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Jorge, o Vitorioso

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O '''Santo Megalomártir Jorge, o Vitorioso''' (séc. IV), é um dos mais venerados santos taumaturgos da Igreja, responsável pela conversão da esposa do imperador mais tirânico da história do Império Romano. São Jorge é comemorado juntamente com as centenas de testemunhas de sua gloriosa vida, entre as quais conhecemos '''Policrônia, Gerôncio, Atanásio, Anatólio, Protoleão , Escolástica e Glicério''', no dia [[23 de abril]] (se a Grande Páscoa ainda não tiver ocorrido, a comemoração é postergada para a Segunda-Feira Luminosa). Além dessa data, a Igreja honra o santo nos dias [[3 de novembro]] pela transladação de suas relíquias e em [[10 de novembro]] pelo início de suas torturas. São Jorge também é padroeiro de toda a Geórgia e da Montanha Santa (atrás da [[Mãe de Deus]]).
'''A Mais Ortodoxa Santa Imperatriz e Mártir Alexandra de Roma''' é comemorada em [[21 de abril]], quando foi martirizada juntamente com os santos mártires '''Isaque, Apolo e Quadrado'''. Além disso, o calendário eclesiástico também celebra a consagração da Igreja de São Jorge em Quieve no dia [[26 de novembro]].
Saudando-o, o Senhor subiu aos Céus com os seus anjos, e o valente mártir por Cristo olhou para o céu até o amanhecer. Então, regozijou-se com o encorajamento que o Senhor havia lhe dado. Ainda de manhã, São Jorge foi novamente levado em julgamento. Maximiano (286–305), que reinava no Ocidente, estava com Diocleciano, e disse: “Ó Jorge, mostra-me um sinal. Se o fizerdes, juro por todos os deuses que crerei e adorarei somente o teu deus. Eis aqui setenta tronos, um para cada um de nós, todos feitos de diversos tipos de madeira, uns frutíferos, outros não. Se tua oração fizer que brotem frutos nas frutíferas e flores nas infrutíferas, crerei em teu deus.”
São Jorge atirou-se com o rosto ao chão, e orou sileciosamente silenciosamente a Deus por um longo tempo. Assim que concluiu sua oração com um “Amém”, um grande tremor sacudiu o chão, e o Espírito de Deus fez brotar frutos nas pernas dos tronos feitos de árvores frutíferas e flores nas dos feitos de árvores infrutíferas. Maximiano estupefouestupeficou-se: “Grande és, ó deus Hércules, que assim manifesta teu poder em madeira seca!” Jorge replicou corajosamente: “Comparas esse ídolo cego e mudo com o Deus que criou os Céus e a terra, que fez existir o que nunca existiu e que pode destruir tu e teu ídolo num mesmo instante?” E Diocleciano finalizou: “Ó galileu, pois eu sei como hei de te destruir.” São Jorge foi serrado ao meio, e assim morreu pela segunda vez. Querendo não cometer seu “erro” novamente, Diocleciano ordenou que as duas partes do seu corpo fossem jogadas num caldeirão e fervidas com chumbo, piche e gordura até que as chamas atingissem sete metros de altura. Então, ordenou que seus carrascos fossem para longe enterrar o caldeirão com seu corpo carbonizado, para que o santo não pudesse voltar. Depois de um tempo, um novo terremoto atingiu Nicomédia, e novamente o Senhor desceu com sua gloriosa carruagem de querubins até o lugar onde o caldeirão havia sido enterrado, acompanhado pelo Arcanjo Salatiel. Sob Suas ordens, Salatiel ergueu o caldeirão debaixo da terra e trouxe-o a superfície. O Todo-Poderoso disse: “Ó Jorge, Meu escolhido, levanta-te! Porque Eu ressuscitei Lázaro dentre os mortos, e agora ordeno-te que te levantes e saias do caldeirão. Eu sou o Senhor, teu Deus.” Saindo completamente são do caldeirão, adorou a Deus e foi saudado: “Sê forte e anima-te, Meu amado Jorge, pois haverá grande alegria para ti nos Céus e na terra, diante de Meu Bom Pai e diante dos Meus anjos por causa de tua vitória. Sê forte, porque Eu estou contigo.” E ascendeu novamente aos Céus com Sua carruagem. Dessa vez, algumas pessoas viram ao longe o milagre, e maravilharam-se com aquilo. O valente mártir tornou a voltar para a cidade, e ainda mais testemunhas de seu segundo martírio viam-no e passavam a crer em Jesus Cristo. De repente, uma mulher de nome Escolástica gritou a São Jorge: “Ó meu senhor, meu filho estava a por o jugo em nosso boi quando esse caiu e morreu! Ó meu senhor, ajuda a minha pobreza, sei que tu podes ajudar-me através de Deus!” O tribuno deu-lhe o cajado que estava em suas mãos e pediu que ela recitasse essas palavras quando chegasse ao boi: “Assim diz Jorge em nome de Jesus Cristo: levanta-te!” A mulher fez como ele havia dito, e o sopro da vida adentrou o animal, que ergueu-se perante toda a multidão que a havia acompanhado. A mulher, o fazendeiro Glicério e toda a multidão glorificaram a Deus, dizendo: “Bem-aventurada a hora em que entraste nesta cidade! Tu és em verdade um profeta, e Deus visitou o Seu povo!”
Dentre as centenas de presos à espera da morte, estava sua própria esposa, a Santa Imperatriz Alexandra de Roma (284–303), que estava presente nas torturas de São Jorge e confessou-se cristã ao seu ímpio esposo logo após ver o milagre. De fato, tal era sua cólera que Diocleciano foi o único dentre eles que não acreditou no milagre.
Novamente ileso, o santo voltou a ser interrogado. Havia ali perto alguns túmulos de centenas de anos, e o interrogador exigiu que São Jorge ressuscitasse um morto. De pé ao lado do sepulcro, o tribuno começou a orar. Tamanha era sua experiência na oração, que não tardou até que um milagre ainda maior acontecesse: assim que notaram algo acontecendo dentro da tumba, as pessoas que lá estavam abriram sua tampa, e eis que um homem saiu de dentro dela, caindo aos pés do santo.
Os presentes perguntaram a ele quem ele era, e o ressuscitado, venerando São Jorge, os respondeu que havia vivido antes da vinda de Cristo, e sua ilusão que o levou a adorar os ídolos havia o feito queimar no inferno por todos esses anos, até seu espírito ter sido reunido ao corpo através das orações de São Jorge. Todos eles, então, renunciaram o paganismo e aderiram a Cristo. <!-- Para Jorge, todas essas conversões ainda não eram o suficiente para manifestar a Glória de Deus, e então foi até uma fazenda próxima, onde o touro do fazendeiro, que tinha por nome Glicério, acabara de morrer. Por suas orações, o sopro da vida adentrou o animal, e ele levantou-se perante o fazendeiro e toda a multidão que lá estava.-->
Por fim, os leais a Diocleciano levaram-no a um templo pagão, onde vários ídolos estavam possuídos por demônios, a fim de testar a Fé do tribuno e obrigá-lo a oferecer sacrifícios. São Jorge dirigiu-se à estátua principal daquele templo, e pressionou-a a dizer se Cristo era Deus e digno de toda adoração. O demônio, dominado pela santidade do operador de milagres, não conseguiu mais se conter, e respondeu em alta voz que Jesus Cristo era o único Deus. Todos os ídolos do templo começaram a estremecer, e caíram ao chão em cacos. Com isso, ainda mais pagãos declamaram Cristo como Deus.
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