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Cem mil mártires de Tiblissi

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Quem sucedeu-o no reinado da Geórgia foi Rusudana, sua irmã. A rainha não possuía experiência, e as fronteiras do reino eram encurtadas pelas forças islâmicas cada vez mais. Para fortalecer o poder de guerra georgiano, em 1224, aos trinta anos de idade, Rusudana casou-se com o Príncipe Gias dos Seljúcidas de apenas dezessete anos, que obteve a raríssima permissão de se converter do islamismo ao cristianismo sob o nome de Demétrio. Rusudana também continuou com o plano de unir-se aos latinos, e durante seu reinado mandou diversas cartas a Roma.
=== A volta dos corásmios ===
A três mil quilômetros de lá, estava exilado na Índia Jalaladim (1220–1231), filho de Maomé II e herdeiro das cinzas que restaram do Império Corásmio. Jalaladim conseguiu unir-se com os povos cocaros paquistaneses e assim dominar uma parte do Panjabe (entre os atuais Paquistão e Índia). De lá, Jalaladim liderou seu exército até as terras pérsias, tomando cidades como Hamadã e Tabriz dos mongóis. No outono de 1225, seu exército chegou à Geórgia, exigindo a subordinação do reino sob seu domínio. A nobreza georgiana não conhecia seu exército e não levou a ameaça a sério, respondendo com uma carta que lembrava a derrota esmagadora de seu pai contra os mongóis.
Mais uma vez, os conflitos internos entre os comandantes feudais aleijaram as defesas do reino, e o resultado da traição foi a aniquilação de um quarto do exército georgiano, impossibilitando qualquer força de defesa contra os mongóis. Com isso, Rusudana e sua corte abandonaram a capital Tiblissi e fugiram para a cidade de Cutaissi, próxima ao litoral do Mar Negro. Gias desertou para o exército de Jalaladim, e converteu-se novamente ao islamismo. Em 9 de março de 1226, os corásmios chegaram às muralhas de Tiblissi. O exército georgiano conseguiu afastá-los, mas, durante a noite, um grupo de islâmicos infiltrados na cidade conseguiu abrir os portões, e todo o exército adentrou Tiblissi.
: “Palavras são incapazes de transmitir a destruição que o inimigo causoucausa: arrancando os bebês de suas mães, eles batem suas cabeças contra a ponte, observando como seus olhos caem do crânio.”
Assim escreveu o cronista que testemunhou o dia mais terrível sangrento da história da Geórgia.Os corásmios ordenaram que todos os habitantes se convertessem ao islamismo, e aqueles que negassem seriam entregues às mais terríveis torturas. Os teóforos georgianos foram fiéis a Cristo, e corajosamente O confessaram perante os muçulmanos. Então, foram entregues a atrocidades tão macabras que esta enciclopédia deter-se-á de explicitá-las, atrocidades as quais questionam qual é o limite do homem que se consagra ao príncipe das trevas, o próprio satã. Mães eram esfaqueadas sem misericórdia na frente de seus filhos, e as ruas de Tiblissi foram cobertas por um rio de sangue. A cidade estremeceu ao som dos prantos e lamentações. Jalaladim destruiu a cúpula da Catedral Patriarcal da Dormição e fê-la sua morada. Sob seu comando, os islâmicos depositaram os enormes ícones da [[Mãe de Deus]] e de [[Jesus Cristo]] no centro da ponte sobre o Rio Ciro. Depois, ordenaram que todos os habitantes de Tiblissi atravessassem a ponte e cuspissem nos ícones. Aqueles que traíam a Cristo e zombavam dos ícones eram poupados, enquanto que os valentes confessores por Cristo eram impiedosamente decapitados pelos islâmicos, e seus corpos eram jogados ao rio. Cem mil foram os que sacrificaram suas vidas e foram fiéis à promessa dada por Cristo a São Jorge. Cem mil almas foram ceifadas na terra e coroadas por Cristo no Reino dos Céus. Cem mil crianças, virgens, padres, camponeses e indefesos foram transladados ao perpétuo coro dos santos, e lá juntaram-se ao seu grande e vitorioso padroeiro
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