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Jacó de Hamatoura

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[[Imagem:Jacó de Hamatoura.jpg|thumb|right|miniatura|São Jacó de Hamatoura]]
O '''Santo Mártir Venerável Hieromártir Jacó de Hamatoura''' (séc. XIIIXIV) foi um monge do Mosteiro da Dormição da Mãe de Deus em Hamatoura, no Líbano. São Jacó foi perseguido e martirizado em defesa da Fé. Sua festa é comemorada em [[13 de outubro]]. ==Vida==[[Imagem:HamatouraIcon.jpg|right|miniatura|Ícone da vida de São Jacó e da Mãe de Deus de Hamatoura]]Muito pouco se sabe sobre a vida de São Jacó. Sabe-se que viveu por volta de 1350, no Líbano, e iniciou sua vida ascética no Mosteiro da Dormição da Mãe de Deus em Hamatoura. <small>([//www.google.com/maps/uv?pb=!1s0x0%3A0xeea7a6dca89ef247!15sCgIgAQ&imagekey=!1e10!2sAF1QipOVFWvQESwX1DYJ9bPRlDxAi3XGeB1_yc4VxC48 ver panorâmica])</small> Quando os mamelucos destruíram o local, São Jacó não perdeu as esperanças. Ao contrário, reestabeleceu o monasticismo na região em torno de suas ruínas e, mais tarde, conseguiu reconstruir o mosteiro, revigorando a vida monástica daquele local. Graças a isso, sua vivacidade espiritual se tornou conhecida, chamando a atenção também dos mamelucos - que queriam forçá-lo a se converter ao islamismo.  São Jacó permaneceu firme na Fé, e não cedeu às pressões. Percebendo a determinação do santo, forçaram-no a ir para a cidade de Tripoli, entregue ao governante local, que era muçulmano. Além de São Jacó, foram levados também outros monges e leigos, os quais viriam a ser martirizados com ele. Por quase um ano, São Jacó suportou terríveis torturas. A despeito de todas as ameaças e das promessas que lhe fizeram, em momento algum renunciou à Fé Verdadeira. Percebendo que São Jacó não cederia, em 13 de outubro daquele ano, decidiram decapitá-lo. Além disso, queimaram seu corpo para garantir que São Jacó não fosse dignamente enterrado como um cristão nem venerado como mártir pela Fé. As perseguições aos cristãos não cessaram, e o mosteiro foi abandonado diversas vezes durante a ocupação otomana na região. Por essa razão, a vida e o martírio de São Jacó de Hamatoura caíram no esquecimento por muitos anos. ==Pós-vida==Ao longo do tempo, muitos contaram histórias de um santo milagroso aparecendo perto de Hamatoura, curando aqueles com enfermidades físicas e espirituais. Não esquecendo de seu povo e de sua habitação terrena, São Jacó continuou a consolar os sofredores e os doentes. ===Visita ao Arquimandrita Panteleimon ===Até o final dos anos 1990, este Mosteiro da Dormição da Mãe de Deus em Hamatoura estava em ruínas, desabitado e esquecido desde os tempos de perseguição e da incansável espada da devastação mameluca. A igreja do mosteiro também precisava de reformas, pois havia sido vandalizada. Até que o Arquimandrita Panteleimon (Farah), que viveu em obediência ao Bem-aventurado Isaac (Attalah) e a [[Paísios do Monte Athos|São Paísios]], recebeu a visita de um mártir esquecido que o orientou a reconstruir seu mosteiro no Líbano, a terra natal do ancião Panteleimon. Este mártir, como se descobriu posteriormente, é São Jacó de Hamatoura. ===Descoberta de suas relíquias===[[Imagem:Relíquias são jacó.jpg|right|miniatura|Relíquias de São Jacó de Hamatoura]]São Jacó de Hamatoura só teve seu nome conhecido quando um Gerontikon <ref>Um volume de hagiografias, compilação de biografias de santos.</ref> foi desenterrado no Mosteiro de Balamand. O manuscrito revela também a data de seu repouso e as maravilhas por ele realizadas.  