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Gregório, o Palamas

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Na primeira metade do [[:Categoria:Santos do século XIV|século XIV]], o movimento hesicasta se espalhou e inflamou também aqueles que desaprovavam as práticas hesicásticas. Não apenas isso, havia também disputas teológicas que motivaram controvérsias. O líder da oposição ao hesicasmo foi um monge chamado Barlaam (''Varlaam, ou Barlaão''), que orgulhosamente zombava dos monges que praticavam a Oração do Coração e os acusava de heresia. Barlaam valorizava a educação intelectual acima da oração contemplativa, seu culto ao intelectualismo era tamanho que dizia serem os filósofos mais importantes que os profetas. Além disso, ensinava que a energia Divina era criada e a Sua essência incomunicável, sendo o homem incapaz de se comunicar com aquilo que vem de Deus.
De um modo bastante resumido, São Gregório Palamas defendia uma distinção entre ''essência'' (οὐσία, ''ousia'') e ''energia'' (ἐνἐργεια, ''energeia''). Por um lado, temos a "ousia", termo que pode ser traduzido por substância ou por essência. A essência de Deus é inefável, incomunicável, transcendente e incognoscível. Por outro lado, a Deus podem ser atribuídos poderes, atividades, nomes e uma extensa lista de itens. A defesa de São Gregório Palamas é que os atributos divinos são cognoscíveis a nós. Em outras palavras, as "energeiai", termo que se refere às atividades ou operações, são sim passíveis de serem conhecias conhecidas pelos seres humanos. As energeiai divinas são também incriadas e eternas, mas não devem ser confundidas com a essência de Deus, porque a essência é incomunicável e indescritível, e as energeiai de Deus são comunicáveis e podem ser transmitidas às criaturas. Desse modo, os seres humanas podem conhecer aquilo que vem de Deus, podem ter alguma participação naquilo que é Divino.
Contra as heresias de Barlaam, São Gregório escreveu “As Tríades”, estabelecendo o discurso teológico apropriado à oração do coração e à praxis monástica que era marca da Ortodoxia desde os Padres do Deserto. São Gregório
Sua teologia foi aprovada pelo Concílio Ecumênico, que considerou o escolasticismo de Barlaam como herético.