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Antão, o Grande

2 bytes adicionados, 02h17min de 6 de agosto de 2020
A necrópole
Os demônios diziam entre si: “Não veem? Se nem pelo espírito da luxúria ou por ferimentos podemos contê-lo, hemos de atacá-lo por outros meios.” Então, começaram a sacudir as paredes do túmulo, e pela abertura era possível ver cobras e um touro, além de ouvir rugidos e uivados ferozes. Santo Antão não deixou-se assustar com as criaturas, mas zombou da impotência dos demônios: “De que serve todo esse vosso alvoroço? Se tendes o poder para ferir-me, por que não o fazeis? Mas não podeis mais, pois o Senhor é meu escudo e minha segurança.”
Provando-se um verdadeiro atleta de Cristo, foi-lhe concedido conhecer a presença do Senhor. Olhando para o alto, viu o teto da tumba se abrindo e um raio de luz chegando até o santo. Os demônios fugiram, e seu corpo deixou de sentir as dores das pancadas. Consolado, Antão descansou e clamou: “Onde estiveste, ó misericordioso Senhor Jesus? Por que não apareceste desde o começo para acabar com minha dor?” E o Senhor lhe respondeu: “Eu sempre estive aqui, Antão, mas quis apreciar a tua luta. Como tu não te rendeste, sempre hei de te socorrer, e Eu farei teu nome ser conhecido por todo o mundo.” Deus o curou de todos os ferimentos, e o asceta sentiu-se forte como nunca, e ajoelhou-se para adorá-Lo. Isso lhe ocorreu aos trinta e cinco anos de idade.
Tendo ganho tamanha experiência espiritual em sua luta contra o demônio, Santo Antão pensou em descer ao deserto de Tebaida, no Alto Egito, para continuar servindo ao Senhor. Para isso, visitou seu guia espiritual e pediu que ele o acompanhasse na jornada. O ancião, sem saber que estava prestes a dar a primeira bênção para a façanha que viria a ser conhecida como eremitismo, decidiu não acompanhá-lo por causa de sua avançada idade.
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