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Constantino I de Kiev

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Constantino, então, confiando nos cuidados da [[Mãe de Deus]], a quem sempre teve como protetora, seguiu o rio Desna até a Chernigóvia, cento e trinta quilômetros ao norte de Quieve, onde exilou-se no Mosteiro de Elécia, fundado por [[Antônio e Teodósio de Quieve|Santo Antônio de Quieve]] no século anterior. Lá, o monge foi protegido pelo Bispo Antônio da Chernigóvia (1156–1169), seu discípulo, e derramou muitas lágrimas, considerando-se o mais indigno de todos os nascidos, culpado pela crise real e eclesiástica (a qual ele era inocente).
Enquanto isso, Mistislau cumpriu sua promessa e entregou o grão-principado ao seu tio, São Rostislau Rastislau I de Quieve (1159–1167). Longas negociações foram feitas entre ambos, e tocou-se no assunto de quem ocuparia a Igreja de Quieve. Enquanto que Mistislau era leal a Clemente (pois seu pai havia sido anatemizado por São Constantino), São Rostislau Rastislau considerava o verdadeiro hierarca como o justo detentor da sé. Essa discussão só chegaria ao fim em 1161, quando São Rostislau Rastislau finalmente receberia de Constantinopla Teodoro (1161–1163) como Arcebispo de Quieve e Toda a Rússia.
A saúde de São Constantino deteriorou-se muito naquele inverno por conta de sua tristeza, e o monge soube que logo seria chamado ao terrível Julgamento de Deus. Escrevendo seu testamento, Constantino confiou-o a Antônio, e pediu que só fosse lido após seu repouso. Foi assim que, em 5 de junho de 1159, o grande e zeloso campeão da Ortodoxia entregou sua alma ao Senhor, cumprindo com justiça a pregação iniciada pelos seus santos antecessores [[Miguel I de Quieve|Miguel I]], Hilarião e João II.
Naquele mesmo dia, um feroz vendaval anunciou a escura tempestade que logo atingiu Quieve, e muitos presenciaram pela primeira vez em suas vidas um terremoto tão grande na capital das terras russas. Todos correram por suas vidas, e a terra tremeu tanto que muitas edificações, incluindo templos e palácios, vieram ao chão. Durante aquele caos, um só raio tirou a vida de quatro sacerdotes heréticos e outros quatro leigos que haviam maldito de São Constantino.
De acordo com os cronistas daquele tempo, durante três dias não se viu a luz do sol naquelas terras, mas só o clarão dos raios e relâmpagos. Durante três dias não se ouviam os gritos, pois os assobios dos ventos eram mais altos. São RostislauRastislau, ao saber que tratava-se do repouso de São Constantino, entendeu que a cidade estava sendo punida pelos seus pecados, e ordenou que todas as igrejas de Quieve realizassem vigílias noturnas pela alma do hierarca. As pessoas aguardavam em filas no meio da tempestade para que pudessem ser ouvidas em confissão, pois muitos haviam caluniado o hierarca e atribuído a ele a culpa da crise.
Enquanto o mundo despencava em Quieve, o sol radiava na Chernigóvia e, durante cada uma das três noites que se seguiram, uma coluna de fogo descia do céu até o corpo do santo, espantando as bestas que tentavam aproximar-se dele. Vendo isso, muitos dos que ainda estavam no campo maravilharam-se, e creram de coração que São Constantino já havia chegado ao Paraíso.
No terceiro dia, o Príncipe Esvetoslau permitiu ao Bispo Antônio que seu corpo fosse solenemente sepultado ao lado do de Santo Igor na Catedral da Transfiguração, onde até hoje ele encontra-se escondido dos olhares humanos. Após a grande cerimônia, os céus finalmente se abriram em Quieve, e todos os cristãos glorificaram a Deus e Seu santo, cujas relíquias realizaram muitos milagres pelos anos que se seguiram. Graças a São RostislauRastislau, a Sé de Quieve permaneceu vacante de Clemente até 1161.
== Hinos ==
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