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Teodoro, o Estratelata

Revisão em 00h12min de 15 de maio de 2020 por EGobi (Discussão | contribs)

O Megalomártir Teodoro de Heracleia (ou Estratelata[nota 1], m. 319) foi um santo militar do século IV, cuja festa é comemorada pela Igreja nos dias 8 de fevereiro e 8 de junho. São Teodoro é um dos santos padroeiros dos soldados.

Vida

São Teodoro, natural da cidade de Euceta, na província romana de Bitínia e Ponto, era dotado de vários talentos e de beleza. Pela sua caridade, Deus iluminou-o com o verdadeiro conhecimento da verdade cristã. A bravura do santo soldado foi revelada após ele, com a ajuda de Deus, ter matado uma gigante serpente que vivia em um precipício nas redondezas de Euceta. A serpente já havia devorado muitas pessoas e animais, aterrorizando os interioranos. São Teodoro armou-se com uma espada e a derrotou, glorificando o nome de Cristo entre os habitantes.

Por sua bravura, São Teodoro foi indicado como comandante militar (estratelata) da cidade de Heracleia, onde ele juntou seu serviço militar com a pregação do Evangelho entre os pagãos a ele submissos. O seu dom de persuadir, reforçado por seu exemplo de vida cristã, afastou muitos dos falsos deuses. Logo, quase toda a Heracleia já havia aceitado o cristianismo.

Nesse tempo, o imperador Licínio (311–324) começou uma feroz perseguição aos cristãos. Tentando eliminar a nova fé, ele perseguiu os iluminados aderentes do cristianismo, vistos como ameaça ao paganismo. Entre esses, estava São Teodoro. Licínio tentou forçá-lo a oferecer sacrifício aos deuses pagãos. O santo então convidou Licínio para vir a ele com seus ídolos, para que ambos pudessem oferecer sacrifícios perante o povo.

Cego em seu ódio pelo cristianismo, Licínio confiou nas palavras do santo, que em seguida destruiu as estátuas de ouro e prata, distribuindo os pedaços aos pobres. Com isso, o santo não só demonstrou a vã fé em ídolos de pedra como mostrou a caridade cristã. São Teodoro foi preso, e sujeitado a duras e ferozes torturas. O santo foi arrastado no chão, espancado com barras de ferro, perfurado com pontas afiadas, queimado com fogo e seus olhos foram arrancados. Finalmente, ele foi crucificado. Varus, servo de São Teodoro, mal teve forças para escrever os inacreditáveis tormentos de seu mestre.

Deus, no entanto, em Sua grande misericórdia, quis que a morte de São Teodoro fosse tão frutífera aos seus próximos como fora sua vida. Um anjo curou o ferido corpo do santo e o tirou da cruz. Na manhã, os soldados imperiais encontraram-no vivo e ileso. Vendo com seus próprios olhos o infinito poder do Deus cristão, os soldados aceitaram o batismo. São Teodoro tornou-se como um esplendor para os pagãos que viviam nas trevas da idolatria, e ele iluminou suas almas com os radiantes raios de seu sofrimento.

Recusando-se a escapar do martírio por Cristo, São Teodoro voluntariamente se rendeu a Licínio, e desencorajou os cristãos de se levantarem contra o torturador, dizendo: “Amados, parem! Meu Senhor Jesus Cristo, já na cruz, conteve os anjos e não permitiu que eles se vingassem da raça do homem.” A caminho da execução, o santo mártir abriu as portas da prisão com apenas uma palavra, e libertou os prisioneiros de seus laços. Quem tocasse seu manto era instantaneamente curado de quaisquer enfermidades, e liberto da possessão do demônio.

Por ordem do imperador, São Teodoro foi decapitado pela espada. Antes de morrer, ele disse a Varus: “Não deixe de registrar o dia de minha morte e de enterrar-me em Euceta.” O santo também pediu para ser lembrado anualmente naquela data. Então, ele inclinou seu pescoço sob a espada e recebeu a coroa do martírio, que tanto havia procurado. Isso ocorreu em 8 de fevereiro de 319, um sábado, na terceira hora do dia.

Notas

  1. General

Ligações externas