pela terceira vez, e ela negou. Furaram então todo o seu corpo com lanças incandescentes. Perguntaram-lhe pela quarta vez, e ela negou. Deitaram-na então ao chão e pregaram uma tábua às suas costas. Perguntaram-lhe pela quinta vez, e ela negou. Viraram-na então para cima e, fazendo pressão para que os pregos perfurassem ainda mais suas costelas, esfaquearam e abriram seu tórax com facas. Perguntaram-lhe pela sexta vez, e ela, sem ter mais forças nem sangue para falar, fez que não. Então, com uma espada, os torturadores partiram sua cabeça ao meio.
Foi assim que, em 13 de setembro de 1624, na era do Patriarca Zacarias I, aos sessenta e quatro anos de idade, Santa Gativanda, a Grande Mártir da Cachétia, entregou-se como um imaculado cordeiro ao seu Esposo em Sua morada celestial. Após jogarem o corpo da rainha para ser comido pelos cães, Deus fez com que suas relíquias reluzissem, o que espantou as bestas e chamou a atenção dos missionários latinos que acompanharam seu martírio. Cortando alguns membros para si, os missionários envolveram seu corpo em linho perfumado com mirra e incenso e levaram-no ao Mosteiro de Alaverdí na Cachétia, a mais de mil e quinhentos quilômetros de lá. Os outros membros foram levados de navio pelos portugueses até Goa na Índia, onde veneraram-na como santa na Igreja de Santo Agostinho. == Pós-vida ==[[Imagem:Relics of Saint Ketevan.jpg|miniatura|Relíquias de Santa Gativanda em Goa.]]Desde o fim do século XX, diversas delegações georgianas empenharam-se em encontrar as relíquias da rainha na Igreja de Santo Agostinho em Goa, mas tudo o que puderam encontrar eram os documentos dos portugueses atestando que seu braço estava mantido numa urna de pedra abaixo de uma janela do mosteiro. Foi somente em 2005 que as ruínas da referida janela puderam ser encontradas, mas não havia nenhuma urna nas proximidades. Foram encontrados, entretanto, muitos fragmentos de ossos pelas pedras, e foram guardados pelos arqueólogos. Em 2013, um laboratório analisou os ossos e concluiu que pertenciam a uma mulher de um haplogrupo ausente na Índia mas presente na Geórgia. Essa foi a prova final para determinar que aqueles ossos, na verdade, eram as relíquias de Santa Gativanda.
== Referências ==
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