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Ketevan da Geórgia

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Pós-vida
Algum tempo depois, as notícias se espalharam e chegaram até a Pérsia. A serva, então, apressou-se para enviar uma correspondência ao rei, informando-o que suas relíquias ainda estavam consigo em Xiraz. A ira caiu sobre Teimuraz, mas os jesuítas já haviam fugido das terras georgianas. Em algum tempo de paz entre 1624 e 1625, a serva e outros georgianos foram repatriados à Cachétia, e junto deles chegaram as verdadeiras relíquias de Santa Gativanda. O martírio da santa rainha abalou a todos os georgianos, inclusive seu filho Teimuraz, que considerou-se o culpado por tudo o que aconteceu e gemeu-se enquanto compunha um longo poema em honra à sua mãe. Ele dizia:
: “Ai de mim! Eu, transgressor e pecador, não estive com ela, e por isso agora lamento; com a minha mão destra a Cruz não consegui defender, e por isso verto lágrimas. Amedronto-me dos poderosos guardiões do ar e dos tormentos insuportáveis após minha expiração. Ó Arcanjo Gabriel, não me deixes cair das tuas mãos; ó mártires e santos, livrai-me das trevas; ó Senhor, rogo-Te que no Teu Julgamento não me afastes das sábias virgens e de estar à Tua direita faze-me digno… Chegará o dia em que eu ficarei nu, com a cabeça curvada, silente, envolto em meu pecado de outrora, sem bênçãos, com as mãos e os pés atados embora exteriormente resplandecentes. O verme que não morre espera-me no fogo que não se apaga.”
No primeiro ano de seu repouso, os cachétios abriram seu caixão e encontraram-no vazio. Ao mesmo tempo, uma fragrância indescritível tomou conta da igreja. Enquanto alguns afirmavam que os latinos haviam voltado para roubar seu corpo, Teimuraz tinha certeza: “A morte não a matou, viva minha mãe está, e com a coroa do martírio ela está sentada na Escada da Divina Ascensão.”
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