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Ketevan da Geórgia

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Pós-vida
: “Ai de mim! Eu, transgressor e pecador, não estive com ela, e por isso agora lamento; com a minha mão destra a Cruz não consegui defender, e por isso verto lágrimas. Amedronto-me dos poderosos guardiões do ar e dos tormentos insuportáveis após minha expiração. Ó Arcanjo Gabriel, não me deixes cair das tuas mãos; ó mártires e santos, livrai-me das trevas; ó Senhor, rogo-Te que no Teu Julgamento não me afastes das sábias virgens e de estar à Tua direita faze-me digno… Chegará o dia em que ficarei nu, com a cabeça curvada, silente, envolto em meu pecado de outrora, sem bênçãos, com as mãos e os pés atados embora exteriormente resplandecentes. O verme que não morre espera-me no fogo que não se apaga.”
No primeiro ano de seu repouso, os cachétios abriram seu caixão e encontraram-no vazio. Ao mesmo tempo, uma fragrância indescritível tomou conta da igreja. Enquanto alguns afirmavam que os latinos haviam voltado para roubar seu corpo, Teimuraz tinha certeza: “A morte não a matou, viva minha mãe está, e com a coroa do martírio ela está sentada senta-se na Escada da Divina Ascensão.”
Desde o fim do século XX, diversas delegações georgianas empenharam-se em encontrar as relíquias da rainha na Igreja de Santo Agostinho em Goa, mas tudo o que puderam encontrar eram os documentos dos portugueses atestando que seu braço estava mantido numa urna de pedra abaixo de uma janela do mosteiro. Foi somente em 2005 que as ruínas da referida janela puderam ser encontradas, mas não havia nenhuma urna nas proximidades. Foram encontrados, entretanto, muitos fragmentos de ossos pelas pedras, e foram guardados pelos arqueólogos. Em 2013, um laboratório analisou os ossos e concluiu que pertenciam a uma mulher de um haplogrupo ausente na Índia mas presente na Geórgia. Essa foi a prova final para determinar que aqueles ossos, na verdade, eram as relíquias de Santa Gativanda.
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