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Constantino I de Kiev

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Em 1145, pouco antes do fim da era de Usevolodo II, Grão-Príncipe de Quieve (1139–1146), o Arcebispo Miguel II de Quieve desapareceu de qualquer registro histórico. Naquele tempo, a unidade russa estava dividida entre Quieve, Novogárdia e Galícia por conta da sangrenta crise de sucessão ao principado dessas últimas duas cidades, ao passo que Usevolodo guerreava contra ambas. Como a hierarquia da Igreja era a mesma que a do grão-principado — ou seja, Novogárdia e Galícia eram subordinadas a Quieve —, acredita-se que Miguel, leal à Santa Sé de Constantinopla, tenha ou abdicado ou repousado no Senhor por volta de 1145.
No ano seguinte, Usevolodo foi ferido numa batalha contra os galícios e morreu. Seu irmão mais novo, Santo Igor II de Quieve, foi escolhido grão-príncipe, mas seu reinado não durou sequer um mês até que seu exército organizasse um motim. Com apoio dos boiardos, o ímpio Príncipe Iziaslau da Pereaslávia II (1132–11461146–1154) tomou o grão principado para si e aprisionou Santo Igor.
Sem a autorização de Constantinopla, Iziaslau II convocou os hierarcas das terras russas em 1147 e elegeu o recluso hieromonge Clemente como Arcebispo de Quieve e Toda a Rússia (1147–1155). Ao mesmo tempo, o Patriarcado de Constantinopla passava por uma crise, a qual começara com a abdicação de Miguel II (1143–1146) por sua inimizade com o Imperador Manuel I (1143–1180), que mais tarde depôs seu sucessor Cosme II (1146–1147) em favor de Nicolau IV (1147–1151), o qual abdicou do patriarcado após a controvérsia quanto à validade canônica de sua eleição, pois o mesmo já havia se abdicado da Arquidiocese do Chipre no início do milênio.
Os hierarcas russos protestaram contra a eleição não canônica de Clemente, argumentando que o grão-príncipe havia aproveitado o período vacante entre as eras de Cosme II e Nicolau IV (fevereiro a dezembro de 1147) para escolhê-lo arcebispo sem as bênçãos de Constantinopla. Ao final, Clemente, dominado por um espírito impuro, serviu como arcebispo durante oito anos, sendo somente reconhecido como tal na esfera de influência de Quieve, enquanto que hierarcas como São Nifão, Bispo de Novogárdia (1130–1156), opuseram-se a Clemente. Após a morte de Iziaslau II, seu único apoiador, Clemente abdicou seu posto.
Sabendo desta açãoApós a morte de Iziaslau II em 1154, quem o Patriarca sucedeu foi Jorge (1155–1157), filho de São Vladimir II de Quieve (1113–1125) e pai de Santo André I de Vladimir (1157–1174). No primeiro ano de seu reinado, Jorge depôs Clemente e canonicamente convocou um sínodo para a eleição de Constantinopla mandou um novo hierarca para as terras russas. Com o apoio dos santos bispos, o Metropolita piedoso hieromonge Constantino foi enviado a Constantinopla para ser oficializado Arcebispo de Quieve para investigar a situaçãopelo Patriarca Constantino IV (1154–1156).  A primeira ação de São Constantino quis depor Clemente I foi representar a Igreja da Rússia no Concílio de Blaquerna em 1157, o qual anatemizou as crenças antitrinitárias de que o Sacrifício de [[Jesus Cristo]] havia sido oferecido somente ao Pai, mas não também para Si mesmo e para o Espírito; e assumir ele que Seu Sacrifício Eucarístico a cada Divina Liturgia era apenas simbólico, mas não o mesmo que o Seu na Cruz. De volta a sé em Quieve. Exilando , São Constantino sabiamente depôs todos os sacerdotes que e bispos eleitos por seu antecessor, os quais eram contrários a Constantinopla e fiéis à nobreza russa e a Clemente ordenou, criou uma disputa entre aqueles que suportavam bem como excomungou o já falecido Grão-Príncipe Iziaslau II. Os depostos, entretanto, amparados pelos poderes reais de seus principados, não entregaram suas igrejas a São Constantino, e consideraram Clemente e os como verdadeiro Arcebispo de Quieve. O curto período de São Constantino como hierarca durou apenas dois anos, pois o repouso de Jorge em 1157 permitiu que suportavam seus oponentes tomassem o trono de Quieve para si. Iziaslau III (1157–1162) depôs São Constantinoe manteve a Sé de Quieve vacante. Ao pedido dos príncipesQuando o Príncipe Mistislau II da Volínia (1157–1159) atacou Quieve em 1158, Constantino seguiu o Patriarca mandou Teodoro rio Desna até a Chernigóvia, cento e trinta quilômetros ao norte de Quieve, onde exilou-se no Mosteiro de Elécia, fundado por [[Antônio e Teodósio de Quieve|Santo Antônio de Quieve]] no século anterior. Lá, o monge foi protegido pelo Bispo Antônio da Chernigóvia (1156–1169), que removeu tanto Clemente como Constantino do ofícioseu discípulo.
Em seu testamento, que foi lido em seu repouso em 1159, Constantino escreveu que ele não deveria ser enterrado, mas jogado como comida aos cães por ter sido culpado de semear discórdia na Igreja. Seus conhecidos ficaram confusos, mas não ousando seguir suas instruções; pegando o seu corpo, simplesmente o jogaram fora. Lá ficou deitado por três dias, até que um tempo terrível chegou a Quieve. Trovejou, relampejou e a terra tremeu. Vendo isto, o Príncipe de Quieve ordenou que o corpo de Constantino fosse levado e enterrado na Igreja em que o príncipe Igor havia estabelecido, fazendo com que as coisas retornassem ao normal. Por conta do seu arrependimento foi glorificado, sendo lembrado no dia 5 de junho.
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