Máximo, o Confessor

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São Máximo, o Confessor

São Máximo, o Confessor (580-662) foi monge e escritor ascético conhecido especialmente por sua luta corajosa contra a heresia do monotelismo. A igreja comemora sua memória em 21 de janeiro e a translação de suas relíquias em 13 de agosto.

Vida

Nascido em Constantinopla por volta de 580 e criado por uma família piedosa que deu uma sofisticada educação, Máximo entrou para a burocracia civil e se tornou primeiro secretário do Imperador Heráclio (611-41). Envergonhado com a vida da corte, largou o mundo e foi tonsurado no Mosteiro de Chrisopoleia. Anos depois foi feito hegúmeno da comunidade. Durante a invasão persa do Império, refugiou-se na África.

A partir de 640, tornou-se oponente determinado do Monotelismo, o ensinamento herético de que Jesus Cristo possuiu apenas uma vontade. Assim, Máximo seguiu o exemplo de São Sofrônio de Jerusalém, o primeiro a combater essa heresia já em 634.

Máximo apoiou a Ortodoxia de Roma em tal controvérsia e teria exclamado: "Eu tenho a fé dos latinos, mas a língua dos gregos". O santo defendeu o diotelismo, o ensinamento Ortodoxo de que Jesus Cristo possuiu duas vontades (uma divina e uma humana), em vez da única vontade postulada pelo monotelismo.

Depois de Pirro I de Constantinopla, o Patriarca de Constantinopla monotelita temporariamente deposto, ter declarado derrota numa disputa cristológica em Cartago (645), Máximo obteve a condenação da heresia em vários sínodos locais da África, e também trabalhou para tê-la condenada no Concílio de Latrão de 649. Foi sequestrado e levado à Constantinopla em 653, pressionado a aderir ao Tipo do Imperador Constante II, um édito monotelita. Recusando, foi exilado em Trácia. (O Papa São Martinho I|Martinho de Roma foi julgado na mesma época em Constantinpla, e então deposto e exilado na Crimeia.)

Em 661 Máximo foi novamente levado à capital imperial e questionado; lá, teve sua língua e mão direita cortadas (para preveni-lo de ensinar ou escrever sobre a verdadeira fé), e então foi novamente exilado no Cáucaso, mas morreu pouco tempo depois.

Por fim, Máximo foi exonerado pelo Sexto Concílio Ecumênico e reconhecido como um Pais da Igreja|Pai da Igreja.

Obras

São Máximo deixou muitos escritos (alguns deles reunidos na Filocalia) que ainda são muito lidos hoje; alguns são doutrinais, mas muitos outros descrevem a vida contemplativa e oferecem conselho espiritual. Ele também escreveu extensivamente sobre assuntos litúrgicos e exegéticos. Seu trabalho teológico foi continuado por São Simeão, o Novo Teólogo e por São Gregório, o Palamas.

Seus escritos incluem:

  • Quaestiones ad Thalassium—65 perguntas e respostas sobre passagens difíceis das Sagradas Escrituras
  • Ambigua—um trabalho exegético sobre São Gregório, o Teólogo
  • Paráfrases das obras de São Dionísio, o Areopagita (apesar de muitas obras divulgadas com o nome de Máximo são hoje consideradas como de autoria de João de Citópolis, que escreveu na primeira metade do século VI, talvez 100 anos antes de Máximo)
  • Vários tratados dogmáticos contra os monotelitas
  • Liber Asceticus
  • Capita de Caritate
  • Mystagogia—uma interpretação mística da Divina Liturgia