Diferenças entre edições de "Xenofonte de Constantinopla"

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== Vida ==
 
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Xenofonte, sua esposa Maria e seus filhos Arcádio e João eram renomados cidadãos de Constantinopla durante a era do santo Imperador Justiniano, o Grande (527–565). Apesar de suas riquezas, se distinguiam por sua simplicidade de alma e bondade de coração. Desejando dar a seus filhos uma educação mais completa, seus pais os enviaram para a cidade de Beirute, na província romana da Fenícia.
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Xenofonte, sua esposa Maria e seus filhos Arcádio e João eram uma nobre família cristã de Constantinopla durante a era do santo Imperador Justiniano, o Grande (527–565). Apesar de suas riquezas, se distinguiam por sua simplicidade de alma e bondade de coração. Desejando dar a seus filhos uma educação mais completa, seus pais os enviaram para a cidade de Beirute, na província romana da Fenícia.
  
Pela divina Providência, a embarcação na qual os irmãos estavam velejando se naufragou. As ondas separaram os irmãos e os trouxeram a terras diferentes. Afligidos pela separação, os irmãos dedicaram-se a Deus e tornaram-se monges. Por muito tempo seus pais não tiveram notícias de seus filhos, e presumiram que estivessem mortos.
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Pela Divina Providência, a embarcação na qual os irmãos estavam velejando se naufragou. As ondas separaram os irmãos e os trouxeram a terras diferentes. Afligidos pela separação, os irmãos dedicaram-se a Deus e tornaram-se monges. Por muito tempo seus pais não tiveram notícias de seus filhos, e presumiram que estivessem mortos.
  
Xenofonte, no entanto, já bastante idoso, manteve uma firme esperança no Senhor e consolou sua esposa Maria, dizendo-lhe para não ficar triste, mas para acreditar que seus filhos estavam sendo cuidados pelo Senhor. Depois de vários anos, o casal fez uma peregrinação aos lugares sagrados, e, em Jerusalém, encontraram seus filhos, vivendo como ascetas em diferentes monastérios. Os pais, consolados, deram graças ao Senhor pelo reencontro.
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Xenofonte, no entanto, já bastante idoso, manteve uma firme esperança no Senhor e consolou sua esposa Maria, dizendo-lhe para não ficar triste, mas para acreditar que seus filhos estavam sendo cuidados pelo Senhor. Depois de vários anos, o casal fez uma peregrinação aos lugares santos, e, em Jerusalém, encontraram seus filhos vivendo como ascetas em diferentes monastérios. Os pais, consolados, deram graças ao Senhor pelo reencontro.
  
 
Os santos Xenofonte e Maria foram para monastérios separados e dedicaram-se a Deus. Os monges Arcádio e João, tendo se despedido de seus pais, saíram para o deserto, onde, depois de muito tempo de trabalho ascético, foram glorificados pelos dons da taumaturgia e do discernimento. Seus santos pais, trabalhando em silêncio e em estrito jejum, também receberam de Deus o dom da taumaturgia.
 
Os santos Xenofonte e Maria foram para monastérios separados e dedicaram-se a Deus. Os monges Arcádio e João, tendo se despedido de seus pais, saíram para o deserto, onde, depois de muito tempo de trabalho ascético, foram glorificados pelos dons da taumaturgia e do discernimento. Seus santos pais, trabalhando em silêncio e em estrito jejum, também receberam de Deus o dom da taumaturgia.
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== Hinos ==
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''(Tradução livre)''
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: Ó Deus dos nossos pais, /
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: que Tu sempre ajas com bondade para conosco. /
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: Não retires de nós a Tua misericórdia, /
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: mas guia nossas vidas em paz, /
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: pelas orações do Venerável Xenofonte e sua família.
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: Vigiaste os tribunais do Senhor com tua esposa e dois filhos, /
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: e com júbilo dedicaram vossas riquezas aos necessitados. /
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: Portanto, ó casa de Xenofonte, herdastes a alegria divina.
  
 
== Referências ==
 
== Referências ==

Revisão das 22h23min de 25 de janeiro de 2020

São Xenofonte de Constantinopla.

Os Veneráveis Santos Xenofonte, Maria, Arcádio e João de Constantinopla (séc. VI) foram uma família monástica grega. A Igreja comemora a santa família no dia 26 de janeiro.

Vida

Xenofonte, sua esposa Maria e seus filhos Arcádio e João eram uma nobre família cristã de Constantinopla durante a era do santo Imperador Justiniano, o Grande (527–565). Apesar de suas riquezas, se distinguiam por sua simplicidade de alma e bondade de coração. Desejando dar a seus filhos uma educação mais completa, seus pais os enviaram para a cidade de Beirute, na província romana da Fenícia.

Pela Divina Providência, a embarcação na qual os irmãos estavam velejando se naufragou. As ondas separaram os irmãos e os trouxeram a terras diferentes. Afligidos pela separação, os irmãos dedicaram-se a Deus e tornaram-se monges. Por muito tempo seus pais não tiveram notícias de seus filhos, e presumiram que estivessem mortos.

Xenofonte, no entanto, já bastante idoso, manteve uma firme esperança no Senhor e consolou sua esposa Maria, dizendo-lhe para não ficar triste, mas para acreditar que seus filhos estavam sendo cuidados pelo Senhor. Depois de vários anos, o casal fez uma peregrinação aos lugares santos, e, em Jerusalém, encontraram seus filhos vivendo como ascetas em diferentes monastérios. Os pais, consolados, deram graças ao Senhor pelo reencontro.

Os santos Xenofonte e Maria foram para monastérios separados e dedicaram-se a Deus. Os monges Arcádio e João, tendo se despedido de seus pais, saíram para o deserto, onde, depois de muito tempo de trabalho ascético, foram glorificados pelos dons da taumaturgia e do discernimento. Seus santos pais, trabalhando em silêncio e em estrito jejum, também receberam de Deus o dom da taumaturgia.

Hinos

Tropário

(Tradução livre)

Ó Deus dos nossos pais, /
que Tu sempre ajas com bondade para conosco. /
Não retires de nós a Tua misericórdia, /
mas guia nossas vidas em paz, /
pelas orações do Venerável Xenofonte e sua família.

Condáquio

(Tradução livre)

Vigiaste os tribunais do Senhor com tua esposa e dois filhos, /
e com júbilo dedicaram vossas riquezas aos necessitados. /
Portanto, ó casa de Xenofonte, herdastes a alegria divina.

Referências

  • São Nicodemos, o Hagiorita (1819). Sinaxário dos doze meses do ano. Tomo segundo.

Ligações externas