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Antão, o Grande

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Vida
== Vida ==
Antão nasceu em 251 na vila de Coma no Egito, próxima à deserta região de Tebaida, na era do santo Bispo Patriarca Dionísio de Alexandria (248–264). Embora tenha nascido no fim das perseguições do Imperador Décio (249–251), o qual viria a morrer naquele ano após uma batalha contra os góticos e os citas, Antão foi criado por piedosos pais cristãos provenientes de uma nobre linhagem. Antão cresceu como uma criança séria e obediente aos pais, que amava frequentar os ofícios litúrgicos — era tão atento à leitura das Sagradas Escrituras que memorizoupode memorizá-as las por completo em sua mente.
Quando Antão tinha cerca de vinte anos de idade , seus pais faleceram, e teve que de cuidar de sua irmã mais nova. Seis meses depois, quando foi à adentrou uma igreja, ouviu e refletiu sobre como os fiéis, no Livro dos Atos dos Santos Apóstolos, vendiam todas as suas posses e repartiam o dinheiro ganho entre os necessitados. Durante a leitura do Evangelho, ouviu a passagem em que [[Jesus Cristo]] respondeu ao jovem que ansiava em obter a vida eterna:
: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-Me.” (Mateus 19:21)
Antão sentiu ardentemente essas palavras, como se tivessem sido ditas a ele. Após o ofício, decidiu vender a propriedade que seus pais o lhe deixaram e entregou sua irmã aos cuidados de piedosas virgens de um convento da região. Com o dinheiro da venda, distribuiu-o aos pobres e partiu para uma cabana não tão longe de sua antiga casa. Ganhava seu sustento através de do artesanato, mas também o distribuía aos pobres. O asceta visitava outros monásticos que viviam nas redondezas e, de cada um, procurava uma orientação na vida monástica. Um deles tornou-se seu guia espiritual.
Nesse período, Santo Antão enfrentou terríveis tentações do demônio, que o atormentava com pensamentos sobre sua vida mundana, a lisonja, os prazeres que poderiam ter sido comprados com a fortuna deixada para ele, dúvidas sobre o caminho escolhido, preocupações com a vida que sua irmã levava; isso para não mencionar os pensamentos obscenos e os sentimentos carnaisque ardiam em seu corpo. Mas o santo extinguiu esse fogo através de intensas intensos jejuns e orações a Cristo , mortificações e vigílias, além de ponderar sobre a morte e a punição eterna, vencendo assim o diaboos pensamentos demoníacos e saindo das batalhas espirituais mais fortalecido ainda.
Em seguida, uma voz humana foi ouvida pelo monge: “Pude enganar e conquistar a muitos nos tempos passados, muitos… Agora, entretanto, tu e teus companheiros me afrontam.” Reconhecendo que o demônio certamente voltaria a atacá-lo, Santo Antão não relaxou sua vigília e intensificou sua a luta, orando para que o Senhor lhe mostrasse o caminho da salvação. Deus o ouviue, e concedeu-o uma visão. Nelaao longe no deserto, o asceta viu um homem que alternadamente orava e trabalhava. Tratava-se de um anjo enviado por Deus para instruir Seu escolhido.
Santo Antão adotou um modo de vida ainda mais rigoroso. Alimentava-se somente após o pôr do solcom um pedaço de pão, e costumeiramente passava a noite inteira noites inteiras orando até o sol nascer. Em pouco tempo, passou a dormir uma vez a cada três dias. O demônio, entretanto, não desistiu: tentando assustá-lo, apresentava-se ao monge como horríveis fantasmas e monstros. A essas aparições, o santo protegia-se pelo sinal da Cruz. Finalmente, o demônio apareceu a ele em forma de uma criança chorosa, dizendo que suas orações eram como socos em seu indefeso corpo. Santo Antão não se enganou, e continuou orando até vencê-lo. A severidade de suas labutas surpreendia até os anciões mais experientes, mas o jovem monge nunca tinha em mente seu progresso espiritual, considerando cada dia o início de sua jornada espiritual.
Almejando uma solidão ainda maior, Santo Antão partiu para um cemitério, longe de qualquer outra pessoa. Antes, pediu que um amigo seu lhe levasse um pedaço de pão algumas vezes por semana. O monge, então, fechou-se num túmulo. Os demônios não deixaram de atacá-lo, e faziam como se fossem infligiporém dessa vez não foi espiritualmente. Uma tropa inteira de demônios começaram a atacá-lo feridas , infligindo ferimentos e hematomas terríveisem seu corpo, e até a morteque caísse morto.  Pela Divina Providência, seu amigo chegou no cemitério no dia seguinte, e vendo-o caído no chão como se estivesse morto, arrastou-o de volta à vila. Lá, constataram que estava realmente morto, e prepararam seu funeral. À meia-noite, Santo Antão recebeu de Deus recebeu o sopro da vida, e pediu que seu amigo carregasse-o levasse de volta ao cemitério.De volta ao sepulcro, incapaz de se levantar, Antão disse em alta voz: “Aqui, ó demônios, aqui estou eu, Antão, pronto para mais golpes. Tentai vosso pior, pois jamais haveis de me separar de Cristo!” Ele fortificava-se cantando o salmo: “Se todo um exército se acampar contra mim, não temerá meu coração.”
Sua firmeza foi maior do que as artimanhas do inimigo. Retomando a forma de ferozes animais, os demônios tentaram fazê-lo sair da necrópole, mas sua Fé em Cristo os derrotou. Olhando para alto, viu o teto da tumba se abrindo e um raio de luz chegando até o santo. Os demônios fugiram, e ele clamou: “Onde estiveste, ó Misericordioso Jesus? Por que não apareceste desde o começo para acabar com minha dor?” E o Senhor lhe respondeu: “Eu sempre estive aqui, Antão, mas quis apreciar a tua luta. Como tu não te rendeste, sempre hei de to socorrer, e farei teu nome ser conhecido por todo o mundo.” Deus o curou de todos os ferimentos, e o asceta sentiu-se forte como nunca. Isso lhe ocorreu aos trinta e cinco anos de idade.
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