Igreja Antioquina de São Jorge (Bariri)
A Igreja Ortodoxa Antioquina de São Jorge foi uma paróquia pertencente à Metrópole Antioquina de São Paulo, localizada em Bariri, na região de Bauru.
História
A imigração sírio-libanesa nessa região central do estado de São Paulo floresceu na década de 1910, quando da inauguração do ramal ferroviário de Bariri. Na década de 1880 há o registro dos primeiros sírio-libaneses na cidade, que chegavam a carroças partindo do porto de Santos. As famílias, estabelecidas ao longo da rua 7 de Setembro, trabalhavam com comércio e indústria de tecidos, e não possuíam uma igreja nem sacerdote que lhes acompanhassem (a primeira igreja do país, na capital do estado, não havia completado dez anos de inauguração à época).
Em 1915, os imigrantes organizaram-se na Sociedade Beneficente Syria “São Jorge”, a qual, em 1926, angariou fundos para a compra de um terreno na avenida João Lemos, com a finalidade de construir uma igreja ortodoxa. A construção foi concluída em 1928, na era do Metropolita Mikhail (Chehade) do Rio de Janeiro (1921–1931), o qual designou o Arquimandrita Philêmon Haddad para pastorear esse rebanho de mais de cem famílias.
A igreja seria finalmente inaugurada e consagrada em 1933, na era do Arquimandrita Isaias Abbud, designado vigário patriarcal para o estado de São Paulo após o repouso do Metropolita Mikhail em 1931. À época, a imigração sírio-libanesa era a segunda maior da cidade, ficando atrás da italiana. A Divina Liturgia e os ofícios da igreja eram realizados em árabe.
O Arquimandrita Philêmon foi sucedido em ano desconhecido pelo Pe. Elias Cury Kerbauy, libanês que chegara ao porto de Santos em 1926. É sabido que Pe. Elias vivia em Bariri em 1948, devido a uma viagem sua aos Estados Unidos; e ajudara na fundação do Ginásio Municipal de Bariri durante o mandato do prefeito Sadi Fernandes da Silva (1939–1945).
Em dezembro de 1940, a igreja recebeu o então Bispo Feodosy (Samoilovich) de São Paulo do sínodo no exílio da Igreja Ortodoxa Russa (ROCOR; à época sob o Patriarcado da Sérvia). Imigrantes eslavos também frequentavam a igreja.
Seu último pároco foi o Pe. João Eid, que dá nome a uma avenida da cidade.
Devido ao êxodo rural no estado de São Paulo, vários sírio-libaneses deixaram Bariri rumo à capital, onde está a Catedral Ortodoxa. Isso foi acentuado pelo fato de ser costume que as famílias sírio-libanesas enviassem seus filhos para que estudassem nas universidades da capital, onde se estabeleciam. A igreja encerrou suas atividades na década de 1980, e nunca mais foi reativada.
Párocos
- 1928–?: Arq. Philêmon Haddad
- ?–?: Pe. Elias Cury Kerbauy
- ?–?: Pe. João Eid