Alterações

Ir para: navegação, pesquisa

Gregório, o Palamas

439 bytes adicionados, 01h47min de 31 de agosto de 2022
sem resumo de edição
De um modo bastante resumido, São Gregório Palamas defende uma distinção entre ''essência'' (οὐσία, ''ousia'') e ''energia'' (ἐνἐργεια, ''energeia''). Por um lado, temos a "ousia", termo que pode ser traduzido por substância ou por essência. A essência de Deus é inefável, incomunicável, transcendente e incognoscível. Por outro lado, a Deus podem ser atribuídos poderes, atividades, nomes e uma extensa lista de itens. A defesa de São Gregório Palamas é que os atributos divinos são cognoscíveis a nós. Em outras palavras, as "energeiai", termo que se refere às atividades ou operações, são sim passíveis de serem conhecidas pelos seres humanos. As energeiai divinas são também incriadas e eternas, mas não devem ser confundidas com a essência de Deus, porque a essência é incomunicável e indescritível, e as energeiai de Deus são comunicáveis e podem ser transmitidas às criaturas. Desse modo, os seres humanas podem conhecer aquilo que vem de Deus, podem ter alguma participação naquilo que é Divino.
Em 1337, em resposta às heresias de Barlaam, São Gregório recorreu à categoria das "coisas em torno de Deus" ou "coisas que dizem respeito a Deus" (τά περί Θεόν) para mostrar que existe uma categoria de realidades divinas que são passíveis de serem conhecidas pelos homens, ainda que Deus em si mesmo e em sua Divina Essência seja incomunicável. Essa mesma distinção foi utilizada em resposta ao tratado que Barlaam escrevera por volta de 1340. Desta vez, São Gregório aplicou à distinção energia-essência para explicar a energia incriada de Deus. Um exemplo dela é a luz incriada vista pelos Santos Apóstolos no Monte Thabor, e também exemplificou a partir da Graça Divina experimentada pelos santos a partir da energia que vem do Espírito Santo. Para Barlaam, distinguir entre a essência divina e uma graça incriada era como servir a dois deuses. Por essa afirmação, Barlaam foi condenado por um concílio em Constantinopla. 
Para Barlaam, distinguir entre a essência divina e uma graça incriada era como servir a dois deuses. Por essa afirmação, Barlaam foi condenado por um concílio em Constantinopla. Além dele, havia Gregório Akindinós, que fora antes amigo de São Gregório Palamas, mas que cedeu às heresias de Barlaam. Sua oposição mais ferrenha se dirigia à ideia de que era possível existir algo para além da Divina Essência de Deus nas Três Pessoas da Santíssima Trindade. Qualquer energia que não fosse simplesmente essa essência, para Akindinós, só poderia ser criada.
=== Conflito com Gregório Akindynos ===

Menu de navegação