O santo continuou aparecendo, às vezes, ouviam-no cantar na igreja e outras vezes abençoava ou consolava as pessoas. São Jacó apareceu para uma mulher, revelando onde estavam suas relíquias preciosas, no entanto os monges desconsideraram suas instruções. [[Imagem:Descoberta das relíquias de São Jacó de Hamatoura.jpg|right|300px|miniatura|Descoberta das relíquias de São Jacó]]Suas santas relíquias foram descobertas em [[3 de julho]] de 2008, durante as restaurações da igreja vandalizada do mosteiro. Ao retrabalhar o chão da igreja, descobriram um tesouro sagrado: cinco esqueletos estavam ali.  Quatro deles, homens adultos, mostravam sinais de martírio com ossos rachados e crânios quebrados. Um, uma criança pequena, de três anos, com sinais de martírio e cujos ossos emitem uma doce fragrância que preenche o ar. Outro, com sinais de tortura e decapitação, queimado pelo fogo. Dois dos homens, sendo este último São Jacó, confirmam a história do santo escrito no Gerontikon: que morreu aos 50 anos sozinho com mais um companheiro. O esqueleto da criança, os mártires e o nome do companheiro de São Jacó são desconhecidos, mas são tratados com reverência pelos monges por seu martírio e pelo fato de terem sido enterrados sob o piso da igreja. Suas santas relíquias não foram enterradas em túmulos comuns, mas ao centro da igreja, de uma maneira apressada - indicando que havia perseguições naquele período, além de que já eram consideradas sagradas por quem as enterrou.  Em [[13 de outubro]] de 2002, a memória de São Jacó de Hamatoura foi comemorada pela primeira vez, em uma vigília noturna. :São Jacó, apesar das circunstâncias sociais que cercaram sua vida naqueles tempos, praticou o amor do Senhor até os limites máximos. É por isso que ele aceitou o sofrimento e a dificuldade com alegria e prazer, e não aceitou ser salvo pela sociedade que lhe ofereceu a falsa fé. Ele não aceitou o que reinava em sua sociedade. Em vez disso, ele aceitou ser desafiador, não por egoísmo ou orgulho, mas porque conhecia a Verdade. Quando enunciamos o verbo 'conhecia', significa que ele tinha experiência com Deus, porque a verdadeira fé é para que conheçamos Ele, o verdadeiro Deus, e o Seu Filho, que Ele enviou, Jesus Cristo. 'Ele O conhece', não sabe sobre Ele intelectualmente. O intelecto humano não é capaz de compreender o pensamento divino. No entanto, é capaz de conhecê-Lo, isto é, obter a experiência da vida prática através da oração, dos Santos Mistérios e da leitura das Escrituras Sagradas. :É assim que o santo viveu, inabalável, suportando sofrimento e dificuldades até a morte, e sendo difamado como vemos hoje em nossos dias. O pensamento é o mesmo porque sua fonte é o Maligno. (...) Que São Jacó de Hamatoura interceda por todos nós. Que ele facilite nosso caminho em todo bom trabalho que agrada a Deus. Sejamos corrigidos por Ele e andemos de um modo que Lhe agrade, desprezando toda concupiscência e todo desejo que o mundo nos oferece, para que possamos despir, como o Senhor disse, este mundo, sendo elevado ao Seu amor. Amém. : ''Trecho da Homilia do Arquimandrita Pandeleimon (Farah) sobre São Jacó de Hamatoura''
==Ligações Externas==
* [https://almasihqam.blogspot.com/2019/08/o-cedro-do-libano-sao-jaco-o-martir-e-o.html O Cedro do Líbano: São Jacó, o Mártir e o Renascimento de Hamatoura] (Blog Paradosis)
* [https://almasihqam.blogspot.com/2019/08/homilia-sobre-sao-jaco-de-hamatoura.html Homilia sobre São Jacó de Hamatoura - Arquimandrita Pandeleimon(Farah)] (Blog Paradosis)
==Referências==
[[Categoria:Mártires]]
[[Categoria:Santos]]
[[Categoria:Santos antioquinos]][[Categoria:Santos do século XIIIXIV]][[Categoria:Clérigos]][[Categoria:Santos antioquinos]][[en:Jacob of Hamatoura]]

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